sabe quando o dia começa errado? chuva, eu resolvo pegar o carro pra ir até a fnac comprar ingresso pro show do placebo. recusei carona, porque tinha que passar no supermercado. chego no supermercado, dou boa noite pro funcionário da guarita.
boa. noite. 14h15 da TARDE.
voltando pra casa, alguns quarteirões. chuva. entro com o carro na minha rua, quando um outro carro resolve sair de uma garagem sem olhar se a passagem está livre. claro que não está. tem eu, ali. no meu carro. com compras, a cabeça cheia, o peso do mundo nas costas.
não deu tempo de freiar. não deu tempo nem de pensar. quando eu dei por mim, estava batendo com o meu carro, pequeno e frágil, num carro grande, desses que não sofrem absolutamente nada, nem que capotem mil vezes.
no outro carro, uma menina como eu, pedindo desculpas, envergonhada. eu saí do meu carro meio em estado de choque, e fui conversar com ela. eu antes que me desse conta, estava chorando no meio da rua. não era o carro. era o susto. era o aborrecimento, porque, convenhamos, minha vida tá otema nesse momento, né?
a cena mais ridícula.
eu chorava, e ela se desculpava, e eu desculpava ela. bad things happen. e eu sorria, e dizia pra ela prestar mais atenção, e que eu tinha tido uma semana ruim. e ela se desculpava. e eu chorava e sorria ao mesmo tempo.
papelão. meu carro amassou, mas nada muito grave. nada que ela não vá assumir. podia ser eu, no lugar dela. distraída, feliz indo encontrar amigos num restaurante qualquer.
e eu estou, agora, com o pescoço dolorido da batida, aborrecida com o carro amassado na garagem. me perguntando onde foi que eu inventei de dar boa noite pro funcionário do supermercado.
boa. noite. 14h15 da TARDE.
voltando pra casa, alguns quarteirões. chuva. entro com o carro na minha rua, quando um outro carro resolve sair de uma garagem sem olhar se a passagem está livre. claro que não está. tem eu, ali. no meu carro. com compras, a cabeça cheia, o peso do mundo nas costas.
não deu tempo de freiar. não deu tempo nem de pensar. quando eu dei por mim, estava batendo com o meu carro, pequeno e frágil, num carro grande, desses que não sofrem absolutamente nada, nem que capotem mil vezes.
no outro carro, uma menina como eu, pedindo desculpas, envergonhada. eu saí do meu carro meio em estado de choque, e fui conversar com ela. eu antes que me desse conta, estava chorando no meio da rua. não era o carro. era o susto. era o aborrecimento, porque, convenhamos, minha vida tá otema nesse momento, né?
a cena mais ridícula.
eu chorava, e ela se desculpava, e eu desculpava ela. bad things happen. e eu sorria, e dizia pra ela prestar mais atenção, e que eu tinha tido uma semana ruim. e ela se desculpava. e eu chorava e sorria ao mesmo tempo.
papelão. meu carro amassou, mas nada muito grave. nada que ela não vá assumir. podia ser eu, no lugar dela. distraída, feliz indo encontrar amigos num restaurante qualquer.
e eu estou, agora, com o pescoço dolorido da batida, aborrecida com o carro amassado na garagem. me perguntando onde foi que eu inventei de dar boa noite pro funcionário do supermercado.
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