(eu estava quieta no meu canto, sabe? ele me buscou, veio atrás, longas conversas, atenção. interesse. eu desconfiei, porque é isso que eu faço. mas ele era tão legal, tão carinhoso, atencioso. maldita atenção, que me tirou do eixo e me fez achar que seria diferente. eu me deixei levar, e dei atenção de volta, e abri espaço pra pensar nele, e abri espaço pra gostar dele. as conversas eram boas, e ele foi começando a fazer parte, ali na outra ponta, no msn o dia todo, por torpedos engraçadinhos. e teve a viagem dele e a gente continuou se falando. e eu continuei achando ele legal, as conversas geniais acontecendo. eu acreditei mesmo que poderia ser algo legal. e aí já era tarde demais. o covinhas acabou preenchendo mais espaço do que devia. pode ser que eu tenha me precipitado, pode ser que ele tenha se precipitado. já era tarde demais pra mim quando ele disse que não pretendia se envolver, por ter saído de um namoro conturbado e coisa e tal. ele podia ter me avisado antes, né? antes de me dar toda aquela atenção, antes de ser tão incrivelmente fofo. e aí eu descobri que a tatuagem legal que ele tinha no pulso, ela também tinha. e eu lembrei que eu queria um menino de pulsos livres, pra fazer tatuagem comigo, se fosse o caso. e continuava sendo tarde demais. e as conversas boas continuaram, mas a atenção dele diminuiu. e os torpedos quase que inexistiram. e eu me senti abandonada, e fui tratar na terapia. e continuei com ele por perto, na outra ponta, online no msn, mas ficou pesado. comecei a contabilizar quantas vezes ele me chamava, quantas vezes eu chamava. e eu me ressenti ao perceber que ele se desinteressou. porque foi ele que me buscou, eu tava quieta no meu canto. nem tinha dado mole, nem nada. e a gente vinha tentando ser amigos, e eu falho miseravelmente nessa arte de ser friend with benefits. porque eu me envolvo. e era por isso que era melhor quando o coração era de pedra e eu controlava o universo. ele saiu da minha casa uma manhã e não me ligou o resto do dia, e nem no dia seguinte. e o meu coração se partiu. e eu ainda topei um cinema depois disso, mas foi bem errado. porque era nítido que elvis had left the building. e a vida seguiu, e eu cheguei a conclusões brilhantes juntamente com freud, e decidi que era melhor parar mesmo. bonito isso de decidir as coisas. quero só ver na prática. e teve a outra festa, e eu convidei, como amigo. e eu botei meu vestido novo. eu nem queria ficar com ele, veja bem. mas um cara bonitinho veio conversar comigo e eu me desvencilhei. porque ele estava ali. sem me dar a menor bola. oi? eu tenho 13 anos, né? e eu vi ele cantando uma garota. na festa que eu chamei ele pra ir. e dá-lhe coração partido. fiquei satisfeita quando vi que ele levou um fora, vingancinha adolescente. ele me ofereceu carona, eu preferi dividir um taxi com amigos. ele me mandou torpedo de manhã, chamando pra almoçar. e eu nem forças pra responder encontrei. ele ligou, repetindo o convite de almoço. eu disse que não, e ele sondando, pra saber se estava tudo bem, e eu, aham, aham, to ótema. desliguei, puxei os cobertores até cobrir a cabeça, chorei e dormi. mais tarde, outro torpedo. me pedindo pra reservar um tempinho à tarde, pra um café. eu não respondi mais nada, nunca mais. tenho caquinhos pra colar, dá licença.)
3 comentários:
Eu odeio esse covinhas pelo q ele fez com seu coração de preeeda. Isso não tá certo não. :/ *abraça a madame ç*
"I don't know who he is, but I hate him." (Barbra Streisand as Judy Maxwell, "What's Up, Doc?", 1972)
Impossível deixar de dizer que esse é um dos nomes mais PHODAS de blog que já vi. E você ainda linka - duplamente - minha amiga DO PEITO Ione! Yay!
Mas vamo deixar isso em parenteses, né.
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