r diz que eu tenho um efeito diferente sobre as pessoas. começou quando eu passei em frente da mesa dele, e cruzei com um menino de códigos. quando eu voltei pra minha mesa, a janelinha piscava. e ele disse que o rapazinho dos códigos tinha medo de mim.
isso faz tempo, talvez uns dois meses. eu ri, e disse pra ele que o tal efeito que ele apontava era, na verdade, nada de mais. eu era a última a ter entrado na firma colorida, era natural que despertasse alguma curiosidade. e que, quando a primeira loura entrasse no andar, eu seria esquecida, meu "encanto" se desfaria. ele discordou, e disse que não. que eu tinha um efeito diferente. que não era tipo o efeito que uma loura talvez fizesse. ele disse que eu provocava, sim, curisidade, mas mais que isso. eu provocava medo.
fiquei com isso na cabeça. porque eu não sou pessoa de beleza fácil, que entra numa sala e traz todas as atenções para si. nunca fui. até o ponto onde eu estou hoje, até entender que eu era bonita, não de um jeito óbvio, mas de um jeito meu, foi um longo caminho. às vezes eu percebo que eu chamo atenção. mas eu acho que é mais uma coisa no jeito de andar, de me mover, mesmo. ou de falar. nunca por uma coisa de oh, como ela é bonita.
da mesma forma que existe esse momento em que eu percebo qua atraio alguma atenção, eu conheço muito bem o momento seguinte. que é, basicamente, quando o efeito surpresa acaba e eu desapareço. vou empalidecendo, pouco a pouco, apagando, aquarelando. e pronto. sumi. virei pessoa normal, quase invisível. é quando eu brinco que o "encanto" se quebra. então, sempre, sempre, quando eu estou no primeiro momento, o de chamar atenção, eu espero pelo segundo.
eu odeio o segundo momento. ele traz à tona a menina de 13 anos que sempre se achou muito, muito feia. que ganhou o concurso de mais sem graça da turma na escola, e chorou uma tarde inteira. e carregou para a vida essa verdade. se vestiu de invisível.
ser essa pessoa que chama atenção é algo novo, que eu confesso não saber lidar. e eu sei que boa parte disso tem a ver com o corte de cabelo diferente, o blush, o rímel, o batom vermelho. eu gosto de passar cor no meu rosto. é um jeito de sair do invisível. o invisível que é meu.
isso faz tempo, talvez uns dois meses. eu ri, e disse pra ele que o tal efeito que ele apontava era, na verdade, nada de mais. eu era a última a ter entrado na firma colorida, era natural que despertasse alguma curiosidade. e que, quando a primeira loura entrasse no andar, eu seria esquecida, meu "encanto" se desfaria. ele discordou, e disse que não. que eu tinha um efeito diferente. que não era tipo o efeito que uma loura talvez fizesse. ele disse que eu provocava, sim, curisidade, mas mais que isso. eu provocava medo.
fiquei com isso na cabeça. porque eu não sou pessoa de beleza fácil, que entra numa sala e traz todas as atenções para si. nunca fui. até o ponto onde eu estou hoje, até entender que eu era bonita, não de um jeito óbvio, mas de um jeito meu, foi um longo caminho. às vezes eu percebo que eu chamo atenção. mas eu acho que é mais uma coisa no jeito de andar, de me mover, mesmo. ou de falar. nunca por uma coisa de oh, como ela é bonita.
da mesma forma que existe esse momento em que eu percebo qua atraio alguma atenção, eu conheço muito bem o momento seguinte. que é, basicamente, quando o efeito surpresa acaba e eu desapareço. vou empalidecendo, pouco a pouco, apagando, aquarelando. e pronto. sumi. virei pessoa normal, quase invisível. é quando eu brinco que o "encanto" se quebra. então, sempre, sempre, quando eu estou no primeiro momento, o de chamar atenção, eu espero pelo segundo.
eu odeio o segundo momento. ele traz à tona a menina de 13 anos que sempre se achou muito, muito feia. que ganhou o concurso de mais sem graça da turma na escola, e chorou uma tarde inteira. e carregou para a vida essa verdade. se vestiu de invisível.
ser essa pessoa que chama atenção é algo novo, que eu confesso não saber lidar. e eu sei que boa parte disso tem a ver com o corte de cabelo diferente, o blush, o rímel, o batom vermelho. eu gosto de passar cor no meu rosto. é um jeito de sair do invisível. o invisível que é meu.
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