Então. Sabe quando acontece uma coisa, e durante todo o acontecimento pipocam na sua mente todos os clichês de filmes água com açúcar americanos? E aí você nem se importa, porque você se lembra que, quando você tinha 16 anos, isso era tudo o que você queria? E dane-se que isso venha te acontecer quando você acaba de fazer 30, você é perfeitamente capaz de esquecer esse detalhe e viver de leve o conto de fadas?
Pois então.
Sábado foi o casamento de uma amiga querida, lá da cidade siderúrgica. Ela mora nos EUA há 4 anos, com esse namorado incrivelmente lindo. E eles iam se casar, e ele trouxe todo o galerê da familia, e os três melhores amigos.
E o casamento foi fofo, e a festa tava ótema, e eu me vi girando em torno do irmão mais velho de uma das minhas amigas de colégio, exatamente como eu fazia aos 16 anos. Ele NUNCA quis nada comigo. Ficou com todas as nossas amigas, destruiu minha auto estima, partiu meu coração em tiny little pieces, mas ele olhava com aqueles olhos azuis e eu não ligava tanto assim. Desmanchava. E ele estava lá, lindo, e eu estava lá, linda, super dando mole, e o rapazinho NADA. Imune ao meu charme, imune ao fato de que, com todo aquele prosecco, eu tava fácil.
Cansei dele e engatei um papo com um dos best man. Dave, rapazinho simpático. Bêbada eu não tenho a menor inibição em falar inglês com um english speaker original. Discutimos Obama, discutimos Lula, discutimos o sonho americano. Minha amigas foram indo embora, e eu bebendo e discutindo em inglês com rapazinho Dave. De repente, olhei em volta, festa quase vazia. Eu estava sozinha, sem carona. A noiva, bêbada, dançava com o noivo, lindo e bêbado, no meio da pista.
Fui até lá e falei. Tati, a festa acabou? Porque foi todo mundo embora e eu ainda não acabei de comemorar. E nisso surge o segundo best man. Kevin. Ela já tinha me falado dele, que eu precisava conhecer, e coisa e tal.
E antes que eu pudesse me dar conta, eu estava girando com Kevin pela pista de dança, ao som de "When you were young", do Killers. E esticamos pra um bar, os meninos americanos, umas meninas desconhecidas, a noiva bebada, o noivo bebado. E cada um foi saindo, e indo embora. E eu lá, no bar, vestido de festa, shivering, como ele dizia, por causa do frio.
Antes que eu pudesse perceber, once again, Kevin e eu estávamos all over each other. E ele era fofo, e querido, e colocou sua jacket nos meus ombros. E eu chamei ele pra ver o nascer do sol, e em pouco tempo eu não fazia a menor ideia de pra onde haviam ido todas as outras pessoas. E dane-se.
De manhã, Kevin me acompanhou caminhando até a porta da casa dos meus pais. Eu estava descalça, de pés sujos. Toda a nossa conversa foi recheada com clichês, e eu pouco me importava. Eu dizia "you just got to second base", ele dizia "Whut? Second base was two hours ago". E corrigia a minha pronúncia pra uma ou outra palavra, e eu ensinava que obrigado é para meninos e obrigada é para meninas. Kevin me deixou de pernas bambas. Como poucos até hoje conseguiram.
Well, cheguei em casa e a minha mãe estava LOUCA, sem dormir. Como se eu tivesse 16 anos. Me fez uma vitamina de banana, me passou um esporro, e não adiantou de nada eu dizer pra ela que era adulta.
Mas eu nem era. Eu tinha 16 anos, no domingo de manhã. Eu era Molly Ringwald, dá licença. pelo menos uma vez, uma vezinha que fosse.
No dia seguinte, vi que minutos depois de me deixar em casa, menino Kevin me procurou na internetz, e me adicionou no facebook. Oi, gente, sou geek. Morri de amor. 457 vezes.
Então, mais um amor impossível. Eu voltei pra sumpolo, cresci 14 anos, ele foi pro Rio aproveitar os dois ultimos dias de viagem ao país tropical. Eu mandei uma mensagem, pra ver se dava tempo de ele vir me ver em São Paulo. Ele respondeu dizendo que tentou trocar o vôo e não conseguiu. E que, sadly, precisava estar em casa para a Christmas eve. Nada feito.
Fim.
Pois então.
Sábado foi o casamento de uma amiga querida, lá da cidade siderúrgica. Ela mora nos EUA há 4 anos, com esse namorado incrivelmente lindo. E eles iam se casar, e ele trouxe todo o galerê da familia, e os três melhores amigos.
E o casamento foi fofo, e a festa tava ótema, e eu me vi girando em torno do irmão mais velho de uma das minhas amigas de colégio, exatamente como eu fazia aos 16 anos. Ele NUNCA quis nada comigo. Ficou com todas as nossas amigas, destruiu minha auto estima, partiu meu coração em tiny little pieces, mas ele olhava com aqueles olhos azuis e eu não ligava tanto assim. Desmanchava. E ele estava lá, lindo, e eu estava lá, linda, super dando mole, e o rapazinho NADA. Imune ao meu charme, imune ao fato de que, com todo aquele prosecco, eu tava fácil.
Cansei dele e engatei um papo com um dos best man. Dave, rapazinho simpático. Bêbada eu não tenho a menor inibição em falar inglês com um english speaker original. Discutimos Obama, discutimos Lula, discutimos o sonho americano. Minha amigas foram indo embora, e eu bebendo e discutindo em inglês com rapazinho Dave. De repente, olhei em volta, festa quase vazia. Eu estava sozinha, sem carona. A noiva, bêbada, dançava com o noivo, lindo e bêbado, no meio da pista.
Fui até lá e falei. Tati, a festa acabou? Porque foi todo mundo embora e eu ainda não acabei de comemorar. E nisso surge o segundo best man. Kevin. Ela já tinha me falado dele, que eu precisava conhecer, e coisa e tal.
E antes que eu pudesse me dar conta, eu estava girando com Kevin pela pista de dança, ao som de "When you were young", do Killers. E esticamos pra um bar, os meninos americanos, umas meninas desconhecidas, a noiva bebada, o noivo bebado. E cada um foi saindo, e indo embora. E eu lá, no bar, vestido de festa, shivering, como ele dizia, por causa do frio.
Antes que eu pudesse perceber, once again, Kevin e eu estávamos all over each other. E ele era fofo, e querido, e colocou sua jacket nos meus ombros. E eu chamei ele pra ver o nascer do sol, e em pouco tempo eu não fazia a menor ideia de pra onde haviam ido todas as outras pessoas. E dane-se.
De manhã, Kevin me acompanhou caminhando até a porta da casa dos meus pais. Eu estava descalça, de pés sujos. Toda a nossa conversa foi recheada com clichês, e eu pouco me importava. Eu dizia "you just got to second base", ele dizia "Whut? Second base was two hours ago". E corrigia a minha pronúncia pra uma ou outra palavra, e eu ensinava que obrigado é para meninos e obrigada é para meninas. Kevin me deixou de pernas bambas. Como poucos até hoje conseguiram.
Well, cheguei em casa e a minha mãe estava LOUCA, sem dormir. Como se eu tivesse 16 anos. Me fez uma vitamina de banana, me passou um esporro, e não adiantou de nada eu dizer pra ela que era adulta.
Mas eu nem era. Eu tinha 16 anos, no domingo de manhã. Eu era Molly Ringwald, dá licença. pelo menos uma vez, uma vezinha que fosse.
No dia seguinte, vi que minutos depois de me deixar em casa, menino Kevin me procurou na internetz, e me adicionou no facebook. Oi, gente, sou geek. Morri de amor. 457 vezes.
Então, mais um amor impossível. Eu voltei pra sumpolo, cresci 14 anos, ele foi pro Rio aproveitar os dois ultimos dias de viagem ao país tropical. Eu mandei uma mensagem, pra ver se dava tempo de ele vir me ver em São Paulo. Ele respondeu dizendo que tentou trocar o vôo e não conseguiu. E que, sadly, precisava estar em casa para a Christmas eve. Nada feito.
Fim.
3 comentários:
Te digo uma coisa: todo mundo que é legal merece um Kevin pelo menos uma vez na vida.
Uma das minhas melhores amigas casou com o americano dos sonhos dela e tá até linkada aí no teu blog. Desculpa te dar esperança de qualquer coisa, mas fim de ano é assim. E começo mais ainda. Se eu você fosse você, investia, the longer the shot may seem.
All your base are belong to him.
Adorei a parte dos amigos distantes. Quero um paragrafo soh pra eles.
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