terça-feira, 25 de agosto de 2009

em terapia

É engraçado esse lance de fazer terapia. É também muito pessoal, e eu já notei que as pessoas se constrangem, como se fosse algo sagrado, fazer terapia. Se, conversando com um amigo, eu menciono alguma coisa que se passou numa sessão, um clima de reverência se instala.

Eu não sei como consegui passar esse um ano sem as sessões. Acho que desliguei mesmo os problemas, botei num modo "on hold", pra poder lidar com as mudanças todas que eu vinha passando. Foi só achar que eu precisava voltar, e as coisas guardadas saíram, tomaram corpo, espaço, quase me sufocaram. Agosto está sendo um mês especialmente difícil. Porque o trabalho anda cansativo, e o projeto é complicado, e a saudade dos meus queridos da firma colorida começou a me doer o coração.

E aí hoje o gerente de covinhas - lembram dele? - me chamou no msn, dizendo que galerë combinou viagem no feriado e que eu sou muito bem-vinda, caso queira ir com eles. E eu odeio praia, sabe? Mas são os meus queridos, e só eu sei o quanto eles me fazem falta, o quanto que eu continuo um pouquinho lá, naquele mezanino, funcionando junto. E como bem disse uma das novas co-workers fofas, não é o lugar, é a companhia. E eu topei. E eu vou colocar biquíni, e todas essas coisas que me fazem sentir estranha. Porque eu quero tempo com eles, pra longas conversas, e sorrisos, e gargalhadas. Ando precisando mesmo disso. Daquelas pessoas, especificamente, à minha volta.

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