coisa linda isso de gente desapegada. roubaram meu iphone. meu mundo caiu. fiquei 12 horas incomunicável, e quando cheguei na vivo pra comprar um novo chip, a vendedora me perguntou se eu tinha feito seguro para o aparelho. e eu comecei a chorar. tolinha, eu.
o problema não é só terem roubado o meu principal instrumento de trabalho, o meu dispositivo de internet móvel, aquele que me acompanha nos momentos de insônia quando eu quero saber o que andam twitando na minha timeline as 4h30 da manhã. abriram a minha bolsa e tiraram ele de lá. junto, levaram as fotos, os sms com as gênias coloridas, as mensagens fofas do meu pai, toda a minha lista de contatos. a lista de contatos eu recupero. dou um jeito. aos pouquinhos. serviu pra levar embora os ultimos resquícios das múmias, que eu não tinha tido coragem de apagar, e que apareciam ali, no meio dos queridos todos, fazendo doer o coração. agora, nem que eu queira, eu posso estabelecer contato. o último fio se foi.
e algumas pessoas dizem. ah, é só um telefone. e, no fundo no fundo, eu sei que é só um telefone, mas eu não fico fazendo drama quando o seu fone de ouvido arrebenta ou a sua calça favorita rasga bem entre as pernas. eu respeito o que cada um tem de querido. e não, não é só um telefone. era minha vida, eram meus amigos, minhas fotos, meu e-mail, o acesso a toda uma vida online que, well, é a minha vida. e era meu instrumento de trabalho.
eu nunca perco nada. nunca na minha vida eu esqueci celular no ônibus, deixei cair na água, fui assaltada ou larguei em qualquer lugar. eu cuido das minhas coisas. então, não, não sei lidar com a perda. ah, é só um telefone. não, não é. eu saí correndo pela faria lima no meio do expediente pra comprar ele. eu ensinei cada um dos meus amigos o quão genial ele podia ser. meu trabalho leva em consideração a minha loucura com o aparelhinho. se a apple me pagasse por pessoa convencida a comprar um, eu tava rica. não é mentira. deve ter uns 10 na lista, pelo menos. eu sou a pessoa pra quem todo mundo corre quando acontece alguma coisa com o aparelho. o vidro do iphone da dra freud quebrou, e ela me pediu ajuda. frá pergunta de aplicativos, dani me ligou de dentro da loja pra saber se valia mais a pena comprar um de 16gb ou um de 32. e agora o meu está por aí. passando frio, largado num canto, longe dos apetrechos que vieram junto com ele, na caixa. no histórico de gravação de voz, tem minha última visita à tarot lady. se o imbecil que me roubou resolver escutar, vai ver a minha vida exposta ali, na gravação. ela disse pra tomar cuidado com roubo entre abril e maio. eu não ouvi. perdi meu iphone.
(e é óbvio que eu já comprei outro. por muitos, MUITOS dinheiros a mais, parcelados a perder de vista. não vou poder tomar martinis com as genias nunca mais. morri, sabe?)
(se você tiver um iphone, faça uma coisa, por mim. seguro contra roubo. senha de acesso ao sistema. eu devia ter tomado esses cuidados. não me perdoo jamais.)
o problema não é só terem roubado o meu principal instrumento de trabalho, o meu dispositivo de internet móvel, aquele que me acompanha nos momentos de insônia quando eu quero saber o que andam twitando na minha timeline as 4h30 da manhã. abriram a minha bolsa e tiraram ele de lá. junto, levaram as fotos, os sms com as gênias coloridas, as mensagens fofas do meu pai, toda a minha lista de contatos. a lista de contatos eu recupero. dou um jeito. aos pouquinhos. serviu pra levar embora os ultimos resquícios das múmias, que eu não tinha tido coragem de apagar, e que apareciam ali, no meio dos queridos todos, fazendo doer o coração. agora, nem que eu queira, eu posso estabelecer contato. o último fio se foi.
e algumas pessoas dizem. ah, é só um telefone. e, no fundo no fundo, eu sei que é só um telefone, mas eu não fico fazendo drama quando o seu fone de ouvido arrebenta ou a sua calça favorita rasga bem entre as pernas. eu respeito o que cada um tem de querido. e não, não é só um telefone. era minha vida, eram meus amigos, minhas fotos, meu e-mail, o acesso a toda uma vida online que, well, é a minha vida. e era meu instrumento de trabalho.
eu nunca perco nada. nunca na minha vida eu esqueci celular no ônibus, deixei cair na água, fui assaltada ou larguei em qualquer lugar. eu cuido das minhas coisas. então, não, não sei lidar com a perda. ah, é só um telefone. não, não é. eu saí correndo pela faria lima no meio do expediente pra comprar ele. eu ensinei cada um dos meus amigos o quão genial ele podia ser. meu trabalho leva em consideração a minha loucura com o aparelhinho. se a apple me pagasse por pessoa convencida a comprar um, eu tava rica. não é mentira. deve ter uns 10 na lista, pelo menos. eu sou a pessoa pra quem todo mundo corre quando acontece alguma coisa com o aparelho. o vidro do iphone da dra freud quebrou, e ela me pediu ajuda. frá pergunta de aplicativos, dani me ligou de dentro da loja pra saber se valia mais a pena comprar um de 16gb ou um de 32. e agora o meu está por aí. passando frio, largado num canto, longe dos apetrechos que vieram junto com ele, na caixa. no histórico de gravação de voz, tem minha última visita à tarot lady. se o imbecil que me roubou resolver escutar, vai ver a minha vida exposta ali, na gravação. ela disse pra tomar cuidado com roubo entre abril e maio. eu não ouvi. perdi meu iphone.
(e é óbvio que eu já comprei outro. por muitos, MUITOS dinheiros a mais, parcelados a perder de vista. não vou poder tomar martinis com as genias nunca mais. morri, sabe?)
(se você tiver um iphone, faça uma coisa, por mim. seguro contra roubo. senha de acesso ao sistema. eu devia ter tomado esses cuidados. não me perdoo jamais.)
5 comentários:
Tem males que vem pra bem...
roubar já é muita maldade no coração. mas abrir a bolsa da pessoa para pegar o objeto já é demais. assim, tá loco, as pessoas são ruins demais. quero mais viver nesse mundo não.
eu também era assim com celular. mensagens, fotos, agenda. tinha minha vida ali. mas fui obrigada a praticar o desapego.
... quero só ver o que vai acontecer comigo o dia que meu computador pifar, ou deletarem meu orkut e eu perder todos os scraps antigos e os depoimentos e etc.
deu até dor no coração só de pensar.
não, anônimo, não tem.
tem males que vem pra mal, mesmo.
estranho eu precisar explicar isso. anyway. gente louca é o que mais existe nesse mundo.
quando eu li seu post eu pensei "assalto. que bom que ela não se machucou, o mundo tá tão violento" depois pensei "ufa, não foi nada grave, ela tá bem" e agora, pensando bem, depois de um tempo, cheguei à conclusão de que foi violento sim e você se machucou, e que te roubaram mais que o iphone e o que estava dentro dele.
aí fico olhando prá esta janelinha sem saber concluir o pensamento. só penso em "upa, vem colinho", pq é só o que eu posso oferecer.
telinha, obrigada.
vc nem faz ideia de como sua mensagem me fez bem.
=**
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