sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

2009: Filmes até agora =]

Pra quem foi uma completa negação no ilustre ano de 2008, vendo quase nada de indicados ao Oscar, quase nada de filmes no cinema, quase nada de filmes na TV e nem mesmo em torrents.

Sabe-se lá o que houve. Minha alma foi roubada, eu perdi o jeito. Porém, contudo, entretanto, esse ano eu prometi que seria diferente. Não porque deva ser assim, mas porque cinema sempre foi das coisas que eu mais gostei na vida. E não seria justo comigo abandonar algo que eu gosto tanto.

Daí, tava listando, aqui, tudo o que vi esse ano. Alguns poucos eu falei sobre aqui no blog, outros eu nem tenho muito a dizer. Alguns merecem brilhos e comentários.
vi porque meu antigo chefe citava pra caramba, sempre acompanhado de uma risada descontrolada e uma arrogância peculiar. a premissa é interessante, mas achei o filme uma grande porcaria. só valeu por reafirmar a minha teoria de que crocs são sapatos (?) de gente idiota.


Pineapple express
não gosto do james franco #prontofalei. seja lá o que esse rapaz desperta nas mulheres do mundo, sou imune ao seu charme (?). mas achei ele bem bom nesse filme, principalmente quando ele gritava fuck the police. seth rogen, amo, amo, amo. desde sempre. mesmo nível de fofura do michael cera. dei boas gargalhadas. =]


All about eve
falei sobre ele bem aqui. bette davis é ídola, desde então. eu, que só sabia dela por fama. shame on me. entrou na lista de atores que eu quero ver todos os trabalhos. diva.


Mamma mia
fico chocada de ver como gente boa tipo a meryl streep se presta a um papel desses. tive vergonha alheia várias vezes, nas cenas de cantoria, principalmente, mas nas de dança também. e olha que eu adoro abba.


Bride wars
filme bobo. bobo, bobo, bobo. fiquei horas tentando lembrar de onde eu conhecia o noivo da anne hathaway. ele era o irmão da amy em everwood. e o irmão da kate hudson era o jake de one tree hill. acho ele uma graça. ver televisão demais faz isso com as pessoas. estraga, dizem. talvez eu concorde. em parte.


Dan in real life
eu adoro o steve carrel, e já adianto que nunca assisti the office. gosto dele por causa de pequena miss sunshine. e agora, um pouco mais, por causa desse filme.


Speak
filme com a kirsten stewart, a bella de crepúsculo, sobre uma garota que é estuprada e não consegue falar a respeito. achei bem bom. o professor dela é o steve zahn, que eu adoro, e que anda super sumido ultimamente. ele fez reality bites, um filme que eu adoro.


The curious case of Benjamin button
canastrão. já falei disso aqui. não caí no papo de livro de autoajuda, não. mas é bonito de se ver, e coisa e tal. ainda bem que não levou o oscar, era capaz de eu criar antipatia eterna.


Happy go Lucky
li aqui sobre esse filme, baixei e assisti. devo dizer que a protagonista me deu nos nervos. mas acho que era bem essa a intenção do autor. muita alegria de viver é coisa que eu não tolero.


Rachel getting married
muito, muito bom. tem toda uma aura de filme feito em casa, uma câmera que treme, e enfoca como se fosse alguém, na casa, na festa. fiquei chocada com a debra winger, que eu não via há séculos em filmes. ela tá linda, ainda. adoro quem envelhece com dignidade. sem botox, sem essas coisas que incham a boca.


Revolutionary Road
super achei que merecia indicação ao oscar. adoro kate winslet, adoro demais. fiquei absolutamente agoniada quando o filme acabou. achei dos melhores que vi ultimamente.


The reader
kate winslet, all over again. no fim, até escorreu uma lagrimazinha tímida. histórias que abordam o holocausto, de alguma forma, mexem comigo. por causa do velhinho sobrevivente de auschwitz que deu uma palestra pra minha turma quando eu ainda estava no segundo grau. foi uma das coisas que mais me impactaram, até hoje, ouvir aquele velhinho contar sua vida. desde então, não tem jeito, sou sempre afetada.


Reign over me
tenho muito implicância com o adam sandler. não tem jeito. mesmo ele tendo de ser sério, meio desequilibrado nesse filme, continuo tendo horror a ele. gosto do don cheadle, by the way. e da liv tyler.


Shortbus
velma foi quem melhor definiu. esse é um filme de putaria que é MUITO BOM. sério, caí de amores pelos personagens, pelas crises, pela solidão deles. a trilha sonora tá em looping no meu itunes. tem músicas ótimas demais ali.


Coraline
primeiro filme 3d que eu assisto na minha vida. achei genial. e sim, eu me achei parecida fisicamente com a coraline. já tinha ouvido isso de uns dois ou três amigos diferentes. e concordei. ah, a mãe da coraline também parece a minha. principalmente quando fica má. brincadeira.


Slumdog millionaire
caí de amores por jamal malik e suas histórias. a cena dele mergulhado na fossa de cocô me causou nojo e gargalhadas. o ator é uma graça, os molequinhos dão vontade de botar no colo, e olha que eu nem sou child friendly. Mas eu juro que ficava esperando tudo dar errado. mesmo na ultima cena, quando tudo já se resolveu e ele está indo ao encontro da latika na estação de trem,, a cada vez que ele descia pra atravessar os trilhos, eu via um trem chegando e passando por cima dele. ainda bem que era sé eu e o meu pessimismo. no fim, dá tudo certo, it's written, a vida é bela. dos meus favoritos. dei até uns gritinhos quando levou o oscar.

Frost/Nixon
bom filme, sobre assuntos que geralmente não me interessam. correndo o risco de soar alienada, e tals. ainda bem que eu resolvi assistir, porque me surpreendeu. ah, e tinha a vicky, de vicky cristina barcelona, aquele filme do almodóvar woody allen.
Milk
eu adoro o gus van sant, desde que ele fez to die for. adoro elephant, adoro good will hunting. mais um pra minha lista. adorei milk, mas talvez tenha sido mais mérito da história do que do diretor. acho que qualquer diretor faria um bom filme, com um material desses na mão. ah, james franco, once again. gostei dele no filme. mas, quando acabou, voltei a não gostar, passou o efeito. emile hirsh, ao contrário, nunca tinha visto nada dele. e achei ele bom pra caramba.


Doubt
meryl streep. primeiro filme dela que eu vi na vida foi kramer x kramer. o filme é ótimo, o phillip seymour hoffman é sempre genial. sempre. super acho que ela deveria ter encarnado a miranda priestly de devil wears prada na hora que a kate winslet malcriada disse aquele suck it up, lá do palco, em pleno discurso de agradecimento. feito aquele olhar meio de lado e aquela boca torta em desaprovação.
vi ontem. marisa tomei é marisa tomei. eu sempre fico com a sensação de que ela não é devidamente aproveitada em filmes. e aí se presta a papéis menores, e acaba chamando a atenção mesmo assim. não o suficiente pra ser trazida de volta ao primeiro time. o filme é de luta, dã. gostei das cenas em que o randy tenta se reaproximar da filha, aquela freak que namora o marylin manson.

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

O cinema explicando os meus pequenos vícios

Daniel e Alice, em Closer.

Dan: And you left him, just like that?

Alice: It's the only way to leave. "I don't love you anymore. Goodbye."
Dan: Supposing you do still love them?
Alice: You don't leave.
Dan: You've never left someone you still love?
Alice: Nope.

Esse diálogo em Closer explica com perfeição a minha incapacidade de abandonar a Coca-Cola.

Eu tenho tido uns sonhos bem malucos nesses últimos dias.

Acordo e vou lembrando de partes, às vezes durante todo o dia. São sonhos longos, cheios de detalhes, não fazem absolutamente nenhum sentido. Alguns são relacionados a uma resposta pra uma coisa super legal, que deve vir nessa semana. Não quero falar ainda. As coisas ficam grandes quando falamos delas. Quando eu estava fazendo terapia, ou como a psicóloga preferia dizer, quando eu estava em terapia, a gente sempre interpretava os meus sonhos. A gente nada. Ela. A temática sempre era a mesma. É como se o meu cérebro fosse juntando peças em um quebra cabeças, tentando elaborar as coisas que aconteciam enquanto eu estava acordada. Teoricamente, é assim que acontece. A tal reorganização de arquivos, tentando extrair significado.

Em 2003, eu fui estagiária numa agência de publicidade, uma das maiores do Rio de Janeiro. Foi o meu primeiro trabalho de verdade, em que eu me via inserida em uma organização em pleno funcionamento, e devia funcionar junto. Eu achava aquilo tudo tão adulto, e via tanto glamour no trabalho. Eu era quem tinha o trabalho mais legal na minha turma da faculdade, e os professores, durante a aula, sempre queriam que eu falasse como as coisas aconteciam numa agência de verdade. Eu senti a responsabilidade, e me lembro que na minha primeira semana de trabalho, sonhei que estava na agência, junto com dois ou três outros estagiários, e era meio como se fosse um big brother, ou uma daquelas pegadinhas do Faustão. Alguém tinha que sair, o nome ia ser anunciado. E era o meu. E eu me lembro e x a t a m e n t e da sensação de sorrir, muito puta da vida, e dizer que estava tudo bem, que fazia parte do jogo. E abraçar as pessoas, e pensar que tudo ia ficar bem. Mas não ia, sabe? Eu nunca fui uma boa perdedora, anyway.

(Eu nunca perdi aquele emprego. Acabou quando tinha que acabar, por motivos absolutamente fora do controle de qualquer pessoa. Os sonhos eram apenas uma manifestação boba dos medos, mesmo.)

Daí, na espera por essa resposta, eu fico sonhando coisas parecidas. Que não vou conseguir, que alguma coisa acontece, que eu consigo, mas que preciso esperar uns meses, e nesses meses tudo pode desandar, então nunca se sabe. Ou então, que eu consigo, mas que aí eu cometo algum erro, e dá tudo errado, do mesmo jeito, anyway. Eu buscono tempo da terapia a explicação, e até entendo que o meu cérebro está colocando todos os meus medos na mesa, e elaborando nos sonhos, fazendo tudo parecer que vai dar errado. E que não necessariamente isso faz sentido.

Eu nunca quis que um Carnaval passasse tão rápido.

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Cena:

Eu, meu irmão e minha irmã. Na cozinha. Ele passa e me dá um peteleco. Eu devolvo. 5 minutos depois, o peteleco vira safanão. Eu devolvo, e peço pra parar, que aquilo ta chato e eu não to pra brincadeira. Ele me enforca, eu me desvencilho, e enquanto ele se afasta aos pulos e às gargalhadas, eu tento alcançá-lo com um resto de tapa, que bate mais no ar do que nele.

Passa o tempo, sei lá, uma meia hora. Nova sessão de enforcamento. Dessa vez, porém, eu consigo me defender puxando seu cabelo com força. Quando ele finalmente se desvencilha, tem um chumaço de cabelo dele na minha mão. Ele me dá uns golpes de karatê, eu devolvo com uns chutes no ar, meio desengonçados, mas com finalidade única de auto-defesa.

Mando parar de novo, porra. Já falei que não to achando graça, e que as coisas têm limite, parari parará. Me distraio por dois segundos, ele volta e me dá outro golpe. Eu surto, grito, me lanço pra cima dele e o arranho com força. Ficam as marcas no braço, e eu uso aquelas mesmas marcas para ameaçá-lo, dizendo que da próxima vai ser ainda pior, que eu vou machucá-lo DE VERDADE. Dou uma rosnada, para fins de ênfase. Ele ri, debocha. Eu quase choro, e paro de falar com ele pa-ra-sem-pre.

Minha irmã ri, e eu acabo brigando com ela por não me defender, por assistir àquele show de horrores sem nem ao menos me ajudar a mandar ele ir se ferrar.

Horas depois, brigadeiro de panela pelando, daqueles que ainda queimam a língua. Sentados, os três, cada qual com sua colher, vendo TV. Madrugada.

Ele me bate, de novo, e debocha. Eu mando parar, já meio sem paciência. Ele pega uma colher cheia de brigadeiro e joga na MINHA PERNA. Brigadeiro quente. Na minha perna. Que se queimou, naturalmente. Eu bato nele e começo a chorar, e acordo a minha mãe, e faço escândalo, e brigo de novo com a irmã, pego o brigadeiro, que fui eu que fiz, e levo embora.

Você pensa. Anos 80, briga de irmãos. Não. Dezembro último, briga de irmãos. Uma, eu, com 29 anos na cara, ele, outro, com 23. A palhaça que assistia a tudo com profundo sadismo, com 26 anos.

Só voltei a falar com ele ontem. Com a minha irmã, eu não falei nunca mais.

Juro. =P

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

BBB9: Max continua meu favorito.


Falem o que quiserem, tenho horror àquelas torcidas organizadas, nem consigo ler nada. Acho ele engraçadinho, e mais inteligente que os outros ali. Articulado. Só não achei ele tão esperto quando ele disse que considerava o Ralf um concorrente forte, seja por estratégia, inteligência (?) ou whatever. A essa altura do campeonato, ele já sacou que está indo no caminho certo, e parece até achar bom ir pro paredão. Só não fica dando na cara, pra não parecer convencido. Então, por mais que ele se despeça de Newtons e afins dizendo parabéns, cara, sempre te considerei um grande adversário, e tals, acho que ele já sacou com quem realmente compete, ali. Porque o lance é carisma.

Então, tem a Francine. E eu até acho que o Max pode ser gay, como andam dizendo. Mas acho que ele se encantou. Acho, nada. É meio nítido. Ela é enredo com ele, e ele a mantém por perto, até que seja necessário queimá-la. Por queimá-la, digo, Max vai deixar com que ela fique com o segundo lugar. Não sei se ele ganha, ainda. No jogo dele, ele ganha. No jogo dele, ainda não sei quem leva o segundo e o terceiro lugar, se Flávio e Francine, ou Francine e Flávio. Ele não conta com Priscila, ainda. Como um grande concorrente, digo, mas ela vem crescendo. Então, quando Emanuel bobalhão pula em cima da brincadeirinha dele com a Fran, brincadeirinha de casal, e acaba dando um tapa acidental em sua cara, Max fica puto. Talvez isso tenha sido o mais verdadeiro que ele chegou a ser ali. Naqueles dois segundos, em que ele se desvencilha do Emanuel e fica puto, dizendo que acertou na cara, e machucou. Imediatamente depois, ele coloca aquele sorriso no rosto e diz que está tudo bem. E volta a brincar.

Daí, com o lance do Big Fone, Emanuel vai pra reta. E nada, nada nessa vida me dá mais alegria assistindo um Big Brother do que ver gente manipulando gente. Mesmo que tenha sido obrigado pelo telefone, ver Max queimando Emanuel com a clara intenção de manipular os outros jogadores a votarem nele, pra se livrar de um paredão, enche de amor o meu coração. Eu vi outros jogadores manipulando pessoas nessas 9 edições. Mas acho que só Didi, lá do BBB1, fazia isso tão bem. Max, ontem, fez. Lembro do Jean Massumi, claro, e do Alberto Cowboy. Ídolos. Mas eles lutavam contra personagens fortíssimos, Dhomini e Alemão, respectivamente. E, importante lembrar, os dois falharam miseravelmente no que se propuseram. Manipulação, pra mim, precisa levar a um fim. Cowboy ficará eternizado, pra mim, como a pessoa que botou Alemão e Irislene no mesmo paredão, jogando a insuportável pra escanteio muito antes até do que a Globo pretendia. A maior prova de que nisso ele fez história, são os paredões triplos desde então. Pra nunca mais correrem o risco de um paredão Alemão x Íris. Mas, convenhamos. Nenhum dos dois, nem Massumi e nem Alberto Cowboy conseguiram chegar à final. Saíram antes. Isso, na minha cartilha, configura fracasso.

Daí tem o Max. Que manipulou, mas não deu os motivos pra ninguém. Ele fez com que cada um votasse no Emanuel pelos próprios motivos. E, cá entre nós, Emanuel não parou de dar motivos. Max fez Mano ir pro paredão com 5 votos, mas não se responsabiliza por nenhum. Tem a ver com aquela frase que ele repete desde que entrou na casa, de que ele é o seu maior inimigo ali dentro, e que cada vez que ele fosse pra um paredão, seria por culpa dele, de algo que ele fizesse. Pois bem. Emanuel vai pro paredão por culpa própria.

Mas aí entra a Milena. Votando lindamente na Mirla, samambaia maior. Que mentiu em seu vídeo de apresentação dizendo que era barraqueira. E eu pergunto. Barraqueira NAONDE? Merece sair. Pelamordedeos, essa Mirla precisa sair. Tipo, agora.

sábado, 7 de fevereiro de 2009

Help line... NOT!

Poucas coisas nessa vida têm me deixado tão irritada quanto um amigo, que resolveu que eu sou a sua melhor amiga no mundo todo. Sério. Fico irritada só de escrever isso. Porque eu não tenho paciência. Nem sei se um dia eu tive. Eu consigo me lembrar de momentos em que eu me sentava calmamente, e perguntava, e franzia as sobrancelhas em solidariedade, e dava conselhos para as pessoas. Eu, haha. Dando conselhos.

A verdade é que, de uns anos pra cá, minha paciência zerou. Zerou mesmo. Não sei bem quando foi, tenho cá as minhas desconfianças. Mas eu não sou a pessoa com quem as pessoas devem desabafar. Não tem pessoa mais errada que eu para esse papel. Não é que ninguém possa contar comigo, ou sentar ao meu lado e tomar um chocolate quente, desses aborrecidos e silenciosos. Eu tenho skills pra esse tipo de situação. E também não é que eu não me interesse pela vida dos meus amigos. Quando eu quero saber, simples, eu pergunto. Se eu não perguntar, simples, não me conte.

Porque a paciência esgota. Tem esse amigo, né? E ele era absolutamente normal, até meados de dezembro. Bom papo, engraçado. Daí ele conheceu essa garota, numa viagem. Me mandou link de Orkut, eu olhei, eu quis ver. Eu gosto de dar rosto para as pessoas. Ela é bonita. E ele começou a ficar chato. Muito chato. Chato de um jeito que, só de pensar, me deixa irritada. Fica no MSN, all day long. Me vê online, me chama. Pra falar nada, sabe? Pra suspirar com platéia. Insuportável. Daí começou a enumerar as qualidades da menina, e dizer que estava apaixonado. Eu ali, fingindo participar, mas era um monólogo. Se ele dissesse essas coisas em voz alta para um muro, mesmo efeito. E eu, administrando a situação, com uns “hehe” via MSN, intercalados com cara de paisagem. Ele copiou um recado que a garota mandou pra ele, via testemunho. Surtei. Não me mostre essas coisas, não exponha a garota, eu disse. Tem cabimento um troço desse? Eu ler, linha por linha, palavra por palavra, uma coisa que uma garota que eu nem conheço escreveu pra ele, em segredo? Uma coisa que não me interessa? Dei esporro, falei que não era pra me dizer tanto detalhe, que eu não queria detalhes. Pra bom entendedor, meia palavra basta.

Well, aparentemente, ele não é um bom entendedor. Ficou dizendo que eu era amiga dele, e que ele se abria comigo. Eu não quero ser amiga ouvido de ninguém. Já me bastam as minhas questões. E eu não encho o saco de ninguém com isso. Sabe quando a conversa atinge um nível em que vc parece ser a tábua de salvação do sujeito, a única pessoa com quem ele pode se abrir, etc? NAONDE que a criatura achou que eu sou essa pessoa. Comofas/ pra dizer pra criatura, de forma clara, que eu não to com saco pra essa história?

E a saga continuou. Eles brigam e fazem as pazes. I couldn’t care less. Mas ele me conta tu-do-de-ta-lhe-por-de-ta-lhe. Quem perguntou? Ele conta, e resmunga, e suspira. E conta de novo, em outras palavras. Disse que vinha aqui em casa pegar um DVD, coisa de 15 minutos. Veio, sentou no sofá, desfiou A VIDA pra mim. Não sei como ele não percebeu quão entediada eu estava. Ele não queria perceber, deve ser isso. Ficou aqui mais de 4 horas. Eu não sabia o que fazer pra figura ir embora. Suspiros, ai ai, to apaixonado. Ela é maluca, não vai dar certo. E eu. Sinceramente? Foda-se. Eles brigam, ele me conta, eles fazem as pazes, ele vem correndo me contar. Colou DE NOVO um recado secreto/testemunho de Orkut na janela do MSN, pra eu ler. Surtei, de novo. Mandei parar, já disse que não quero saber, que não acho legal. A figura não entende.

Agora há pouco, estou eu aqui, no computador, online no msn. Ele chama. Eu respondo com um oi. Ele diz que ai, ai, está sofrendo tanto. Desliguei o MSN. Queria desligar a pessoa, mas não consigo. Queria só voltar a falar com ele quando ele voltasse a ser a pessoa legal que eu conhecia, que falava de outras coisas, que não me usava de psicóloga. Minha paciência está no limite. Ai.

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Eu vinha chegando com as compras

quando escutei uma brincadeira, já na garagem do prédio. Era alguém querendo praticar amizade. Eu não sou uma pessoa que pratica amizade com desconhecidos. Conversa na fila? No thanks. Conversa de elevador? Please, kill me. A única conversa de elevador que eu me meti até hoje teve conseqüências catastróficas, com todas as garotas do mba que malham mas não são putas extremamente ofendidas. I learned my lesson, really did. O máximo que alguém arranca de mim nesses lugares estranhos, hoje em dia, é um sorriso sincero, e os cumprimentos padrão. Bom dia, boa tarde, boa noite, por favor, obrigada. Passar bem.

Nessa categoria eu incluo conversas de prédio, conversas de supermercado e conversas de corredor. A manobra mais esperta se alguém me encontra num desses ambientes é fingir que eu não estou ali, que eu não sou uma pessoa. Sou uma planta, uma estátua, um quadro na parede. E, tenha certeza, eu farei o mesmo.

Então, parei o carro na garagem, e tinha compras pra levar pra casa. Toda uma novela, já que não tem um porteiro coração bão que te ajude sem vasculhar as suas coisas, ou um desses carrinhos de supermercado que ajudem no transporte garagem-apartamento. E eu lá, fazendo malabarismo, pegando sacolas, empilhando no chão. E gargalhadas, alguém querendo conversar, oferecendo ajuda.

A VIZINHA.

Obviamente que eu não reconheço a vizinha a menos que ela esteja na porta do apartamento dela, bem do lado da planta medonha que ela colocou pra decorar o ambiente.

De volta à garagem, a fulana oferece ajuda, fala do tempo, tem certeza de que não precisa que eu te ajude com as sacolas? Não, obrigada. Sou moça autosuficiente, não preciso de ajuda de ninguém. Ela subiu, eu suspirei aliviada. Quando, tempos depois, eu chego no meu andar, lá está ela, ao lado da planta, vestido azul, tamanco de madeira, dentes espalhados em um sorriso ameaçador. Oferecendo ajuda.

Quem, hoje em dia, usa tamanco com salto de madeira, meodeos?

Eu, administrando sacolas, celular tocando, chave na porta, e tendo de ser simpática com aquela criatura que só queria ser útil. Daí eu lembro do Marcelo psicopata psiquiatra do bbb8, dizendo que não gosta de gente que serve demais. Talvez tenhamos algo em comum, afinal.

E ela: Olha, se vcs precisarem de qualquer coisa, é só bater aqui, qualquer coisa mesmo, ajuda, alguma coisa emprestada, não precisa sair pra comprar, bate aqui, me pedeeeeeee.

E eu. Obrigada. Hã. Obrigada mesmo. Hã. Você também. Hã.

Fiquei pensando se devia informá-la de que depois de amanhã vai ter festcheenha aqui em casa, e que muita gente foi convidada. Se devia aproveitar aquele momento em que a criatura estava desarmada e sorrindo cheia de dentes pra dizer que, dentro de dois dias, pode ser que ela queira nos matar, ou aos convidados. Deixei pra lá. Qualquer coisa a gente resolve com meia dúzia de chocolates.

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

BBB: bubble boy faz bobagem

O newton não é burro. Ele é chato pra caramba, mal humorado, mas burro não. Enquanto o Ralf fica repetindo quase que num mantra que o Max ta jogando, que as máscaras vão cair, enquanto o Léo oscila entre pedir colo à Naiá e pedir pra sair, o Newton estava observando.

Os três no quarto branco. Bial manda eles escolherem um pro paredão, alguém que, saindo, salva os três. Léo ri e diz o próprio voto, que é a Priscila. Burro, né? A Priscila já voltou de um paredão. A implicância dele não tira ele do quarto. Ralf repete a regra, meio que explicando. E o Newton diz pra eles que eles devem votar no Alexandre. Porque é quem tem mais chances de não voltar do paredão. Tudo bem que Newton implica com o Alexandre, mas ali ele foi estratégico.

Aí vem o imbecil do Emanuel. Que nem conseguiu explicar os motivos do voto. Ficou dizendo que a prova tinha sido difícil, de resistência, e que era muito querido ali, e que queria que o filho se orgulhasse dele, etc. Tomou um fora do Bial. Mandou o Max. Eu não esperava. Esperava mesmo que ele fosse mais inteligente. Porque ele chegou na casa sabendo que o grupo B era mais legal, e que o Max era forte. E ele foi acolhido pelo grupo B, grupo do Max. Na minha cabeça, essa equação é simples. No início, é aliança que fortalece a pessoa no jogo. Emanuel chegou com uma aliança, e na primeira chance que teve, fez bobagem.

Destratou a Priscila ao vivo na terça feira. Votou no Max, copiando, inclusive, a justificativa que o Max precisou dar na frente de todo mundo ao votar no Ralf. Se embananou todo. Botou a Priscila na reta. A Pri, que é amiga do Max, que tem com ele um elo silencioso. Agora, quem pode se beneficiar com isso é o próprio Newton, que era o alvo do grupo B até então. Emanuel tem contra si a torcida do Max, provavelmente a torcida da Priscila, daqui a um tempinho. Acaba de perder a imunidade de bubble boy, acaba de deixar claro que não é do grupo B, e nem tem aliados no grupo A. Suzinho. All by himself.

Eu não tenho pena.

P.S.1: Mirla imunizada. Ninguém merece. Samambaia não deve ser imunizada, jamais.

P.S.2: Léo não está sendo nada inteligente. Não devia jogar sozinho, ainda, desfazendo sua aliança com o Grupo B. É isso que ainda segura ele no jogo. Carisma é que não é.

P.S.3: Bial dando fora em Francine. Eu, se fosse ela, ficava esperta.

Continuo na torcida do Max. E da Pri, e do Flavio.