segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

O embate com evil manager - parte 1

Cena 1. Chamo Evil Manager pra uma conversa. Ela diz ok, mas não se levanta. Eu me levanto, e paro em frente a mesa dela. Encaro. Ela levanta os olhos e dia. O que é? Eu digo. Vamos para a salinha?

Cena 2. Eu e Evil Manager na salinha. Eu digo assim. Eu tenho um problema, e preciso te comunicar. A firma colorida me chamou pra voltar. E eu disse sim.


Ela se retesa na cadeira, meio que acuada. Visivelmente contrariada, sem pensar, dispara: "Eles quebraram as regras". (Uma coisa meio Wildmore versus Ben Linus. You broke the rules. I'm gonna kill your daughter).


Regras? eu pergunto. E ela continua. Nós temos um acordo de cavalheiros para que uma empresa não leve profissionais da outra. E eu. REAAAAALLY?


A conversa foi linda, e eu distribuí generosamente todos os tapas com luvas de pelica que cabiam na situação. Expliquei que eu não estava ok com os cronogramas loucos, que esses meses de oficina colorida tinham sido de muito aprendizado, mas que me levaram muitos kilos e muito da minha qualidade de vida. E que a firma colorida era a minha nave mãe, e que quando a nave mãe chama, não tem discussão. A gente volta.


Ela reclamou que eu tinha um projeto nas mãos. E que ~o ideal seria~ que eu finalizasse tudo antes de ir embora. Isso representa fazer o trabalho de UM MES em duas semanas. Percebam a vibe de punição. De se vira aê. Eu recusei, delicadamente, e disse que não toparia outro projeto do demo. Que eu continuaria lindamente fazendo meu trabalho, mas que a aconselhava a colocar alguém comigo, alguém que pudesse assumir as coisas quando meu prazo acabasse. E ela lá. Falando de mundo ideal. E eu aqui. Tentando explicar pra ela que no meu mundo ideal, ela é uma pessoa transformada em cinzas.


O mais legal foi quando eu disse pra ela que tenho MUITO FOCO na minha carreira, e que eu não brinco com trabalho. E que esse convite era, pra mim, uma recompensa por um bom trabalho que eu sabia que tinha realizado por lá, e que era um puta desafio, e que eu estava muito, muito, muito, muito feliz. E que eu terminava o meu ano de 2009 com todos os meus objetivos alcançados. Cada um deles.


Ela sorriu amarelo. E concordou que eu era boa, sim. Disse que minhas entregas tinham qualidade e whatever. Coisas que eu já sabia. Eu conheço os meus super poderes. Cada um deles. Minha briga é adquirir novos, mas eu nunca questionei os antigos.


Com relação ao projeto louco que ela insinuou que eu deveria fazer inteiro em pouco tempo, ainda vamos falar mais. Nesse meio tempo, eu descobri que meu aviso prévio me libera do trabalho 3 FUCKING dias antes do que ela gostaria, lá no mundo ideal de merda dela.


Preciso dizer que estou adorando o processo? A lei do meu lado, a cara de tacho dela, a confusão que ela vai ter pra acertar os cronogramas. Not my problem, not my business.


Mais novidades a qualquer momento.

3 comentários:

Zulia disse...

Só tenho uma coisa a dizer:
The roof, the roof, the roof is on fire, The roof, the roof, the roof is on fire,The roof, the roof, the roof is on fire, We don't need no water let the motherfucker burn,
Burn motherfucker burn! \o/

Senior disse...

Ç 1x0 bitch

Luiz com Z disse...

Sabe "Quero Ser John Malkovich"? Pois é. Durante 15 minutos, daqui a uns 15 anos, eu queria ser oncologista em São Paulo pra poder ver a primeira biópsia do câncer de seio que ela já está desenvolvendo. No seio esquerdo. Vai por mim. Também tenho superpoderes. E você viverá feliz para sempre.