eu comecei a escrever sobre os acontecimentos dos ultimos dias. sobre o email dele, sobre o encontro no meio da rua, as palavras cortadas, a falta do que dizer. sobre o meu telefone ter tocado quando eu virei as costas, e sobre a conversa que virou briga e que terminou com ele dizendo que me odiava e não queria me ver nunca mais. e depois as mensagens. e a minha sensação inicial de euforia, por ter conseguido devolver os gritos. que virou sensação de quase morte, de novo e de novo. de tristeza, de impotência, de saber que a gente pegou um caminho que não tem volta.
quando eu acabei o texto, eu vi que não era um post. era uma carta. uma carta pra ele. e eu cheguei bem perto de apertar o botão publicar. e então eu pensei em todo o nosso descompasso. no quão injusto seria dizer aquelas coisas aqui. e, pela primeira vez, eu tomei algum tempo para dizer a ele como eu me sinto. tendo visto se abrir um buraco em volta de mim. tendo visto o amigo se tornar um estranho. a sensação de abandono, de incompreensão. de perder o chão, mesmo.
lidar com essa perda, com esse luto, é coisa que eu faço o tempo todo. todo dia eu acordo e eu tomo de novo essa decisão. de não voltar atrás. de me ajustar à nova realidade. de let go.
eu queria que houvesse um caminho de volta. não há. as pontes estão queimadas.
quando eu acabei o texto, eu vi que não era um post. era uma carta. uma carta pra ele. e eu cheguei bem perto de apertar o botão publicar. e então eu pensei em todo o nosso descompasso. no quão injusto seria dizer aquelas coisas aqui. e, pela primeira vez, eu tomei algum tempo para dizer a ele como eu me sinto. tendo visto se abrir um buraco em volta de mim. tendo visto o amigo se tornar um estranho. a sensação de abandono, de incompreensão. de perder o chão, mesmo.
lidar com essa perda, com esse luto, é coisa que eu faço o tempo todo. todo dia eu acordo e eu tomo de novo essa decisão. de não voltar atrás. de me ajustar à nova realidade. de let go.
eu queria que houvesse um caminho de volta. não há. as pontes estão queimadas.
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