terça-feira, 29 de junho de 2010

sobre transparência

podem me chamar de ingênua. minha referência de convivência com gente mentirosa vinha dos anos 80, quando era amiga de uma menina chamada carla, e ela inventava todas as histórias do mundo. passei o resto da minha vida ilesa. obviamente eu posso ter convivido com gente mentirosa desde então, mas nunca foi algo direcionado, e talvez eu nunca tenha descoberto o que era, de fato, mentira ou verdade.

e aí teve a carta. uma carta da minha mãe, pra mim. papel pardo, letra de mão. de um lado, o nome dela, remetente. do outro, o meu, destinatária. a carta chegou aberta, e me foi dito que foi entregue assim, pelo porteiro. um vizinho teria levado pra casa por engano e aberto sem perceber. teria pedido desculpas e devolvido. na hora, distraída, não me liguei. depois, olhando a carta, a ficha caiu. não se confunde um envelope pardo escrito à mão. não se abre esse tipo de correspondência por engano. se fosse uma conta, ok. não era. era um envelope pardo, escrito à mão, letra redondinha da minha mãe. e veio aberto.

resolvi investigar, fui falar com o porteiro. e ele me garantiu que a carta foi entregue fechada, nas mãos de quem me entregou. de alguma forma, no trajeto, a carta foi aberta. não teve vizinho, não teve engano. teve mentira. e violação de correspondência. resolvi confrontar, e obviamente a história foi negada. porque é assim desde o caso da superbonder espalhada pela cozinha e que me colou os dedos. de autoria desconhecida. moravam duas pessoas na casa, eu sou a que colou os dedos. obviamente, eu não sou a que deixou a cola espalhada. muitos mistérios no apartamento treze.

porteiros mentem. sabe como é. essa foi a resposta que eu tive. e que, naturalmente, interrompi. PESSOAS mentem. eu tenho tido exemplos disso, um em cima do outro. são tantos, que eu começo a me perguntar como uma pessoa pode ser capaz de tamanha fantasia. mas nem cabe, nem vem ao caso. o que eu tinha em mãos é uma carta aberta, uma carta que eu não abri.

a carta nem era nada de mais. falava sobre família, sobre estrutura, sobre amor. que é o que eu tenho desde criança. espero que quem tenha lido, tenha aprendido alguma coisa.

e junho foi mais comprido do que eu podia imaginar, mais comprido do que eu podia suportar. e eu me concentrei no dia 30, o dia que marcaria o fim de uma série de histórias dignas de filme de terror. desses com roteiro pobre, mexicano, personagens rasos e vilões caricatos.

é isso que eu faço. quando as coisas ficam estranhas, eu fixo um ponto no futuro e tento não me distrair com o resto.

dia 30 chegou e a porta finalmente se fechou. e eu pude excluir pra sempre da minha vida toda uma leva de gente que, não bastando não ter me acrescentado nada, só me trouxe aborrecimento.

em volta de mim, gente como eu. transparente. como deve ser.

segunda-feira, 28 de junho de 2010

a saga da salada de frutas

eu reclamei com a menina do carrinho que a salada de fruta tinha pouca banana, e que a gente vivia num país tropical, e que racionamento de bananas não fazia sentido. pode parecer coincidência, mas agora o fundo do potinho tem várias rodelinhas. também tem carambolas, cortadas como estrelinhas, e esse é um bom cala boca, porque eu continuo achando carambola em rodelas a coisa mais bonita do mundo. aprendi a escolher os potinhos que tenham mamão e manga, frutas mais docinhas, que dividem seu açúcar natural com o resto, deixando a salada mais gostosa. frutas com alto índice glicêmico, minha mãe sempre diz. bem o tipo que a gente deve manter distância. bem o tipo que eu mantenho por perto.

bem quando eu desenvolvi a tática da salada de frutas doce, o carrinho passa todo dia com bolos de coberturas variadas. de vez em quando eu sucumbo, preciso admitir. o pior é que eles avisaram que a partir de julho, terão coxinha, kibe, esfirras e toda sorte de frituras e delícias. cheetos. entregues diretamente na minha mesa.

foco na salada de frutas.

domingo, 27 de junho de 2010

Página em branco

Impressionante como a simples ideia de um blog novo, uma página em branco, me encheu de palavras e expectativas. Nem precisou mudar o endereço, olha só. Blog novo é aqui também. Bastava se livrar do velho, era só isso. Desvencilhar, desvincular, deixar pra trás.  

Na hora que aquela porta se fechar, não está saindo apenas a roomate antiga. Estará indo com ela as histórias sofridas das amizades que não deram certo, dos amores que se desmancharam no ar, das decepções todas. Porque ela era um elo, ainda, entre o lado de lá e o lado de cá. Na hora que a porta se fechar, não mais.  

Vai tudo de ruim, fica a folha em branco. Pronta pra ser desenhada, preenchida.

E, a mim, só interessa o lado de cá.  

Recomeçar é bom, é bonito.

sábado, 26 de junho de 2010

sábado

unhas roídas, sofá roxo, rufus wainwright de roupão cantando poses e tocando piano em algum especial da tv a cabo, sms com queridos da firma, café, pão com geléia, coca cola, pijama, episódios de how i met your mother, samuca no telefone, depois daniel, internet, internet, julinha no gtalk, mais pessoas bloqueadas para sempre no facebook. cena do chris o'donnel morrendo nos trilhos do trem em tomates verdes fritos, twitter, queer as folk no youtube, saudades do brian kinney e do justin. aquilo sim que era amor. banho de horas, blogs de maquiagem, leve desespero com o tempo que não passa.

it will be over soon, it will be over soon, it will be over soon.

sexta-feira, 25 de junho de 2010

anne louise diz que eu tenho obsessão em descobrir coisas de twitter. tipo quem me segue de volta, quem me deu unfollow, quem só me segue, mas eu não sigo. isso foi porque eu mandei uns links com twitters legais pra ela, com o favstar, aplicativo que te mostra quais são os seus twits mais favoritados. eu acho legal. se eu pudesse, sabia mais. ia querer gráficos, planilhinhas coloridas de estrelinhas.

se eu pudesse, eu ia querer que o google analytics me desse mais sobre quem vem aqui. não me basta saber as palavras inseridas na caixa de busca do google, não é suficiente os stats por continente, país, estado e cidade. eu quero os bairros, as ruas, os nomes, os links de orkut, facebook, twitters. eu quero tudo. adoro descobrir detalhes das pessoas. o que tem de gente interessante por aí, meodeos, é de ficar maluco. gente que escreve lindamente, que tira as fotos mais poéticas, que posa incrivelmente sem maquiagem, cara de sono, caneca de café, olhos apertados tentando escapar do flash. fico aflita de pensar nessa quantidade de gente incrível andando por aí, e que eu talvez nunca conheça.

Domesticando o menino carioca

Aconteceu uma coisa engraçada. Eu precisei da ajuda do carioca. Uma parte do meu trabalho pelas próximas semanas envolve algo que o menino carioca é especialista. Esporte. Que é a área dele, algo que ele entende melhor que os outros, e algo que adora. O super poder dele, e tals.

Tem semanas que ele não olha na cara de ninguém. Não interage, resmunga, twitta umas coisas reclamando do trabalho, beeeem aquele comportamento que não ajuda ninguém, em lugar nenhum. Toda a equipe já tinha desistido, inclusive eu. Mas aí eu precisava de ajuda. E fiz o impensado.

Cheguei de mansinho, peguei ele de surpresa na mesa. Sorri e pedi que ele me ajudasse, me explicasse como funciona o louco mundo do futebol. Dos campeonatos, a lógica entre eles. Eu não gosto de esporte. Assisto copa do mundo, hello, fico até feliz quando o fluminense ganha, mais pelo meu pai e pelo meu irmão, mas eu não sei o nome de um mísero jogador.

Ele parou e me deu uma aula sobre campeonatos. Desenhou, rabiscou, fez uns esquemas, comparou as estruturas. As pessoas passavam olhando, intrigadas por eu estar falando com ele. E a nossa conversa fluiu. Depois de muito, muito tempo, realmente agradecida, eu me levantei da mesa dele e voltei pra minha. E me dei conta de, sim, o moleque é intratável, mas que, se ele sai, ele é uma grande perda pra firma colorida. Porque ele é bom, e entende o que faz, e tem ideias bem boas. Fiquei com pena da situação que se instalou.

Mais tarde, na cozinha, tomando um café com a menina de aracaju, ele entrou. Ultimamente, ele entra mudo e sai calado, nem estabelece contato visual. Criou-se um muro, que ele não consegue transpor. E que, na boa, ninguém faz questão que ele queira. Nós estávamos falando de restaurantes, e eu aproveitei para incluí-lo na conversa e ver como ele se saia. E ele entrou, e falou, e deu dicas de restaurantes, e quando eu me dei conta, eu, ele, e a menina de aracaju, que era com quem ele mais se desentendia, estávamos tendo uma conversa normal. E boa.

Talvez a abordagem, com ele, precise ser outra. Talvez seja possível quebrar a arrogância com sorrisos e gentileza. Ontem, aparentemente funcionou.

Depois eu brinquei com a japa querida que eu ia domesticar ele. Que eu ia ensinar uns truques, e que em breve ele estaria trazendo café e o jornal. Mas nem foi o caso. Eu só achei engraçado que, de tantas pessoas mais, hum, people person que eu, eu tenha sido a que conseguiu quebrar, de leve, o menino arrogante.

Talvez esse seja o meu super poder.

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Felicity

Minha memória é engraçada. Com a firma colorida e seus horários coloridos, eu acordo todo dia as 9h30. Tomo café da manhã com calma, assistindo Felicity, em reprise na Sony. É bom porque lembra uma época em que a minha vida era simples. Eu nem era tão fã de Felicity. Sempre preferi Dawson's Creek. Mas eu via, toda terça, 21h. Nos idos de 2000, 2001.

O episódio que passou hoje me lembrou várias coisas. Início da segunda temporada, quando a Felicity viaja com o Ben, partindo os corações da Julie e do Noel. Eu sempre gostei do Noel. Mas Felicity gostava do Ben, e quando a gente gosta, fica burra. É assim que funciona. Na vida em geral, e também nos seriados.

Então ela acaba cortando o cabelo. Que todo mundo que gosta de séries sabe que foi um pouco o início do fim. Audiência caiu, embora a história tenha continuado boa, ainda, por umas duas outras temporadas. A Felicity partiu o coração do Noel, e o Ben partiu o coração da Julie. Quando ela achava que a vida ia acertar, Ben deu uma de Ben e partiu o coração dela. E ela ficou sozinha, sem namorado, sem cabelo, sem amigos, sem Noel e sem Julie.

E a Julie, muito puta, fez uma música falando mal dela. Direito da Julie, é o que eu digo. Direito da Felicity ficar puta, também, e elas se esbarram por acaso no metrô, e acontece alguma pane, e elas ficam presas nos subterrâneos de Nova York. E são obrigadas a discutir a relação. E os outros passageiros se intrometem, e rola meio que um tribunal pra saber quem está errada e quem está certa. A música da Julie foi escrota? Foi. Mas a melodia era bonita, e no fim, eram os sentimentos dela, ali. Há que se respeitar. A Felicity podia ficar puta? Obvio que podia, afinal eram os sentimentos dela, expostos numa música, com nome e sobrenome. Toda história tem dois lados. Todo lado tem razão. Por isso que essas coisas são tão difíceis, também na vida real.

Um dos passageiros do metrô fica puto com o mimimi da discussão da relação. E diz que problema era ele quem tinha, já que precisava de um empréstimo pra alimentar a família. Uma senhora corrige, dizendo que um coração partido não pode ser minimizado, e que todo problema é o maior do mundo, pra quem o tem. E que se havia de respeitar a briga das duas. Porque era sofrida, pra elas.

Eu me lembro de estar no primeiro período de faculdade quando esse episódio passou pela primeira vez. Começando o convívio com aquelas que se tornariam as minhas amigas. E eu me lembro de a gente comentar o episódio. Hoje, vendo de novo, eu me lembrei delas. Deu saudades. Me levou de volta praquela época em que eu não fazia ideia de onde iria parar. São Paulo nem fazia parte dos meus planos, ainda.

Eu sei que Felicity ainda vai me trazer bons momentos. De novo. Vai ter o episódio em que o ben se desculpa, finalzinho de temporada, e leva a Felicity pra assistir o filme que ele nunca apareceu para assistir, logo antes de eles terminarem. Ela vai perguntar pra ele o que é aquilo e ele vai responder. It's a time machine. Que é ele voltando no momento exato quando ele screw things up, e ter a chance de refazer, e consertar. Eu me lembro de ficar arrepiada assistindo essa cena. Ter a chance de consertar é coisa que quase nunca acontece na vida real.

Roomie amigue

Ando me desprendendo das coisas. Enquanto os ajustes de troca de roomate são feitos, eu tento apenas seguir o fluxo das coisas. Dessa vez, o chão nem desapareceu. O chão continua meu. Foi bom assumir esse chão embaixo dos pés. As pessoas vêm e vão. Fato. A gente aprende a se desvencilhar. Eu só consigo pensar em coisas boas, daqui uns dias, quando a roomie amigue chegar com suas galochas e seus desenhos. 

Porque essa já começa amiga. Eu conheci na oficina. Ela tem galochas iguais as minhas. Quando eu vi, eu logo saquei. Que se tratava de alguém do mesmo planeta. Que entende a importância de Sheldon Cooper, e já topou seguirmos o exemplo do roomate agreement. Aprendeu comigo a ver Greys Anatomy, e é a grande culpada pelo meu recente vício em How I Met Your Mother. Trabalha na concorrência, vejam só. Entende a importância da internet na vida em geral. Come mais açúcar que eu, e fala com sotaque fofo mineiro.   

=)

Off with the old, on with the new.

Porque o lance é mais ou menos assim. A Susan Miller fica me botando medo com essa história de eclipse. E, mermão, se tem coisa que eu acredito nessa vida, essa coisa é Susan Miller. Desde 2002 acertando previsões. 
 
E aí ela disse que ia ter mudança na home situation. Por causa do netuno em hard angle com urano. Whatever. Eu cheguei em casa e a roomate disse que tinha comprado um apartamento incrivel e ia se mudar. E enquanto eu pensava no sofá roxo a salvo daqueles pés sujos, e fiquei feliz por ela, apesar do transtorno que a situação iria me causar. Não vou mentir. O alívio foi grande, grande mesmo. 
 
E aí eu comecei a pensar nisso de trocar de blog. Fiz vários brainstorms com Léo, com Anne Louise, com Veneceous, Julinha. Chegou-se num nome que me pareceu ok, e eu fui lá e reservei o endereço. Cheguei a começar a escrever. Fiquei pensando em como seria isso de trocar de url, de avisar as pessoas - as pessoas que EU QUERO que venham aqui, naturalmente.  Ou as que chegam por acaso, e se propõem a me acompanhar pelo caminho. Tão bem vindas. Fiquei pensando em todo o histórico dos textos escritos, alguns tão queridos. Eu tenho amor pelo que eu escrevo. Escrever, pra mim, é necessidade, é urgência. E eu gosto da história que eu construí aqui. 
 
E esse blog tem um nome TÃO BOM. Foi Veneceous querido que deu. Não foi ideia minha não. Eu vinha pra São Paulo, e estava nos meus últimos dias de Rio de Janeiro. Dirigindo na Avenida das Américas, voltando pra casa. Meu celular tocou, e era ele, bêbado, feliz, aos berros dizendo que tinha o nome perfeito pro meu blog. Explicou o trocadilho, achei digno, nem precisava. E assim, foi. Senti pena de perder o nome, tão bom, tão adequado ao que eu me proponho a fazer. Descrever as loucas aventuras no acampamento do barulho que se tornou a minha vida em São Paulo. 
 
E a Susan Miller falou. Off with the old, on with the new. E isso vai servir pra vida em geral. Pros amigos, pra roomate, pra algumas das crenças velhas, ultrapassadas. Pro blog? Não. Desapego tem limite, minha gente. E é assim que se faz. 
 
Então, não. Fico por aqui, obrigada. Não abro mão de nada. Continuo a história. A minha história.

quarta-feira, 23 de junho de 2010

elocubrações

Tô aqui pensando se troco de blog. Por causa do peso todo que se instalou sobre esse.

Gosto desse. Troco não. Talvez eu dê um duplo twist carpado a la Daiane dos Santos e faça uma coisa nova, em cima desse.

Tô pensando aqui.

terça-feira, 22 de junho de 2010

o carioca - parte 2

Quando eu escrevi sobre o carioca, eu achava que havia algo a ser feito. Eu pensava que - sim - eu podia ser a pessoa a trazer o menino pra realidade. Um tapa na orelha, um "se situe", um "mermão, se manca". Well. Se este momento existiu, foi como se um portal tivesse se aberto de repente,e fechado antes mesmo que eu me desse conta. Não há nada a ser feito.

Perdi o timing? Talvez. Acho que nem é o caso. A vida ensina. Precisa ensinar, às vezes. O que eu acho que acontece ali é uma arrogância sem precedentes aliada a uma completa falta de noção sobre como se é percebido. E não sejamos hipócritas. Arrogância é coisa do ser humano. Eu sou, às vezes, você é. Não é crime você se olhar no espelho e se achar incrivelmente foda. Nunca foi. É bom. É melhor do que se olhar no espelho e se achar um lixo. O problema é a medida. O problema é outro.

E eu não sei bem exatamente quando aconteceu. Fico aqui com meus botões, pensando se não foi na semana passada, quando ele tentou falar na reunião, e todo mundo já estava tão puto que 1. ele mal abriu a boca 2. ele foi solenemente interrompido, e a discussão seguiu sem que ele conseguisse, jamais, concluir seu raciocínio. Eu acho que não, porque na sexta feira, culpados, todos nós fizemos questão de convidá-lo para o almoço, e depois ele chegou com balinhas pra equipe, as mesmas balas malditas que ele fez um barulho fenomenal mastigando e interrompendo a minha conversa com DBQTN.

Então deve ter sido na terça. Jogo do Brasil, todo mundo na firma, festinha, telão. Não sei bem o que houve, mas ele foi zoado pelos meninos dos códigos, algo relacionado ao kaká. Que jogou mal, mas que ilustra um wallpaper no computador dele. Ou ilustraria, sinceramente, nunca olhei.

Fato é que o menino surtou. Como ninguém presta muita atenção, não se sabe quando começou, mesmo. O primeiro indício foi no dia seguinte ao do jogo. Quando, na reunião semanal da equipe, obrigatória, ele não apareceu. Cadê o carioca? Uma das co-workers se dispôs a ir ver o que estava acontecendo, chegou na mesa dele e, segundo relatos, o seguinte diálogo se deu:

Co-worker: Carioca, já estamos na sala de reunião. Falta você. Vamos?
Carioca: Não vou.
Co-worker: Por que?
Carioca: Não estou a fim.

Não. estou. a. fim.

Ponto. Reunião seguiu com ele, não cabe a ninguém pagear marmanjo. Pagear, adoro essa palavra. Minha vó feelings. Todo mundo é adulto e sabe das próprias atribuições. Well. A discussão foi ótima, e saímos da reunião com várias respostas. Quando chegou o e-mail com a ata, falando sobre a discussão, carioca responde.

Cheio de colocações, levemente puto por decisões terem sido tomadas na ausência dele, trazendo questões que ele acreditava serem de suma importância e que ninguém teria se preocupado. Ficamos meio chocadas. Naturalmente. Como assim, Bial? Ele não participa porque não quer e depois de tudo resolvido tem coisas a colocar? Estivesse a fim na hora certa, é o que eu digo.

E então, todo mundo já muito puto com ele, sobrou pro cara mais alto do mundo a tal conversa do situe-se. E a conversa foi catastrófica. Ele foi arrogante, repetia insistentemente a expressão "eu dishcordoam", com sotaque. Não chegaram a lugar nenhum. Ele praticamente disse que sabia mais que todo mundo e que a gente tinha a aprender com ele. Ele, moleque novinho, recém chegado, que em pouco mais de 3 meses conseguiu fazer com que, hum, 70% das pessoas do andar o odeiem.

Eu não sei o que fazer. Ninguém sabe. Todo mundo meio que lavou as mãos, e agora o lance é reclamação formal em cima de reclamação formal. Relationship skills, meu querido. Característica necessária, na vida em geral. E mais ainda ali. 

Por enquanto, está engraçado de assistir. Ele mal humorado, não estabelecendo contato visual. Sem ter em quem se apoiar, porque fez o favor de aborrecer every single person, por motivos variados. Não sei quanto tempo ele dura. Não vou fazer nada. Se eu me meter a falar com o garoto, vai baixar a carioca que eu também sou e eu vou acabar dizendo uns palavrões.

sábado, 19 de junho de 2010

sobre ruivos

Eu sempre tive uma coisa com cabelos vermelhos. Deixa eu explicar. Não é qualquer cabelo. E eu não acho que tinta vermelha reproduz o que um cabelo naturalmente ruivo é. Eu tinha essa amiga no colégio, Patrícia. O pai dela era ruivo, ruivo, de cabelo crespo, o tipo clássico. Eu sempre ouvi falar, nem sei bem se foi nas aulas de genética, que o ruivo era o mais recessivo de todos. Azinho, azinho, bezinho, bezinho. Então eu fiquei com isso na cabeça. A Patrícia comprovava essa minha teoria. O pai era ruivo. A mãe, morena, normal. daí era ela e uma irmã. A Patrícia tinha o cabelo mais bonito que eu já vi em toda a minha vida. Liso, pesado, vermelho. Aquele ruivo que eu só vi tão bem reproduzido nos anúncios da Benneton. Até hoje, na falta de nome mais adequado, eu chamo de ruivo benneton. Patrícia tinha os olhos verdes e muitas, muitas sardas. Ela nem era exatamente bonita, mas o conjunto era um escândalo. Sim, ela era bonita. Exótica, como preferirem. A irmã mais nova dela era loura dos olhos azuis, muito bonita também. Menos que ela. Porque o cabelo não tinha aquele tom ferrugem que chamava atenção em qualquer lugar do pátio da escola.


E aí, bem aos treze anos, eu enfiei na cabeça que iria me casar com um ruivo. Pra ter filhinhos com olhos azuis. Uma coisa, assim, bem errada. Raciocinar que crianças bonitas obrigatoriamente têm olhos claros. Eu acho bebês negros e japoneses coisas dignas de pintura. Mas, naquela época, tudo que eu queria era minha sucessão com características nórdicas.


Desde então, não tem um ruivo, ou ruiva natural que não atraia minha atenção na rua. E não. Não há tinta que reproduza o tom de cabelo naturalmente ruivo. Tem que ser cobre, com brilho dourado, mechas fininhas, naturalmente criadas pela natureza.


O dono da temakeria aqui perto da firma colorida é ruivo benneton. Menino bonito, escandalosamente bonito. Do tipo que me transporta pra quando eu tinha 13 anos, me desconcerta, e tudo o que eu consigo fazer é abaixar a cabeça e exibir um sorriso tímido. Outro dia, no shopping, um molequinho, uns oito anos, cabelos vermelhos. E eu sei que esse menino, daqui dez anos, será um escândalo. Uma vez, no Rio, dois adolescentes gêmeos e ruivos entraram no ônibus que eu estava. Magros, esguios, pele quase transparente. Os cílios eram vermelhos. Eles tinham o que, uns quatorze, quinze anos. Eram tão bonitos. E eram dois.


Eric Stolz tem cabelos vermelhos. Desde os anos 80, os filmes dele exercem especial poder sobre mim. Eu aposto que são os cabelos. Julia Roberts é ruiva. Eu me lembro que quando li Entrevista com o Vampiro, da Anne Rice, fiquei revoltada com o filme. Anne Rice sempre gastou muitas e muitas linhas descrevendo minuciosamente seus personagens. O vampiro Armand é ruivo. Ela gastou muitas páginas se fazendo clara nesse aspecto. No filme, ele é o Antônio Banderas. E eu fico pensando why the hell não escalaram Eric Stolz para o personagem. Um outro personagem incrível da Anne Rice, mas que só aparece no segundo livro, O Vampiro Lestat, é Gabrielle. Gabrielle é a mãe do Lestat, e é mordida porque iria morrer de alguma doença muito grave. Depois de trasformada, Gabrielle recupera a cor e a força, e vira uma ruiva que vaga pelo mundo, sozinha. Aparece uma hora ou outra, na história. Uma figura fortíssima. Anne Rice ainda tem outros personagens de cabelos vermelhos, como as gêmeas que deram origem à lenda de como todos os vampiros começaram, contada em Rainha dos Condenados. Marion Zimmer Bradley, de Brumas de Avalon, também cria sua Igraine, mãe de Morgana e Arthur, ruiva. Não tem jeito. Eu me impressiono com personagens ruivos.



terça-feira, 15 de junho de 2010

regra primeira

Anne Louise diz que eu sou para iniciados, não para iniciantes.

Couldn't agree more.

=)

do que se é feito

coisa importante que eu aprendi, que eu tenho aprendido aqui em são paulo, é a gente saber do que a gente é feito. não é uma verdade que vem pronta. ela nos vai sendo dita pouco a pouco, construída nas gargalhadas, nas lágrimas, no desespero de não saber como vai ser a vida daqui uns poucos minutos, nos planos todos que a gente insiste em manter. em acreditar.

eu sei bem porque eu estou aqui, hoje. e, sim, tem um monte de tropeço no caminho. algumas vezes eu errei, outras vezes os outros erraram. não existe manual, ninguém sabe que está fazendo bobagem até a bobagem estar feita. e você ter uma bagunça pra arrumar. 

eu sei do que eu sou feita. eu sei o que eu vim fazer aqui. eu sei por que eu me ligo a cada pessoa que eu me ligo, a quem eu me apego. as razões são sempre minhas. da mesma forma, eu sei as razões pelas quais eu preciso virar as costas e andar pra longe. em volta de mim, eu quero gente como eu. ou gente diferente, não importa, mas gente aberta, disposta. 2010 vem funcionando como um grande filtro. quando, lá em dezembro, eu resolver escrever sobre meu ano, coisa que eu adoro, essas conclusões estarão no meu texto. eu espero chegar ao fim do ano inteira. eu sei que eu vou chegar. faltam seis meses.

segunda-feira, 14 de junho de 2010

new year's resolutions


Final de 2008, um tumblr genial se propunha a exibir as resoluções de ano novo das pessoas. Era coisa linda de se ver, e sempre falava diretamente pra quem o lia. Acabou rápido demais. Sorte que eu fiz cópias das mensagens que mais gostava, das que mais tinham a ver com a minha vida.

O mais irônico é que a minha única resolução séria para o ano de 2010 foi não brigar com ninguém. Well. Falhei. Nem sempre a gente pode controlar as coisas. Nem sempre a gente pode evitar machucar e ser machucado. É isso aí. Vida que segue. Eu continuo sendo uma boa pessoa. Essa resolução, feita em 2006, eu mantenho, feliz, até hoje.

Então, é isso. Serve pra mim, serve pra você. =)



domingo, 13 de junho de 2010

o carioca


ele chegou assustado. quando me disseram que vinha outro carioca pra equipe, eu pensei que era legal, que eu ia poder tornar a adaptação dele um pouco mais fácil do que foi a minha, há mais de um ano atrás. e eu chamei ele pros almoços, insisti que aparecesse nos happy hours, essas coisas que as pessoas precisam fazer quando são um corpo estranho em qualquer estrutura já formada.

a verdade é que eu achei ele chato. carioca tem essa coisa meio marrenta, e eu sempre me lembro da fernanda falando "prego" pra denominar gente chata. well, o garoto era um prego. mas é aquela coisa, primeiros dias, primeiro mês, a pessoa se adapta, relaxa. ao invés de relaxar, ele começou a se achar. oi, eu vim da concorrência, eu sou muito genial. ele é bom, eu já tive a oportunidade de ver o trabalho dele, boas ideias, boa execução. um certo preciosismo, coisa que a chefa colorida vive dizendo que não gosta, mas nada que não se conserte  em algum tempo de trabalho.

o problema é que ele, além de ser chato, é carioca. e carioca, em são paulo, tem tintas fortes demais. o sotaque carregado, o s chiado, o jeito meio cantado de terminar cada palavra. assiãm. meio chatoam. e, se tem coisa que paulistano tem reserva nessa vida, é carioca. isso eu aprendi sozinha. eu não puxo o s, cresci no interior, e nunca, repito, nunca, escapei das piadas. imagina o garoto que, além de carioquíssimo, ainda faz o favor de ser arrogante, se achar superior a todos os outros?

quando eu me dei conta, ele estava isolado. e, sim, eu ajudei bastante no processo. começou quando ele foi indelicado com a menina de aracaju, querida minha. tomei as dores. continuou com a insistência dele em se aproximar de qualquer grupo que esteja conversando em tom mais baixo. a gente vai tomar chocolate quente na cozinha, dá dois segundos, ele aparece. o papo geralmente é mulherzinha, não cabe ele participar. e ele fica ali, parado, rindo, acenando com a cabeça de forma caricata, parecendo participar. mas não fala um A. incomoda. inibe.

ele faz isso com todo mundo, não só com a equipe. se mete nas rodinhas e fica prestando atenção, sem dizer nada, rindo, balançando a cabeça. eu sempre me meto nas conversas. sempre acontece dos designers estarem discutindo jogos ou cinema e eu me meter. mas eu sempre me meto falando alguma coisa, participando da discussão. ele não.

ele se convida para os almoços. estávamos combinando de ir num restaurante, só as meninas, pra falar essas bobagens que só a gente gosta. ele chegou, se meteu, e falou: se vocês forem em tal lugar, vou também. nos entreolhamos, meio sem acreditar na falta de noção. a japa falou. vamos continuar a conversa no msn? ele me cutucou e disse. e vocês podem ir me incluindo nessas conversas de msn aí.

o.O

olhei pra ele. pensei em não responder. pensei melhor. respondi. garoto, você não possui privilégios para acessar essa conta. você sabe o que a gente conversa? a nossa conversa é nossa. ele riu, sem nem perceber o quanto estava incomodando. fugimos dele no almoço desde então.

as grosserias com a menina fofa continuaram, e ela chegou a chorar umas duas vezes. ele apresenta o trabalho dela como se fosse dele, marca reuniões e nem avisa. uma coisa deplorável. interrompe todo mundo nas reuniões. parece um retardado. aos poucos, eu percebi que ele não incomodava só a equipe. os designers tomaram horror a ele, os meninos dos códigos torcem a cara toda vez que ele passa. já fizeram reclamações formais. a coisa só piora. e tem pouco mais de dois meses que ele chegou.

e, de novo, quando eu me dei conta, eu fazia parte dos paulistanos, odiando um carioca. irritada com as mesmas coisas, o sotaque, a arrogância. tive uma crise de identidade e me perguntei se não devia ser eu a chamar a atenção do garoto. porque EU SEI como é difícil se adaptar, eu sei como é difícil fazer parte. e, cá entre nós, ninguém estava tornando as coisas mais fáceis pra ele, também.

tô aqui nesse impasse. porque mesmo que eu saiba o quão difícil é se adaptar a uma outra cultura, a gente diferente, eu também sei que relationship skills é coisa que se começa a aprender no jardim de infância. algo como não estrague tudo sendo você mesmo. e o garoto também não se esforça. chegou rasgando, fazendo inimigos, despertando antipatia. absolutamente sem noção de como é percebido.

eu estava conversando sobre cinema com o designer bonitinho que tem namorada. a conversa estava animada, e de repente, surge o carioca, ali do lado, prestando atenção, rindo e balançando a cabeça. eu e DBQTN apertamos os olhos, meio que nos comunicando em silêncio, concordando que ele estava incomodando. o carioca estava mastigando balas, e fazia MUITO barulho. sabe aquele barulho insuportável de quem mastiga com a boca aberta? pois então. imaginem duas pessoas tentando conversar com uma terceira no meio, mastigando desenfreadamente e sem dizer uma palavra? começou a ficar difícil se concentrar na conversa, e passou a ser uma coisa meio a gente se encarando e tentando não rir. óbvio que eu não aguentei. caímos na gargalhada. o carioca riu junto, sem saber que era ele o motivo.

sexta-feira, 11 de junho de 2010

o tempo

já tem mais de 4 meses desde que voltei para a firma colorida. da outra vez, a chegada do 4º mês representava a minha saída. e eu comecei a sofrer já no segundo mês, por antecipação. quando o tempo chegou, eu saí. então, eu tomei um pouco de cuidado para não me apegar àquelas pessoas. e, sim, eu saí de lá com dois bons amigos. e com uma boa relação com todo mundo. mas eu tinha medo de me apegar e que aquilo fosse mais um problema, quando chegasse a hora de deixar tudo pra trás.

quando chegou a hora de voltar, eu não fiquei com medo. a ideia era conquistar todo mundo, no menor prazo possível. parece bobagem isso. de eu querer me aproximar das pessoas com quem eu trabalho. na verdade, todos os meus melhores amigos eu conheci assim. desdes os tempos do rio, as pessoas que eu trago comigo, as minhas pequenas bagagenzinhas, eu peguei trabalhando. anne louise, julinha, veneceous. tudo meu. as gênias coloridas. nada mais normal do que chegar num novo ambiente e mapear quem, ali, vai virar querido.

e no início foi complicado romper aquelas bolhas. ninguém falava com ninguém. e eu fui, aos poucos, me aproximando das meninas, chamando pra almoços, discutindo maquiagens. e aconteceu o que tinha que acontecer.

agora, elas são queridas. tem almoço juntas, e fugas no meio da tarde pra tomar chocolate quente. tem conversa em grupo no msn e no gmail, tem troca de links, tem idas ao shopping. graças à convivência, eu tenho usado sombra nos olhos todos os dias. estou ficando boa em misturar cores. isso é coisa da japinha, sempre tão colorida. os dias têm sido cheios, mas muito felizes.

com a japa, eu fui numa festa e bebi mais do que devia. na verdade, eu bebi exatamente o que eu devia beber. me diverti horrores, e terminei dançando num palco, com pole dance, cercada de viados. lady gaga foi ídola, naquele dia. agradeci profundamente a existência dela.

com a menina de aracaju, eu troco links incríveis sobre decoração. a menina de recife é ninja em redes sociais, e eu me peguei, de leve, gostando um tiquinho do tumblr. eu tenho esse problema com o tumblr. acho que ele mina a criatividade das pessoas. vi gente talentosa virar apenas reprodutor de conteúdo criado por terceiros. isso atrofia o cérebro. não gosto. a japa colorida é ótema pra mandar tudo o que é estranho na internet. os vídeos mais loucos, os clipes mais toscos, as matérias mais bizarras. é dela a minha dose diária de nonsense.

fora isso, eu vou criando laços silenciosos com o cara mais alto do mundo. é uma coisa de empatia, mesmo, de identificação. é engraçado como a gente já se comunica com o olhar. fiquei amiga dos designers viados, dos meninos dos códigos. não é mais questão de criar o chão, de firmar os pés. os pés estão firmes, fincados. agora a fase é outra. é colocar tijolinhos e enfeitar o jardim.

preciso de mais nada não.

quarta-feira, 9 de junho de 2010

madrugada

é agora, no frio, de madrugada, a minha hora favorita do dia. quando não há mais nada pra ver na tv, e eu posso deixar em algum seriado antigo, no mute. só por companhia.

cobertor em cima de cobertor, casaco de lã por cima do pijama, amigos no msn e no gtalk. a um clique. eu nem preciso falar com eles. basta vê-los ali. é como se estivessem por perto, de verdade.

e aí eu leio meus blogs, ouço as minhas músicas, costuro as minhas lembranças, sorrio. tudo tem jeito a partir desse lugar onde eu estou. nada é grave, nada é ruim.

e a vida se acerta, mais ainda.

domingo, 6 de junho de 2010

promessa

ao final deste terremoto, anotem aí, farei todo um tratado sobre roomates, um verdadeiro manual para a vida.

sábado, 5 de junho de 2010

eclipse à vista

na hora que eu recebi a notícia, a primeira coisa que eu pensei foi. meu sofá está salvo. juro. depois eu pensei na susan miller falando dos eclipses todos, e das mudanças que eles trazem. lembrei que eu tinha feito esse paralelo das datas dos últimos eclipses com acontecimentos marcantes na minha vida. é natural que eu fique apreensiva. eclipse novo chegando dia 26 de junho, outro no dia 11 de julho. e eu aqui, esperando grandes reviravoltas. susan miller falou, em setembro passado, o bloody september. mudanças na home situation. e deu-se o caos, comigo e a roomie freak discutindo bobagens e eu me mudando do apartamento que não batia sol rumo ao apartamento ensolarado.

e aí, previsões de junho, by susan miller. mudanças na home situation, de novo. e lá vamos nós. eu já sabia que a roomie fofa pretendia comprar um apartamento, eventualmente. podia ser a qualquer momento. e foi. com ela eu nunca briguei, nem havia motivo. tirando essas coisinhas do dia a dia, tipo quem lava a louça ou a bagunça deixada em casa. ela é bagunceira. eu me adaptei. mas nunca vou me acostumar com os pés sujos no meu sofá roxo. era questão de tempo até ele estar irremediavelmente manchado.


se tudo correr bem, vem pra cá a minha amiga dos tempos de oficina colorida, que é das pessoas mais fofas que eu conheço. se tudo correr mal, well, aí eu não sei. talvez eu precise me mudar pra um lugar menor. não quero pensar nisso agora, não ainda. estou tentando me manter confiante que é só um susto, até a situação toda voltar pro eixo.


enxaqueca o dia todo. estou aqui faltando o aniversário de um querido, junto com as queridas do trabalho. desmarquei almoço com a renata, os assuntos só se acumulam. preciso contar pra ela do "ataque" que eu sofri na semana passada. eu criei uma versão divertidíssima pra ele, pra dissipar a tensão toda que existe em volta. uma hora eu conto por aqui. pra deixar o ex melhor amigo, atual psicopata de estimação, bem puto.


porque eu não me importo mais. ;-)

a vida se acerta. vamos acreditar nisso, certo?

quinta-feira, 3 de junho de 2010

errata

eu tinha dito que gostaria que houvesse um caminho de volta.

hum. não.


eu gosto bastante do rumo que as coisas tomaram. e eu não lamento nada. não há o que lamentar.

terça-feira, 1 de junho de 2010

o problema do blog é quando eu me perco dentro da minha cabeça. a graça disso aqui é quando eu olho pra fora.
eu não vou ter coragem de contar em detalhes o dia do pole dance. porque carece estar bêbada pra fazer, carece estar bêbada pra contar.

tudo culpa do combo vodka + energético que a japa me deu.


tem nada nessa vida que eu goste mais do que música pop e viados em volta. juro. próxima encarnação, escreve aí, quero vir homem. e viado.


muito mais divertido.