e então a ordem do dia, arrisco dizer da década, é. não espere nada de ninguém, não crie expectativas.
alguém pare o mundo que eu quero descer. acho muito bonito o discurso, acho coisa fina mesmo. na prática, não funciona.
eu espero que as pessoas sejam legais comigo. não gosto de descuido, de desatenção. espero que me acompanhem até a porta, pra não me deixar andando sozinha por aí. espero que me tragam de carro, se carro for opção. eu pego o carro e deixo as pessoas em casa. na porta. eu faço isso. então eu espero a mesma coisa.
eu espero que me agradeçam, porque eu sei ser grata. espero gentileza, porque eu sou gentil. espero consideração, pelos mesmos motivos. se a noite foi legal, eu espero um telefonema. espero lembrança, cuidado. atenção. se cuidado não vem, se o telefone não toca, eu não espero mais nada.
em não esperar mais nada, eu me desfaço dos planos e das expectativas. eu não gosto de não esperar nada. se eu não puder esperar nada, se eu tiver de não esperar nada, algo morre dentro de mim. e aí o coração pode doer, eu posso precisar marcar sessão dupla de freud, eu posso até me descabelar um pouquinho. faz parte do quadro. depois passa.
passa, e não tem conserto. quebra em caquinhos, e mesmo que cole - eu não estou dizendo que cola - fica a marca, lá. e essa marca não se desfaz.
sirvo pra isso de não criar expectativas não.
alguém pare o mundo que eu quero descer. acho muito bonito o discurso, acho coisa fina mesmo. na prática, não funciona.
eu espero que as pessoas sejam legais comigo. não gosto de descuido, de desatenção. espero que me acompanhem até a porta, pra não me deixar andando sozinha por aí. espero que me tragam de carro, se carro for opção. eu pego o carro e deixo as pessoas em casa. na porta. eu faço isso. então eu espero a mesma coisa.
eu espero que me agradeçam, porque eu sei ser grata. espero gentileza, porque eu sou gentil. espero consideração, pelos mesmos motivos. se a noite foi legal, eu espero um telefonema. espero lembrança, cuidado. atenção. se cuidado não vem, se o telefone não toca, eu não espero mais nada.
em não esperar mais nada, eu me desfaço dos planos e das expectativas. eu não gosto de não esperar nada. se eu não puder esperar nada, se eu tiver de não esperar nada, algo morre dentro de mim. e aí o coração pode doer, eu posso precisar marcar sessão dupla de freud, eu posso até me descabelar um pouquinho. faz parte do quadro. depois passa.
passa, e não tem conserto. quebra em caquinhos, e mesmo que cole - eu não estou dizendo que cola - fica a marca, lá. e essa marca não se desfaz.
sirvo pra isso de não criar expectativas não.
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