terça-feira, 22 de dezembro de 2009

O embate com evil manager - parte 2

Então. Devo pedir que se sentem, relaxem. O post vai ser comprido. Daquele tipo que tem que tomar fôlego, lá no meio. ;-)

Como eu dizia ainda ontem, eu tinha descoberto que o aviso previo terminava 3 dias antes do que a evil manager planejava. E hoje era dia de ir lá drop the news.

The bitch went nuts.

Entramos na salinha e eu contei pra ela. Ela disse que eu tinha combinado outra coisa, eu disse que não, que ela encerrou a outra reunião pra checar o
cronograma e nesse meio tempo eu descobri a data *correta* do fim do meu contrato. Ela disse que não. Eu disse que sim.

Daí ela ameaçou tirar a minha folga de fim de ano. Folga essa que: 1) um dia foi dado à equipe, pelos esforços ao longo do ano (1 fucking dia, apenas, pois é); 2) as duas outras folgas foram abonadas dos finais de semana e noites viradas que eu passei no projeto do demo. Tudo documentado por e-mail, que se tem coisa que eu não sou nessa vida, queridos, é boba. Eu me cerco. Sempre.

A bitch quis cancelar a minha folga. Eu não topei, botei ela no devido lugar e ainda disse que tinha tudo documentado. A bitch recuou.

Daí ela ficou forçando a barra pra eu ficar até dia 15. Jogou a carta que eu ia deixar ela na mão (really?), que eu ia sobrecarregar alguma geniazinha fofa (really?), que eu não estava sendo profissional, vejam bem. E eu. Gerenta, a regra é essa. Meu pai é especializado em direito trabalhista (mentiiiiiiiira!), e eu sei tudo de aviso prévio. A lei é clara, meu último dia é dia 12. E eu pretendo cumprir a regra, direitinho.

E ela. "Você se prende demais em regras". E eu. Exatamente. (Quando a co-worker fofa sofreu o inferno na semana retrasada, com todo tipo de retaliação porque aceitou uma vaga numa empresa foda, ela foi atacada com o argumento de que não estava seguindo as regras, por sair antes de o tal de aviso prévio terminar, e etc.) Pois bem. Ag
ora eu sou atacada exatamente por seguir as regras. "Você se prende demais em regras", ela disse. Rá. Conta outra.

Coerência, não trabalhamos.

A verdade é que a mulher tá se acostumando a acuar as pessoas, a fazer com que elas concordem com o que ela quer. E ela nunca quer coisas viáveis. E eu, well, eu sei acuar também. Eu não gosto que gritem comigo, e eu sou fofa toda vida, mas eu sei ser intratável de um tanto que pouca gente imagina. E eu to numa vibe "Vem nimiãm". Ela que venha. To preparada.

E quando ela levantou a voz, ela não esperava que eu levantasse de volta. E quando ela argumentou, ela não esperava que eu argumentasse de volta. E eu ainda joguei lindamente na cara dela que ela chegou lá ontem, que ela não entende nada daq
uele ambiente.

E ela lá. Você tem que ficar até o dia 15. E eu lá. Não, evil manager. A regra é clara. Eu fico até o dia 12. Daí ela recuou, de leve, e me pediu, com a falta de educação e trato que lhe é peculiar, que eu ficasse até o dia 15, e que a oficina me pagaria pelos 3 dias extras. E eu disse que agradecia o convite, mas preferia sair dia 12, e ter 3 dias lindos de folga.

Ela saiu da sala batendo porta, e encerrando a conversa. Quando eu saí da sala, algumas das gênias estavam olhando, provavelmente pelo som que vazou pela porta fechada.

Daí ela foi pro twitter. Porque, gente, profissionalismo, não trabalhamos:

Seria uma ameaça velada? Um vou destruir geral? Será que ela não entendeu direito que EU pedi pra sair? Well, a tarde seguiu.

Algumas horas depois...

Estou eu na minha mesa, discutindo com outra genia o projeto que eu tinha que fazer. Que o cronograma é dia 7 de janeiro, mas que ela resolveu que eu tinha que entregar hoje. Eu mostrei pra ela que tinha problemas, e que hoje não rolava de ficar pronto.

The bitch went nuts. (2)

Disse que era absurdo eu não terminar. E eu. Gerenta, o site é cheio de peculiaridades. Eu convido você a navegar por ele e entender que o roteiro não fica pronto assim, num passe de mágica. E ela. Eu nunca tive esse problema antes, com ninguém. Eu não entendo.

E eu esbocei um sorriso BONITO, olhei pra ela com desdém, e disse. Não, gerenta. Você não entende.

E ela olhou, e repetiu. Eu não entendo. E eu, repeti. Realmente, você não entende.

E ela disse. Enfim, esse problema vai ser resolvido.
E eu. Well, é como você mesma disse. Esse problema vai ser resolvido. Em breve. Dia 12.

E ela saiu da minha mesa, passou bufando pra dela, e novamente usou a mágica ferramenta do twitter pra extravasar todo o seu ódio e frustração:

Well. Eu chamo isso de, hum, nem sei. Tem nome? Profissional é que não é. Destemperado?

Por enquanto é só, amiguinhos. Tenho pra mim que a guerra só começou. Torçam por mim.

3 comentários:

Anônimo disse...

Isso não é destempero não. É falta de piru e de senso estético.

Senior disse...

Isso não é destempero não. É falta de piru e de senso estético. [2]

Luiz com Z disse...

Queria ser uma sonda altamente especializada e micromicroscópica pra ver o tumorzinho se formando nela. You're my hero.