terça-feira, 8 de dezembro de 2009

(L)

Estou distraída na minha mesa, concentrada numas coisinhas de trabalho. Sinto baterem no meu ombro. É uma das geniazinhas coloridas, e ela diz. Madame Ç, tem um rapazinho do (inserir aqui o nome da firma colorida) que quer te ver.

E eu olho para a co-worker fofa e repito a frase. Tem um rapazinho da firma colorida aí, e ele quer me ver. (L)

Sempre tem pessoas da firma colorida na oficina, porque eles são clientes, e dos mais assíduos. Estão sempre lá, modos que eu não morro tanto assim de saudades. Dá pra ir dizer oi, contar coisinhas, trocar informações, combinar almoços. Fora os contatos diários de msn, todos ali, ao alcance dos dedos.

Levanto, imaginando qual dos meus queridos está ali, e perguntou por mim. Ando até a sala onde eles ficam quando nos visitam.

E é o gerente de covinhas. Sorriso escancarado, olho brilhando, tão incrivelmente bonito. Como sempre foi, como é. E ele quer dizer oi, e me abraçar, e falar amenidades, só um tiquinho.

E nosso encontro não passa de cinco minutos, em pé, ali no cantinho da oficina, em que ele fala que vai levar a filha à Disney e conta que vai conseguir tirar férias.

E o meu coração se enche de amor, e de saudades de cada uma daquelas pessoas. Cada uma. E quando eu me despeço, e volto pra minha mesa, a mão treme, e eu estou naturalmente afobada.

Porque é esse o efeito que ele tem sobre mim. É esse o efeito que aquela experiência teve. Eu vibro por dentro, estranhamente.

Fico desconcertada.

PS. E aí, de noite, jantando num mexicano com amiga querida, é outro querido da firma que me aparece. O viado territorialista, que agora é só viado fofo, vem me abraçar. E eu morro mais um tiquinho, de saudades desse mundo que ainda é um pouco meu. E agora, enquanto eu escrevo esse post, aparecendo offline no msn, mas online no gtalk, e um terceiro querido de lá que me aparece. Eles estão everywhere, o tempo todo. Estou cercada. E gosto disso.

Um comentário:

Anônimo disse...

Detesto Covinhas.