quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

spoiler alert

nos últimos quase dois anos, minha casa foi tipo o lugar mais incrível de se morar. as paredes foram coloridas, o forno viu cheesecakes. almoços de domingo, casa cheia. foi aqui que eu fiz festas, abriguei um batalhão de amigas antes e depois de noites no vegas, entrei em guerra com a evil manager, com o psicopata de estimação, troquei a oficina pela firma colorida pra, um tempão depois, tomar a decisão de ir pra grande corporação.

foi pra cá que eu trouxe a roomate amigue quando a roomate louca se mudou. e, gente. a roomate mais querida é a minha. as discussões intermináveis sobre big brother, as galochas idênticas que a gente comprou antes mesmo de se conhecer. os vestidos, os nossos meninos, o dela e o meu. 

foi aqui que eu virei namorada, naquele carnaval que a gente nem viu acontecer.

dentro de uns dias, mais uma temporada termina. roomate will pack her belongins and leave. sem briga, sem choro. com dorzinha no coração, mas aquela boa, de etapa que se encerra. vai morar ali, na quadra de baixo, mesma rua. com o menino dela. eu acho muito incrível que eu tenha conseguido que os meus últimos anos dividindo apartamento tenham sido com uma amiga. porque refaz, sabe? cura as histórias erradas todas. e quem acompanha esse blog sabe bem das histórias erradas.

por isso que eu preciso contar as histórias certas. :)

roomate saindo, eu viro outra garota. uma garota aparentemente adulta. que ainda roi as unhas, verdade, mas que traz pra casa e pra vida o menino jornalista de covinhas e olhos verdes. pra começar uma nova série. uma nova vida.

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

pequenezas

eu quero é me apegar a esses pequenos momentos em que eu apareço na casa da amiga pra almoçar e conhecer o cachorro, e a gente se ajoelha no chão pra montar as peças coloridas daquilo que vai virar mais um escorredor de pratos, enquanto ela conta da viagem pra paris.

e depois a mãe querida dela me diz que achou meu namorado bonito, e elogia a minha saia, já desamarrando o laço na cintura pra fazer um mais bonito ainda. desses laços que só mãe sabe fazer.

delicadeza nas coisinhas mais bobas. exatamente o tipo de coisa que eu quero pro meu 2012.

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

liquidificador

não tem como falar de trabalho, aqui, sem acabar falando demais. então eu me apego a metáforas.

existe um processo. que se propõe a ir no início das coisas, conversa com cada envolvido, alinha as demandas, estrutura as necessidades por ordem de urgência. cada detalhe vira um post it, dividido por temas, agrupados por temas ainda maiores. cada post it ali.

e você se vê numa sala de reuniões por HORAS, discutindo o óbvio que acaba não sendo óbvio porque se ninguém falar ele não vira post it. e quando eu digo horas, pessoas, acreditem.

:~

foi assim em dezembro, em dias intercalados. tem sido assim em janeiro, essa semana, terça, quarta, quinta, sexta. cada post it colado, cada vez que o problema fica mais claro (e maior), eu penso MERMÃO, como proceder?

porque eu sei que dá pra fazer. mas é tão gigante, tão gigante, tão absurdamente avassaladoramente gigante, e ao mesmo tempo tão detalhado, cada post it interligado, dependente de outros post its. eu respiro fundo, fundo.

voltei a atacar as unhas feitas, mas ainda sem esmalte. sofri vendo minha fraqueza. eu desespero, unhas desaparecem. cheguei em casa e pintei de vermelho. pra poupar. eu olho os post its, e a conversa que se aprofunda demais quando não precisa, e se você distrai 5 minutos você perde o raciocínio, desacompanha a barca. e quando finalmente acaba você tem sede, e fome, e vontade de deitar, e dormir, quem sabe morrer.

e eu penso assim. é tudo novo. eu me meti nesse liquidificador, e eu tenho tomado uns tombos violentos quando me distraio. mas eu sei fazer. eu sei. só é grande, e complicado, e maior e mais grandioso do que tudo o que eu já fiz e já vi fazerem antes. em lugares mais, hum, ninjas. vamos colocar assim.

eu sei fazer. precisa de tempo, e de nervos, e de tripas, o tempo todo. precisa de calma, e isso eu não tenho tido tanta. mas eu sei. é possível. e daqui algum tempo, sabe-se lá quanto, eu vou olhar pra trás e saber que eu fiz. que deu certo. que passou a fase ruim.

mas a fase ruim está aqui, agora, me encarando com sua parede infinita de post its. eu tento imaginar o futuro. eu penso que eu estou passando por isso, aqui, para que ninguém mais precise passar. pelo medo, pela confusão, pelo desespero. 

eu fico querendo que no meio das reuniões alguém olhe pra mim, sorria com calma e diga que vai ficar tudo bem. que já viu isso antes, que é assim mesmo, que demora, é custoso, mas vale a pena. 

tudo o que eu tenho, agora, é essa certeza teimosa de que dá pra fazer. e que eu sei fazer.

build, and they'll come. campo dos sonhos. to aqui. construindo. precisa acreditar. to aqui. tentando.

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

pequenas promessas para um 2012 grandioso

  • não roer as unhas. mantê-las pintadas e coloridas, sempre, tanto quanto possível.
  • diminuir a coca-cola, diminuir as porcarias e o açúcar. comer frutas.
  • passar menos tempo na internet. passar mais tempo lendo.
  • aprender a cozinhar. comidas gostosas.
  • comer mais frutas.
  • fotografar dias bonitos e feios, e as pessoas todas que me fazem feliz.
  • parar de acumular coisas. abrir espaço na casa praquele pra quem o espaço na vida foi aberto fácil, fácil.
  • não ter preguiça de ir encontrar os queridos. estar mais e mais com os queridos.
  • fazer penteados bonitos no cabelo.
  • me vestir com cores. trocar o preto/cinza/listrado de todo dia.
  • fazer um novo amigo, desses que a gente leva pra vida. 
  • aproveitar são paulo.
  • aproveitar o ar livre.