terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Dia 2.

Primeira cena do dia. Entro na oficina colorida com o coração acelerado. Estado de guerra, senhores, este é o meu estado. Eu espero ataques. Coração acelera, eu respiro fundo. E passo pelas horas.

Dia transcorre normalmente. Chefona chega. Ela não é muito people person, característica que eu, inclusive, sempre admirei. Passa sem dizer bom dia, e tem crises de simpatia, onde fica mais do que claro que é forçado. É engraçado de assistir.


Abre parêntesis

Teve uma vez que a gente tava num bar, e ela foi junto porque, well, não faço a menor ideia. E estávamos falando de alimentação, e eu comia batatas fritas e bebia coca cola, e dizia que não me importava com isso. E ela disse. Eu não como nada disso. E é essa a razão da minha pele maravilhosa. - Sério. Enquanto ela dizia pele maravilhosa, assim, em camera lenta, ele juntou as duas mãos em torno do rosto, como uma moldura. Ela estava falando sério. E, sim, ela tem uma pele ótema.

Fecha parêntesis


Chefa chegou estranhamente feliz. E EU SEI que ela sabe que eu vou sair, porque a evil manager disse que mandou email pra ela avisando. E eu venho nessa de esperar *o esporro*, néam? E chefona chegou feliz (?), abraçando um por um (?). E eu. Vai chegar a minha vez e ela vai dizer. Você não. Porque era bem capaz mesmo que isso acontecesse.


Mas não. Ela chegou e me abraçou, e sorriu, e desejou feliz ano novo.


Sigo na espera da tal reunião de portas fechadas.

Um comentário:

Luiz com Z disse...

Normalmente quem chega a ser chefona numa empresa grande sem ser apadrinhada é porque aprendeu a ser falsa o suficiente. Não é pra estranhar tanto não. Ainda que você conheça ela, e eu não, não estranharia essa primeira reação.