domingo, 27 de dezembro de 2009

Retrospectiva 2009

O ano começou devagar, e eu quase desanimei. Consegui o trabalho que eu queria, na firma colorida que eu queria. Quatro meses, apenas. Vaga temporária my ass, mas valeu cada segundo. Fiz miséria com aqueles quatro meses. Fiz um tantão de amigos, tive alguns crushs em gerentes com e sem covinhas. Aprendi coisas que eu não sabia. Tive a sensação única e incrível de estar exatamente onde eu devia. Saí com aperto no coração, mas com portas escancaradas pra voltar. E eu volto. Dia 18 de janeiro 2010, meu segundo primeiro dia lá. So damn happy.

Mantive os amigos queridos, entrei em crise com a roomate freak que parou de falar comigo pra sempre, fui atacada pelo namorado sonâmbulo dela. Mudei de casa, mudei de rua, mudei de ares. Retomei amizades que haviam sido postas pra cochilar, dormir. E que despertaram com tudo.


Tive três empregos em pouco mais de uma semana, fiz amigos novos, chorei até dormir várias e várias vezes, enquanto se aproximava a despedida do trabalho que eu tanto quis. Quando tudo estava prestes a acabar, ganhei forças, botei um sorriso no rosto e mantive a pose. Era necessário. A firma colorida me rendeu o Daniel, amigo geek personal code solver, me tirando de imbróglios nunca antes imaginados. Disparado a melhor aquisição do ano. Mantive Julinha e Veneceous ao alcance dos dedos via msn, e quase não pareceu que estávamos tão longe. Cortei franja, cortei channel, emagreci uns cinco quilos sem nem fazer dieta. Primeiro por tristeza, depois por correria. Fui parar onde escolhi parar, na oficina de gênios. Conheci meninas tão fofas que o coração esquenta só de falar nelas, geeks apaixonadas pelas mesmas séries que eu.


Tomei mais café do que devia, mais coca cola do que devia. Perdi a compulsão com doces. Perdi o interesse em comida.


Ganhei interesse em pessoas, andei muito a pé, com ipod nos ouvidos. Ouvi Strokes, ouvi Killers, ouvi Regina Spektor. Conheci um menino de covinhas que me tirou de leve o equilíbrio, por um tempo. Durou menos do que podia ter durado, mas serviu pra descongelar o coração, que era de pedra fazia tempo. Hoje ele é amigo querido, tanto assim quanto os outros.


Voltei pra terapia, desenterrei problemas antigos, que dormiam esquecidos numa gaveta. Nessa parte, o trabalho apenas começou. Fui parar na praia, comprei gadgets caros e necesssários, mais roupas do que eu precisava. Guardei pouco dinheiro. Bebi mais vodka, comi mais frituras, estreitei laços.


Assumi minha nerdice e hoje eu grito meus conhecimentos de séries, assumo que tenho blog, mas não passo o endereço não. Quem achar, que ache. Isso aqui é meu cantinho, não pode ser devassado. Comprei um iPhone, que me deu algo que eu nem sei como pude viver sem: internet de bolso. Agora sou conectada 24/7, ninguém me segura. Vi menos filmes do que eu gostaria, mas ok, vida que segue. Comecei a olhar pra mim e me achar legal, sabe? Não de um jeito arrogante, nem nada. Mas aquela sensação de que você é quem você queria e devia ser, e de que está onde queria e devia estar. Isso é demais. Recomendo.


2009 termina com o título de ano mais louco da minha vida. O melhor, e o pior. O que mais me cansou, o que mais me fez doer o coração, o que mais me tirou o chão de debaixo dos pés. E aí trouxe de volta. Termino 2009 esgotada. Como nunca estive antes, de verdade. Mas não troco por nada o ano que eu tive. Valeu cada segundo, cada dia, cada pessoa. Cada lágrima e cada gargalhada.


Não tenho nem cara de pau de pedir nada pra 2010. Mentira. Tenho sim. Quero mais, do mesmo.

Um comentário:

Luiz com Z disse...

2009 40 graus, ano maravilha, purgatório da beleza e do caos.