domingo, 30 de agosto de 2009

iphone (L)

tá. agora a parte legal. minha história começa com drama e sofrimento, vejam bem. quando eu me mudei pra são paulo, eu peguei uma linha com código 011. pré paga. porque eu tinha vida boa no rio, com papai ç pagando contas e eu me preocupando somente com vestidinhos e gasolina. daí, quis vir pra cidade grande, achei justo cortar o cordão. eu pago minha conta de celular. /independência (fail)

toda vez que eu lembrava de ir na operadora pra passar a bendita da conta pra pós pago, eu esquecia o comprovante de residência. comecei a achar que não era pra ser. que o destino queria que eu tivesse uma conta pré paga, mesmo. daí fiquei adiando, pra quando eu trocasse de celular. por troca de celular, entenda-se. eu queria um iphone. com um iphone, não tem essa de ser pré pago. tem que ter pacote de dados. mas o iphone 3gs ia chegar, e não tinha cabimento gastar dinheiros num celular que ia ser substituido por um melhor. resolvi esperar.

minha necessidade de internet móvel foi aumentando. o sofrimento foi aumentando. rumores dando conta de que o bendito ia chegar, e eu sofrida, sem poder fazer coisas fundamentais como twittar da rua. aquilo não era vida, não era não.

e eu estava quieta no meu canto, sexta feira última, afogada naqueles prazos que eu acabo de explicar ali embaixo. e me liga o rapazinho da vivo, que eu tinha deixado sob alerta, pra me avisar quando o gadget querido chegasse. ele disse poucas palavras. assim: iphone 3gs chegou. a loja tá vazia.

precisei de mais nada não. fodam-se os prazos. saí do trabalho no meio do expediente, fugida. me lancei numa corrida desesperada pela faria lima. era a minha internet de bolso. na vida, o importante é saber priorizar. e isso, eu sei. eu priorizo os gadgets. sempre.

(L)

agora eu sou a feliz proprietária de um iphone. muitos e muitos gigas de armazenamento, pra eu tacar todo tipo de diversão. botei piano, que tinha no do menino de covinhas. piano é importante, pra gente tocar no iphone. é arte, sabe como é. piano.

botei twitter. porque twittar é preciso. eu quero twittar da rua, do trânsito, do elevador. da praia, quando eu viajar semana que vem. pra mostrar pras pessoas que o impossível acontece, e que sim, eu vou pra praia. botei twitpic, porque eu quero fotografar o céu lindo azulão que tem feito em sampa por esses dias, com os termômetros confortavelmente estacionados na casa dos 20º. eu quero fotografar tudo com a camera, e fazer videozinhos, porque tudo é possível.

botei regininha spektor pra quando eu precisar de música, e acesso facilitado a tudo de maravilhoso que o google nos oferece. agenda, reader, gmail. orkut, por que não? facebook, naturalmente. botei todos os cortes de cabelo que eu venho favoritando há meses, pra quando der tempo de passar em algum lugar decente pra cortar o meu.

tem bússola. falei que tem bússola? sou pessoa perdida, preciso de bússola. o mapa, então. jamais me perderei novamente. a parte de mensagens é fofa, com balõezinhos. pareço uma boba, absolutamente fascinada com coisinhas que as pessoas já conhecem há tempos. mas dá licença.

murphy e eu

eu aprendi isso no mba. duas coisas. não, pera. aprendi três coisas. aprendi matriz SWOT (L), aprendi que é importante administrar duas coisas. filas e expectativas. tipassiãm. vc ta atrasada com uma coisa, e neguinho tá esperando. fraciona e manda de pouquinho em pouquinho, pra ele se distrair e achar que estamos todos trabalhando para melhor atendê-lo. tenho usado muito isso no trabalho.

a outra coisa é a tal da expectativa. se vc promete, tem que cumprir. se vc acostuma a pessoa com um tratamento tal, tem que manter o nível, porque senão neguinho reclama.

veneceous me chama no msn e diz. tá devendo post. e eu? whut? devendo? ah, sim, devendo. eu venho postando com frequência, com violência, por que não dizer? daí o trabalho me assoberba, eu morro, murphy me abraça dicumforça e o blog fica parado. e eu tomo bronca. ele tá certo. eu gerencio mal expectativas.

então o post é esse. eu tenho um prazo absurdo pra cumprir, um prazo que não fui eu que estipulei. cliente diz. sabe isso que leva seis meses? quero em três. chefona diz. claaaaaro. a gente faaaaaaz. a gente sou eu, sabe? a gente sou eu, a pobrezinha da estagiária e a co-worker genia. e a gente trabalha aos finais de semana. e, obviamente, quando o prazo é apertado, ainda que vc faça tudo direitinho, sempre existe o fator acaso né? que é o incontrolável, tudo aquilo que não depende de você. computador, sistema, internetz, pessoas. acaso fail.

e tudo o que podia sair errado saiu. arquivos se perderam. estamos em 2009 e arquivos se perderam. não, não fui eu. o sistema saiu do ar, o computador travou. sabe ctrl+x? coisa do demo. façam isso não. vc aperta as teclinhas, as coisas desaparecem. quando vc clica pra elas aparecerem, no hay banda, no hay nada.

+_+

então foi isso. fim de semana sofrido, trabalhando. agora é torcer para tudo ter dado certo meishmo. porque mesmo dando tudo certo, tenho cá as minhas convicções de que estarei tomando um senhor esporro amanhã de manhã, quando chefona, aquela que topa os prazos impossíveis com a maior naturalidade da história, descobrir que o arquivinho até foi pro cliente, mas com quase 48h de atraso.

a parte boa foi que eu acabei com o pão de queijo da oficina. e com o guaraná também. e algumas castanhas de caju.

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Carrie Bradshaw. Me identifico. (and not in a good way)

Ah, só mais um detalhe. Faço terapia numa vila, néam? E a casa tem dois andares, e tem outro cara atendendo no andar de cima. E, no mesmo horário que eu, tem um cara suuuuper bonitinho fazendo terapia, ali, depois da parede. Hoje tivemos um momento no corredor, tentando passar pela mesma porta ao mesmo tempo. E eu não conseguia abrir o portão, e fiz um draminha pedi ajuda, e ele abriu. E a gente engarrafou tentando sair ao mesmo tempo. De novo. Sabe ceninha de seriado? Foi bem isso. E eu lembrei da Carrie Bradshaw na terapia, que ela se envolve com o maluco que conhece na sala de espera. E o maluco has issues. Sabe como é. Ele tá na terapia, e coisa e tal. Me senti beeem Carrie Bradshaw. Com a diferença que o (meu) maluco é bonitinho, mas não é interpretado pelo Bon Jovi. Bem que podia, né?

My roomate hates me, My roomate hates me not.

E eu entrei numas de achar que minha roomate me odeia. Porque ela não fala comigo. Não há motivo pra ela, ou pra qualquer outra pessoa, nesse momento, me odiar. Porque eu sou fofa, todo mundo já sabe, mas com ela eu sou mais. Mais fofa ainda. Do tipo que busca a mãe no aeroporto, porque eu gosto de fazer esse tipo de gentileza, e porque o carro está ali, paradinho, na garagem. E que compra, junto com o requeijão que eu prefiro, um potinho do que ela gosta. Porque não custa, e é simpático. Mas aí a pessoa vive pela casa fingindo que você não existe. E, num momento de fraqueza, você resolve contar do menino de covinhas e ela fala aham, tá. (O que soa como um couldn't care less.) E encerra o assunto. E você faz perguntas, e ela não responde. E ela te dá unfollow no twitter. O que é claramente uma demonstração de desinteresse no que você tem a dizer. E dá-lhe drama. E você pergunta se tá tudo bem, porque ela tá muda, e ela diz que sim. Que é impressão. Quando claramente não é.

E obviamente levei isso pra Freud. E Freud disse que a questão é territorial. E ele tá certo, sabe? Que nessa de divisão do espaço, de estar sempre tão absolutamente disposta a ceder, eu recuei, e ela ocupou. E que eu me comporto como hóspede na minha própria casa. E Freud tá tão certo, mas tão certo, que eu quero ir ali no quarto ao lado jogar tudo pro alto, em dois tempos. Mas não. Não convém, né? Tudo a seu tempo. Por ora, eu vou é tratar de reocupar cada espaço. Dessa casa que é minha, metade.

Stay tuned. ¬¬

em terapia

É engraçado esse lance de fazer terapia. É também muito pessoal, e eu já notei que as pessoas se constrangem, como se fosse algo sagrado, fazer terapia. Se, conversando com um amigo, eu menciono alguma coisa que se passou numa sessão, um clima de reverência se instala.

Eu não sei como consegui passar esse um ano sem as sessões. Acho que desliguei mesmo os problemas, botei num modo "on hold", pra poder lidar com as mudanças todas que eu vinha passando. Foi só achar que eu precisava voltar, e as coisas guardadas saíram, tomaram corpo, espaço, quase me sufocaram. Agosto está sendo um mês especialmente difícil. Porque o trabalho anda cansativo, e o projeto é complicado, e a saudade dos meus queridos da firma colorida começou a me doer o coração.

E aí hoje o gerente de covinhas - lembram dele? - me chamou no msn, dizendo que galerë combinou viagem no feriado e que eu sou muito bem-vinda, caso queira ir com eles. E eu odeio praia, sabe? Mas são os meus queridos, e só eu sei o quanto eles me fazem falta, o quanto que eu continuo um pouquinho lá, naquele mezanino, funcionando junto. E como bem disse uma das novas co-workers fofas, não é o lugar, é a companhia. E eu topei. E eu vou colocar biquíni, e todas essas coisas que me fazem sentir estranha. Porque eu quero tempo com eles, pra longas conversas, e sorrisos, e gargalhadas. Ando precisando mesmo disso. Daquelas pessoas, especificamente, à minha volta.

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Primeiro aniversário

um ano eu peguei toda a minha vida, botei no carro e vim pra São Paulo. Eu tinha rabiscado um mapa da casa que eu ia morar, e vim ouvindo George Michael, lembro bem. Era domingo, uma tarde ensolarada. E quando eu finalmente entrei na marginal Tietê, já no fim de tarde, a cidade me recebeu com um céu amarelado lindo.

Eu não fazia ideia de como seria viver aqui. Se eu faria amigos, se começaria a trabalhar rapidamente, nada. Cheguei em casa e fui explorar o supermercado. Aos poucos aquelas prateleiras estranhas viraram familiares. A cidade ficou familiar. Eu fiz amigos. Amigos tão queridos que o coração esquenta só de pensar neles. O bairro é colorido, e as pessoas também. Eu sou colorida, aqui.

Há algumas semanas eu jantei com duas amigas do Rio. Uma delas, surpresa com a minha mudança, disse: Você está muito adaptada a São Paulo, né? E eu respondi, sem pensar duas vezes. Eu cheguei em São Paulo adaptada. Eu não era adaptada ao Rio. Nunca fui. Quando eu disse adeus àquela cidade, que é linda, e que eu sei, eu estava dizendo adeus pra uma vida que não era minha. Eu estava vindo encontrar o que me pertencia. Isso me pertence. São Paulo é minha. É caso de amor, mesmo.

Home is where you live what you love. Lar é São Paulo.

domingo, 23 de agosto de 2009

homework

Está tão frio que eu mal consigo pensar. Trouxe trabalho pra casa, e não quero trabalhar. Eu queria era largar tudo na mão da estagiária, que me mandou sms na quinta, dizendo que estava com enxaqueca e ia pro hospital. E não apareceu nunca mais. Então, de um lado eu fico compreensiva, porque a pobrezinha pode realmente estar doente. Do outro lado eu fico achando que ela fugiu para todo o sempre. É possível. E o trabalho que ela devia ter me ajudado a terminar está aqui ao meu lado, na cama, espalhado, enquanto eu estou cheia de cobertores, querendo dormir. As mãos são a única parte do meu corpo expostas. E congelam, agora, enquanto eu digito esse texto, numa clara demonstração de procrastinação. Eu podia ficar só chiando pelos 10º que fazem lá fora, mas a verdade é que eu passei as duas últimas madrugadas zanzando errante por aí, acompanhada de amigos queridos, e nessa hora eu nem tava reclamando do frio, que era tipo o de agora.

Pensei em mandar sms pra ela, perguntando se ela melhorou e se vai trabalhar amanhã. Se eu tivesse essa resposta, guardava cada um dos papéis que me acompanham e ia assistir Will and Grace, e dormir. Mas não, né? Seria por demais psicótico. Chefe ligar no domingo pra saber se a pessoa pretende ir trabalhar na segunda. Não, né? Eu me coloco no lugar das pessoas. E é só isso, o fato de eu me colocar no lugar dos outros, que me impede de sair por aí agindo como a louca que eu, de fato, sou.

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

só pra constar



nunca houve - e nem nunca haverá - personagem mais fucking incredible do que brian kinney, de queer as folk.

(L)(L)(L)

sem mais.

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Há vida neste vaso (ou como menino bento salvou o meu dia)

E eu andava cansada, né? E a gente tinha duas reuniões, hoje. E, antes de fechar o notebook e guardar na bolsa, eu respirei fundo e pensei com toda a sinceridade que eu não queria mais voltar naquele lugar.

Eu fui. E foi absolutamente um choque o que se seguiu.

Surge um garoto, talvez minha idade, talvez mais novo. Bento, o nome. Pessoa chamada Bento me ganha quase que de cara, acho coisa linda, esse nome. Falando, extrovertido, cheio de opiniões variadas sobre tudo, sobre a organização, sobre a cultura, sobre as pessoas. Fez piada, teve ideias. Minha primeira anotação sobre ele foi: Bento é hiperativo. Me identifiquei, né?

Não era só o fato de a gente estar no mesmo andar da presidência, e de estar sendo uma situação tão absolutamente fora do que nos tem acontecido. Eu ficava procurando vida naqueles vasos, né? Então. Eu achei. E era tanta vida que eu engasguei. Ele falava, e eu ria, enquanto escrevia os grandes insights que o moleque tinha sobre a vida e o trabalho. Eu precisava me concentrar nas informações, porque eu continuava rindo, não conseguia parar.

Não era exatamente bonito. Era normal. Magro, cabelo meio bagunçado e farto, nariz afilado. Daquele tipo que você imagina como amigo. E Bento foi ganhando luz, e foi ganhando vida, e encheu a boca pra dizer que checava sim, seu e-mail, 3x por dia. Pelo Blackberry. E eu. Mas pode? E ele. Acesso liberado, se me deram eu uso. Problema deles, eu é que não vou avisar. E eu fazia marcações como (L), e =D, e \o/, ao lado das coisas que ele dizia.

E ele era articulado, e engraçado de um jeito que poucas vezes eu vi, na vida real mesmo. Foi uma experiência absolutamente incrível, achar entre aquelas paredes de granito horrorosas, alguém que era gentil, e sorridente, e criativo. Eu sinto falta de criatividade naquele lugar. Eu pedi que ele me desse algum exemplo de site que ele gostasse de acessar. Ele disparou uns 10. Falou que gosta do site da National Geographic. Achei curioso. Gosta de Ongs e tem um projeto sério de colocar uma em pleno funcionamento até outubro. Achei nobre e achei digno.

E eu fiquei pensando que Bento, o menino que foi trainee e que agora é economista whatever numa grande instituição financeira, não era muito diferente de mim. Mesmo sem ter redes sociais, ou sem ler blogs. E eu fiquei pensando que ele podia ser meu amigo. E que nós seríamos bons amigos. Pensei mais, confesso. Bento é o tipo de cara com quem eu casava em três tempos. E com quem eu teria assunto até ficar velhinha e caquética. E a gente riria até doer a barriga, até morrer. (L)(L)(L)

E aí vem a parte mais difícil. Eu quero achar Bento na internetz, e moleque não tem links. Estou absolutamente perdida. Gente sem link me desnorteia, vivo dizendo isso. Eu quero achar Bento na internetz, e quero que ele seja meu amigo. Amigo de verdade.

Por causa de Bento, eu ganhei meu dia, ganhei fôlego pra reunião seguinte. Fôlego, sabe? Menino bento salvou meu dia.

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

aquário de observação

Então, ainda na maratona das reuniões com o banco cliente, a gente acaba ficando calejada, sabe? Primeiro por causa do prédio. Inteiro de granito, com uns detalhes em dourado, pé direito altissimo. Cafona até dizer chega. Um dos mais tchãns da Faria Lima. Pessoas extremamente arrumadas passando pra lá e pra cá. Falta absoluta de cadeiras. Um monte de seguranças. Um monte de recepcionistas usando mais maquiagem do que qualquer um de vocês pode imaginar.

O horror, o horror.

Daí a gente já está na terceira semana de reuniões, e o cansaço começa a bater. Se no início eu achava divertido, encarava quase que como uma ida ao zoológico, pra visitar animais exóticos em seu habitat natural, agora eu não acho é mais nada. Eu percebo o ambiente começando a me dar nos nervos. Minha dupla no projeto começou a se arrumar mais sempre que a gente tem reuniões por lá. A esconder as inúmeras tatuagens em blusas comportadas e casaquinhos. Eu comecei a usar mais saias e vestidos. tudo bem que eu brinco com meia calça de bolinhas e sapatilhas coloridas, mas verdade seja dita. Eu estou me adequando àquele lugar. Mais uns dias e eu vou colocar scarpin sem nem perceber. Somebody, please, stop me.

Falta essa semana, talvez mais um restinho semana que vem. E a gente vai poder voltar pra oficina, e sentar na cadeira de manhã sabendo que não vai precisar sair às pressas porque algum executivão tem tempo pra falar com a gente hoje. Eu sinto saudades do meu all star, do meu jeans desbotado e das blusas mais coloridas.

***

Daí, hoje aconteceu a coisa mais engraçada. A gente ia entrevistar o Mr. President, aquele que ocupa a cadeira mais incrível, que trabalha em Madison Avenue, NY Dá um certo medinho. Daí, fiz o que eu sempre faço. Taquei nome e sobrenome no Google. Porque o Google é o meu pastor, e nada me faltará. Coisa básica. A conversa seria amanhã, às 8h. Mais cedo do que eu acho viável, mas beleza, o cara é presidente. Achei ele no Twitter, morri de amor. Acho genial. Eu fico buscando vida naqueles vasos.

Fui hoje pra oficina, pro que seria um dia tranquilo. A gênia que trabalha comigo no projeto, relaxada com a ideia de não precisar enfrentar o corporativo, teve uma daquelas crises em que a gente busca confort clothes. Apareceu com uma camiseta de malha com um baita arco iris estampado na frente, cachecol vermelho, calça skinny e um tênis gigante, azulão, desses de cano alto. Daí, estamos lá, bonitinhas, na oficina, sendo gênias, e toca o telefone. Mr president arranjou tempo e quis passar a conversa pra hoje, ao invés de amanhã.

PÂNICO.

Fomos as duas. Eu até estava minimamente apresentável, veja bem, meia calça, vestido, nada muito formal mas o necessário pra enganar. Ela estava absolutamente colorful, explodindo em sabores de frutas. O andar da conversa era um que a gente não tinha ido ainda. O andar da presidência, né? Até as secretárias eram mais bonitas, e pareciam mais inteligentes, menos humanas. Salas imponentes, corredores compridos, eu e a gênia colorida andando pelo lugar. Foi absolutamente incrível o choque que ela causava nas pessoas. A conversa foi genial, o mr president era dessas pessoas com quem eu poderia conversar durante horas, me deu uma verdadeira aula sobre cultura corporativa. Na saída, já mais relaxadas, esperando o elevador, nos demos conta. Todos os yuppies estavam rindo da gente. Dela, provavelmente. Pareciam crianças no zoológico, me senti num aquário de observação. Morri de rir, ela também.

Pobrezinhos. Nem percebem que são eles os animais dentro do aquário. Em observação constante.

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

grandes conclusões do fim de semana

Depois da festa do Elvis, de sexta à noite, sobre a qual já discorri dramaticamente no post anterior, fui com meus queridos pra uma padaria, perto de casa. Enquanto eu e uma amiga reclamávamos que homem não presta, e que o desinteresse acontece inevitavelmente, e que nós, pobrezinhas, caímos como patinhos, eu ouvia a versão masculina dos fatos. Eram três, os meninos. Dois deles, dos meus favoritos de São Paulo. O terceiro, recentemente adotado pelo grupo, assistia a tudo meio sem saber se podia opinar. A verdade é que não dá pra generalizar. E eu tenho essa mania. Quando eu digo que homem não presta, S. me corrige. Ele presta. E é verdade, a mais pura. Tenho assitido esse menino sofrer nas mãos de uma garota louca há meses, sair do eixo mesmo. E ele é o tipo de cara que não merece isso. Não dá pra generalizar. A verdade é que a gente escolhe, todo mundo, o tempo todo. Eu escolhi deixar meu coração exposto, assim como ele escolheu deixar o dele. E a gente se fode, mas a gente escolheu. E a gente é adulto, e lida com as consequências todas. Eu choro embaixo dos cobertores, reclamo com Julinha no msn. Reclamo pro freud querido. Mas foi escolha minha.

E aí, mais uma vez, S. vem com a frase que define o fim de semana. Eu gosto de pessoas fáceis, ele disse. Na hora eu não me dei conta, mas essa conclusão, aparentemente boba, define muito do que tem sido o meu ano até agora. Eu tenho lutado arduamente para quebrar o gelo com pessoas difíceis, pra ultrapassar as barreiras e fazer com que elas se mostrem, pra mim. Pra que eu possa vê-las. E isso tira as forças. Eu sempre me achei pessoa difícil, e venho chegando à conclusão de que isso foi a maior mentira que eu já contei pra mim mesma. Eu sou pessoa fácil. Eu me abro pra conhecer as pessoas, eu sou receptiva a conversas, a sorrisos. E eu gosto de gente assim.

Eu gosto de fazer perguntas, e gosto que as respostas não encerrem a conversa. Eu gosto de responder perguntas, e respondo fazendo novas questões. Eu sorrio, e pergunto se está tudo bem, e me interesso realmente pelo que ocorre com os outros. Não sou indelicada, isso jamais. Sempre fui respondona, de não ouvir absurdos calada, mas de uns anos pra cá, eu deixo pra lá, espero a pessoa se acalmar, e desculpo. Fica parecendo mentira e que eu forço a barra quando eu digo que sou adorável, como se eu quisesse convencer as pessoas de algo que não é verdade. Se isso não for ser adorável, eu não sei o que é.

Eu gosto de pessoas fáceis, porque eu sou uma pessoa fácil.

sábado, 15 de agosto de 2009

parentesis

(eu estava quieta no meu canto, sabe? ele me buscou, veio atrás, longas conversas, atenção. interesse. eu desconfiei, porque é isso que eu faço. mas ele era tão legal, tão carinhoso, atencioso. maldita atenção, que me tirou do eixo e me fez achar que seria diferente. eu me deixei levar, e dei atenção de volta, e abri espaço pra pensar nele, e abri espaço pra gostar dele. as conversas eram boas, e ele foi começando a fazer parte, ali na outra ponta, no msn o dia todo, por torpedos engraçadinhos. e teve a viagem dele e a gente continuou se falando. e eu continuei achando ele legal, as conversas geniais acontecendo. eu acreditei mesmo que poderia ser algo legal. e aí já era tarde demais. o covinhas acabou preenchendo mais espaço do que devia. pode ser que eu tenha me precipitado, pode ser que ele tenha se precipitado. já era tarde demais pra mim quando ele disse que não pretendia se envolver, por ter saído de um namoro conturbado e coisa e tal. ele podia ter me avisado antes, né? antes de me dar toda aquela atenção, antes de ser tão incrivelmente fofo. e aí eu descobri que a tatuagem legal que ele tinha no pulso, ela também tinha. e eu lembrei que eu queria um menino de pulsos livres, pra fazer tatuagem comigo, se fosse o caso. e continuava sendo tarde demais. e as conversas boas continuaram, mas a atenção dele diminuiu. e os torpedos quase que inexistiram. e eu me senti abandonada, e fui tratar na terapia. e continuei com ele por perto, na outra ponta, online no msn, mas ficou pesado. comecei a contabilizar quantas vezes ele me chamava, quantas vezes eu chamava. e eu me ressenti ao perceber que ele se desinteressou. porque foi ele que me buscou, eu tava quieta no meu canto. nem tinha dado mole, nem nada. e a gente vinha tentando ser amigos, e eu falho miseravelmente nessa arte de ser friend with benefits. porque eu me envolvo. e era por isso que era melhor quando o coração era de pedra e eu controlava o universo. ele saiu da minha casa uma manhã e não me ligou o resto do dia, e nem no dia seguinte. e o meu coração se partiu. e eu ainda topei um cinema depois disso, mas foi bem errado. porque era nítido que elvis had left the building. e a vida seguiu, e eu cheguei a conclusões brilhantes juntamente com freud, e decidi que era melhor parar mesmo. bonito isso de decidir as coisas. quero só ver na prática. e teve a outra festa, e eu convidei, como amigo. e eu botei meu vestido novo. eu nem queria ficar com ele, veja bem. mas um cara bonitinho veio conversar comigo e eu me desvencilhei. porque ele estava ali. sem me dar a menor bola. oi? eu tenho 13 anos, né? e eu vi ele cantando uma garota. na festa que eu chamei ele pra ir. e dá-lhe coração partido. fiquei satisfeita quando vi que ele levou um fora, vingancinha adolescente. ele me ofereceu carona, eu preferi dividir um taxi com amigos. ele me mandou torpedo de manhã, chamando pra almoçar. e eu nem forças pra responder encontrei. ele ligou, repetindo o convite de almoço. eu disse que não, e ele sondando, pra saber se estava tudo bem, e eu, aham, aham, to ótema. desliguei, puxei os cobertores até cobrir a cabeça, chorei e dormi. mais tarde, outro torpedo. me pedindo pra reservar um tempinho à tarde, pra um café. eu não respondi mais nada, nunca mais. tenho caquinhos pra colar, dá licença.)

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Madame Ç passeia pelo corporativo

Então, é como eu vinha dizendo. Tenho passeado bastante pelo corporativo. Por corporativo, entenda-se. Todo o clichê disponível. Ternos, gravatas, meias finas, scarpins. Secretárias, salas de reunião. Todo tipo de neura com vazamento de informações importantes. Well. Como eu explico isso? a Oficina é especializada numa coisa. E pra desenvolver essa coisa, a gente precisa ir lá no corporativo, onde gira o capital deste país, falar com os executivos, e saber como eles funcionam, e o que precisam, e etc. E a gente foi, néam?

E dá-lhe todo tipo de aberração disponível. Eu tentei encarar como uma experiência antropológica, mas falhei miseravelmente na regra primeira. A tal da relativização. Consigo não, minha gente. Aquele mundo é bizarro por demais. Eu nem tenho que me preocupar de estar ofendendo alguém, porque os dados provam. Esse galerë não frequenta a internetz. Não sabe do que se trata esse troço de blog. Fala de twitter como se fosse febre adolescente, isso quando sabe, efetivamente, o que é twitter. O que é RSS, me perguntaram hoje. O que é twitter, me perguntaram hoje. E eu lanço altos Madame Ç sabe, Madame Ç Explica, só que no corporativo. E, após descobrir, eles acham tudo uma grande bobagem. Entende o drama?

Primeiro que o prédio é o mesmo em que eu sofri aquele já famoso assédio sexual. Fico tensa. Segundo que minha tia trabalha lá de vez em quando, e minha tia é meio louca e, well, não nos vemos desde 2004. Eu tenho medo de esbarrar nela. Porque ela pode me abraçar, ou gritar comigo, imprevisível. Até crise de choro eu imagino ela tendo. Não preciso disso, né? E as meninas da recepção ficam todas em pé, all day long, wearing too much make up. E eu fico incrível com isso. Porque devia ser proibido, é desumano. Eu acho. Tanto a parte que envolve sombra verde e azul, quanto a parte da ausência de cadeiras pras coitadinhas.

Pra continuar, #prontofalei, é uma grande instituição financeira. As salas de reunião são austeras e sóbrias. Meninas oferecem café e água. Todas as mesas são iguais, com um porta copos de cortiça, redondinho, e um copo de vidro, de água, que passa a menina repondo de tempos em tempos. E eu fico. E se eu quiser mais água do que me disponibilizam? Garrafinha, é proibido? Destoa do ambiente?

E o pior é que eles olham pra gente, as meninas da internetz, geniazinhas contratadas, como se a gente fosse um ET. O ambiente é inóspito, nada people friendly. Eu me sinto um corpo estranho, sofrendo repetidas tentativas de expulsão. E eu passeio por aquele lugar com sapatilhas verdes. O que é uma grande transgressão, veja bem. Hoje eu tava arrumada, bem menininha. Nada de jeans. mas eu taquei meia-calça de bolinha. Porque não dá, né? Precisa.

Os meninos são bonitos. Mas esse é um capítulo à parte.

terça-feira, 11 de agosto de 2009

diarinho

o trabalho me consome. as geniazinhas da oficina são tão queridas que eu quero guardar cada uma num potinho e colocar numa estante, de enfeite. não faz sentido, eu sei, mas isso é amor, gente. no seu estado mais puro. eu queria ter mais tempo pra interagir com elas, mas o projeto me coloca metade do tempo fora da oficina, e a outra metade do tempo lutando pra me concentrar e organizar as informações e descobertas do dia. tenho passeado bastante pelo corporativo, mas isso é assunto pra outro post. a grande conclusão é simples. a melhor escolha que eu podia ter feito foi lá em 98, a da faculdade que eu queria fazer. essa escolha me permite ir trabalhar de sapatilhas verdes e faixa de bolinhas no cabelo. eu tenho visto gente que vive num mundo a parte, onde email pessoal e de trabalho se confundem, internet é coisa do demo e só serve pra dispersar. gente que usa quatro monitores na workstation, e ainda assim consegue não ter ideia do que acontece na vida real, lá fora. gente que precisa de salto agulha, ou terno e gravata. all day long. e chama isso de estilo informal. juro. tem sido um choque, quase que diário, mas é divertido, e me rende boas gargalhadas. todo um estudo antropológico, e eu venho falhando miseravelmente na arte de relativizar. consigo não. aquilo ali é zoológico. uma hora eu explico melhor. no mais, algo acontece que eu só como porcaria e fico emagrecendo. saí todos os dias da semana passada, acordei cedo e já quase que consigo chegar às 9h. hoje eu cheguei às 8h, mas não conta, foi caso específico. eu devia estar dormindo, inclusive. a estagiária é esperta, me choca. ficamos discutindo cinema europeu, hoje, enquanto o taxi não chegava. acho que sou uma chefe fofa. a intenção é essa. a terapia tem sido otema, de um jeito que eu sabia que seria. bota as ideias no lugar. eu saio de lá com o rímel levemente borrado, mas acho dygno. ando pelo supermercado e compro o café da manhã do dia seguinte, basicamente. a geladeira está vazia, o estômago está vazio, mas e a vontade de fazer compras? na hora em que o café acabar de vez, talvez eu até mude de ideia.

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

(this is how it works) you try until you can't

e então a ordem do dia, arrisco dizer da década, é. não espere nada de ninguém, não crie expectativas.

alguém pare o mundo que eu quero descer. acho muito bonito o discurso, acho coisa fina mesmo. na prática, não funciona.

eu espero que as pessoas sejam legais comigo. não gosto de descuido, de desatenção. espero que me acompanhem até a porta, pra não me deixar andando sozinha por aí. espero que me tragam de carro, se carro for opção. eu pego o carro e deixo as pessoas em casa. na porta. eu faço isso. então eu espero a mesma coisa.

eu espero que me agradeçam, porque eu sei ser grata. espero gentileza, porque eu sou gentil. espero consideração, pelos mesmos motivos. se a noite foi legal, eu espero um telefonema. espero lembrança, cuidado. atenção. se cuidado não vem, se o telefone não toca, eu não espero mais nada.

em não esperar mais nada, eu me desfaço dos planos e das expectativas. eu não gosto de não esperar nada. se eu não puder esperar nada, se eu tiver de não esperar nada, algo morre dentro de mim. e aí o coração pode doer, eu posso precisar marcar sessão dupla de freud, eu posso até me descabelar um pouquinho. faz parte do quadro. depois passa.

passa, e não tem conserto. quebra em caquinhos, e mesmo que cole - eu não estou dizendo que cola - fica a marca, lá. e essa marca não se desfaz.

sirvo pra isso de não criar expectativas não.

sábado, 8 de agosto de 2009

RIP John Hughes: o dia em que o meu coração parou um pouquinho.



Na quinta-feira, quando eu li a notícia da morte do John Hughes, meu coração parou um pouquinho. Assim como todo mundo que foi criança ou adolescente entre os anos 80/90, eu passei muito tempo em frente à tv, assistindo sessão da tarde. Eu sei as falas de Ferris Bueller's Day Off, eu tenho danke schöen no meu ipod porque essa é a música que o Ferris canta na parada logo antes de quebrar tudo dançando twist and shout. Eu vi tudo que trouxesse Molly Ringwald nos créditos. Eu comprei o dvd de The Breakfast Club, e fiz sessão com amigos em casa. Isso tem pouco tempo.

Há pouco tempo, também, passei horas no msn discutindo com Julinha sobre Eric Stolz. Ele tinha feito um personagem morrendo em Greys Anatomy e é um dos meus atores favoritos. Não porque ele seja incrível, e faça bons filmes. Nem covinhas ele tem, vejam só. Mas ele era o Keith, o menino do filme Alguém Muito Especial (Some Kind of Wonderful, 1987). O filme era mais ou menos assim. Keith era um garoto normal, que passava as tardes com a melhor amiga trabalhando numa oficina, apaixonado pela garota mais popular da escola, Amanda, e fazendo planos de levá-la à formatura. Watts, a melhor amiga e confidente, sofre em silêncio, apaixonada. O filme inteiro acontece em torno dos preparativos para essa festa, que Keith quer que seja inesquecível. Ele gasta todo o dinheiro que o pai juntou para mandá-lo para a faculdade em um par de brincos de brilhante, de presente para Amanda usar na festa.

Toda menina de 13 anos, vendo esse filme, se identifica. Seja com amanda, em casos mais raros, ou com Watts, a melhor amiga. E, well, eu era uma Watts. Eu sempre fui uma Watts. Eu arrisco dizer, ainda hoje, que a minha essência é essa. Ser uma Watts. Esse filme marcou a minha adolescência, e me posicionou na vida. E não é novidade pra ninguém, seja aqui no blog, ou na minha vida mesmo, que eu nunca deixei de ter 13 anos.

O legal do filme é que, no final, ele descobre que gosta mesmo da amiga, e corre atrás dela, e dá os brincos de brilhante. I wanted these, ela diz. I really wanted. E a última cena são os dois andando na rua, descendo uma ladeira, enquanto toca fools rush in. (L)

Some Kind of Wonderful é meu filme favorito de John Hughes.



Ele escreveu
Ferris Bueller, e Sixteen Candles, e Pretty in Pink. Ele escreveu Home Alone, e todo mundo reconhece que Kevin é genial. Ferris só existe porque ele imaginou. Cameron, o melhor amigo paranóico. Samantha Baker, a menina que faz aniversário e ninguém se lembra. Sloane, a namorada do Ferris. O professor do Ferris. A irmã do Ferris. Todo mundo que foi alguém nos anos 80, passou por um filme de John Hughes. Ele fez as histórias que mais me tocaram, e que me fizeram muito do que eu sou, hoje. Então, meu coração parou um pouquinho.

terça-feira, 4 de agosto de 2009

o.O

gente, sério. sempre escutei esses troços de tpm, que mulher fica sensível. acho que nunca tive essas coisas, sempre fui meio drama queen em período integral. mas algo acontece, e eu começo a ficar preocupada. confesso que torço pra teoria de tpm se confirmar, porque do contrário o diagnóstico será outro. mais grave. eu sou mais maluca da cabeça do que eu imaginava.

não era pra eu ter alarmado ninguém com meu ultimo post. meu msn pipocou de gente rindo, ou nervosa, ou preocupada, perguntando o que que o menino me fez. ele não me fez nada. ele é fofo toda vida. eu é que assusto quando perco as rédeas da situação, e coisa e tal. morro de morte morrida, toda hora. coisa minha, coisa minha.

a chefa nova tem cheiro de madeira. isso não tem a ver com o tema, mas achei importante mencionar. a chinesinha me deu uma bebida de aloe vera pra beber, e o troço era delicioso. sabor uva verde. a chinesinha é a mais querida das queridas. não, pera, mentira. são todas otemas, todas legais, a estagiária é fofa, de um jeito meio assustado, mas algo me diz que a garota é boa. basta cultivar.

meu fim de semana rendeu vodka, amigos, covinhas, drama, mimimi, felicidade extrema e depois sensação de fim do mundo. de leve. tinha desacostumado com a coisa toda. ando meio maluca, mas nada que dr freud não dê jeito. passei as ultimas quase duas horas no divã, chorando as pitangas. marquei sessão extra. pra garantir que o descontrole não faça outras vítimas além da mais óbvia - eu. principalmente vítimas de covinhas. isso jamais.

por hora é só. thanks for watching meu pequeno reality show. o.O

domingo, 2 de agosto de 2009

heartache

Este é um depoimento. Vamos ver o quanto eu me preocupo em chutar o balde, nesse momento. Estou assustada. Não era pra ser assim, ou pode até ser que fosse. Pra ser. Exatamente desse jeito. O ponto é que não me agrada a situação atual, eu sinceramente não sou pessoa acostumada a morrer de amor. Eu gostava do tempo que eu sabia exatamente onde estava meu coração, dentro do peito, guardado. Ele doía, mas era meu, eu não precisava ir buscar por aí. E agora eu não sei de mais nada.