domingo, 17 de outubro de 2010

menino de olhos azuis, parte 4

Toda uma espécie de código se desenrolando. Eu dou check in no foursquare, e de alguma forma isso serve de sinal para o menino de olhos azuis. Se ele estiver por perto, ele me manda mensagem. Vez por outra, eu dou corda e ele vai me encontrar. Daí teve esse dia que ele começou a  insistir e eu disse que ele não fosse. Porque estava com meus amigos.  Deixamos para o dia seguinte. Passamos a noite trocando mensagens engraçadinhas. Meio que combinando.

Dia seguinte, ele sumiu. Hohoho, eu devia esperar, bla bla bla whiskas sachê. Fiquei puta. Ele me mandou uma mensagem que dizia apenas "work issues", e não deu mais notícias. 

Work issues my ass. Ele nem conseguiu me levar pra cama ainda, onde é que já se viu me dar perdido? Tem que ser mais educado, assim que eu penso. Enquanto isso, ele dava check in na fnac, check in num café, twitava alguma coisa sobre ter achado o blu ray de homem de ferro whatever. E eu. Filho da mãe. Nem é por causa de alguma outra garota, situação que eu estou preparada para lidar, dada a filhadaputisse da pessoa em questão. Não. Fnac. Home de ferro.

Ele sumiu. Eu sumi.

Semana passada ele ressurge. Gtalk, msn, mensagem no celular. Querendo sair. Perguntando quando é que ia me ver. Eu, atordodada com o prazo de um trabalho e ainda mordida com a descortesia, cortei:

RT @meninodeolhosazuis work issues.

Ele tentando me convencer a largar o trabalho e sair com ele, achei melhor provocar. Disse que agora quem não queria era eu. E que ele tinha perdido *a* chance, porque no dia que ele sumiu, eu estava sozinha em casa e mal intencionada.

BINGO.

Desde esse dia, ele não me deixa em paz.

2 comentários:

Leiliane Fontenele disse...

Rsrsrsrsr.
Tadinho dele, deve estar a mente a mil. imaginando 300 coisas diferentes e nenhuma delas podem ser escritas aqui, e odiando o tal dia que ele te deu o perdido (essa é a melhor parte).

Nane

Ge disse...

Tô começando a querer desencanar dessa vida de caras aleatórios que dão perdidos incompreensíveis.