vou fazer uma confissão. eu venho numa insegurança louca com o meu trabalho. sério. primeiro porque tem a ver com algo que eu descobri que posso fazer há menos de dois anos. que eu já fazia, ok, mas faltava o nome oficial. e que eu tenho a base, ok, mas preciso aprender melhor as ferramentas. e ler os livros certos, aqueles que todo mundo já sabe de cór. e à minha volta tem gente boa, gente que tem as referências, tem a experiência, tem tudo. e eu sei que eu tenho a base, e que eu tenho what it takes. faltam as ferramentas, falta toda a parte teórica. os livros lidos e absorvidos.
e eu estava na oficina, e eu era boa no que eu fazia. e eu estava confiante, e confortável. e quando a firma colorida me chamou de volta, veio para as minhas mãos uma responsabilidade nova. que é assumir que eu tenho exatamente a mesma bagagem que as pessoas com as quais eu trabalho. e EU SEI que ainda existe um longo caminho a ser percorrido. eu tenho talento? tenho. eu sou acima da média? sim. and so are the others. e eu preciso descobrir rápido um jeito de mostrar o meu super-poder.
e a chefa nova. ela fala alto, e ri alto. e é assertiva, e não cai em bullshit. e põe as pessoas no bolso, o tempo todo. e interrompe, e faz perguntas, e interrompe as respostas com novas perguntas. e é objetiva. se tem algo que eu não sou, é objetiva. é algo a aprender.
e eu fiquei com medo dela. medo de ela não ir com a minha cara, e de se arrepender de ter apostado em mim. de ela brigar comigo, e me achar ruim. paranoia, a gente vê por aqui. passei alguns dias evitando eye contact, o tipo de coisa que eu mais odeio em ambiente de trabalho. covardia. me encolhi de um jeito bizarro.
aos poucos, fui levantando. avançando um passo depois do outro. me metendo a olhar umas coisas, e pensando se eu podia propor aquelas coisas. ainda insegura. ainda achando que eu estava lenta demais no processo de me tornar respeitada. porque eu preciso correr, eu sinto isso o tempo todo. toda a falta de foco que eu tenho na vida em geral, quando se refere a como eu conduzo o meu trabalho, desaparece. eu sei exatamente o que fazer pra chegar onde eu quero chegar. e eu sempre sei onde eu quero chegar.
ontem, no meio do caos que se abateu sobre a minha vida pessoal, enquanto a minha janelinha de msn piscava com um querido brigando comigo, a chefa foi à minha mesa. e eu mostrei umas coisas nas quais eu vinha trabalhando. e a janela piscando, e o meu coração doendo. e eu me distraindo disso, e clicando na tela, e mostrando o meu trabalho, e discutindo. e ela dando opinião, e ideias a partir do que eu tinha feito. e a janela piscando.
e ela me elogiou. e veio o primeiro sinal de que sim, eu estou no caminho certo. e que ainda há muito a ser feito, mas que so far, so good.
that's great news. foi a primeira vez, desde que eu voltei pra firma colorida, que eu senti alguma segurança com o meu trabalho. isso precisa ser registrado.
e é isso que eu estou fazendo. registrando.
e eu estava na oficina, e eu era boa no que eu fazia. e eu estava confiante, e confortável. e quando a firma colorida me chamou de volta, veio para as minhas mãos uma responsabilidade nova. que é assumir que eu tenho exatamente a mesma bagagem que as pessoas com as quais eu trabalho. e EU SEI que ainda existe um longo caminho a ser percorrido. eu tenho talento? tenho. eu sou acima da média? sim. and so are the others. e eu preciso descobrir rápido um jeito de mostrar o meu super-poder.
e a chefa nova. ela fala alto, e ri alto. e é assertiva, e não cai em bullshit. e põe as pessoas no bolso, o tempo todo. e interrompe, e faz perguntas, e interrompe as respostas com novas perguntas. e é objetiva. se tem algo que eu não sou, é objetiva. é algo a aprender.
e eu fiquei com medo dela. medo de ela não ir com a minha cara, e de se arrepender de ter apostado em mim. de ela brigar comigo, e me achar ruim. paranoia, a gente vê por aqui. passei alguns dias evitando eye contact, o tipo de coisa que eu mais odeio em ambiente de trabalho. covardia. me encolhi de um jeito bizarro.
aos poucos, fui levantando. avançando um passo depois do outro. me metendo a olhar umas coisas, e pensando se eu podia propor aquelas coisas. ainda insegura. ainda achando que eu estava lenta demais no processo de me tornar respeitada. porque eu preciso correr, eu sinto isso o tempo todo. toda a falta de foco que eu tenho na vida em geral, quando se refere a como eu conduzo o meu trabalho, desaparece. eu sei exatamente o que fazer pra chegar onde eu quero chegar. e eu sempre sei onde eu quero chegar.
ontem, no meio do caos que se abateu sobre a minha vida pessoal, enquanto a minha janelinha de msn piscava com um querido brigando comigo, a chefa foi à minha mesa. e eu mostrei umas coisas nas quais eu vinha trabalhando. e a janela piscando, e o meu coração doendo. e eu me distraindo disso, e clicando na tela, e mostrando o meu trabalho, e discutindo. e ela dando opinião, e ideias a partir do que eu tinha feito. e a janela piscando.
e ela me elogiou. e veio o primeiro sinal de que sim, eu estou no caminho certo. e que ainda há muito a ser feito, mas que so far, so good.
that's great news. foi a primeira vez, desde que eu voltei pra firma colorida, que eu senti alguma segurança com o meu trabalho. isso precisa ser registrado.
e é isso que eu estou fazendo. registrando.
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