segunda-feira, 17 de agosto de 2009

grandes conclusões do fim de semana

Depois da festa do Elvis, de sexta à noite, sobre a qual já discorri dramaticamente no post anterior, fui com meus queridos pra uma padaria, perto de casa. Enquanto eu e uma amiga reclamávamos que homem não presta, e que o desinteresse acontece inevitavelmente, e que nós, pobrezinhas, caímos como patinhos, eu ouvia a versão masculina dos fatos. Eram três, os meninos. Dois deles, dos meus favoritos de São Paulo. O terceiro, recentemente adotado pelo grupo, assistia a tudo meio sem saber se podia opinar. A verdade é que não dá pra generalizar. E eu tenho essa mania. Quando eu digo que homem não presta, S. me corrige. Ele presta. E é verdade, a mais pura. Tenho assitido esse menino sofrer nas mãos de uma garota louca há meses, sair do eixo mesmo. E ele é o tipo de cara que não merece isso. Não dá pra generalizar. A verdade é que a gente escolhe, todo mundo, o tempo todo. Eu escolhi deixar meu coração exposto, assim como ele escolheu deixar o dele. E a gente se fode, mas a gente escolheu. E a gente é adulto, e lida com as consequências todas. Eu choro embaixo dos cobertores, reclamo com Julinha no msn. Reclamo pro freud querido. Mas foi escolha minha.

E aí, mais uma vez, S. vem com a frase que define o fim de semana. Eu gosto de pessoas fáceis, ele disse. Na hora eu não me dei conta, mas essa conclusão, aparentemente boba, define muito do que tem sido o meu ano até agora. Eu tenho lutado arduamente para quebrar o gelo com pessoas difíceis, pra ultrapassar as barreiras e fazer com que elas se mostrem, pra mim. Pra que eu possa vê-las. E isso tira as forças. Eu sempre me achei pessoa difícil, e venho chegando à conclusão de que isso foi a maior mentira que eu já contei pra mim mesma. Eu sou pessoa fácil. Eu me abro pra conhecer as pessoas, eu sou receptiva a conversas, a sorrisos. E eu gosto de gente assim.

Eu gosto de fazer perguntas, e gosto que as respostas não encerrem a conversa. Eu gosto de responder perguntas, e respondo fazendo novas questões. Eu sorrio, e pergunto se está tudo bem, e me interesso realmente pelo que ocorre com os outros. Não sou indelicada, isso jamais. Sempre fui respondona, de não ouvir absurdos calada, mas de uns anos pra cá, eu deixo pra lá, espero a pessoa se acalmar, e desculpo. Fica parecendo mentira e que eu forço a barra quando eu digo que sou adorável, como se eu quisesse convencer as pessoas de algo que não é verdade. Se isso não for ser adorável, eu não sei o que é.

Eu gosto de pessoas fáceis, porque eu sou uma pessoa fácil.

Um comentário:

Luiz com Z disse...

Eu sou exatamente o contrário. Cada vez tenho menos paciência nessa vida, cada vez dou mais o troco. Repetiram tanto que guardar coisa ruim dá câncer, que fiquei assim, retribuidor. Touro com medo de câncer. I quote Kermit: it's not easy being green.