quarta-feira, 2 de setembro de 2009

#mimimi

Fui me encontrar com Freud. Sentei no divã e nenhum dos assuntos que eu pretendia discutir saiu. Danei a falar de trabalho. Chorei, chorei, chorei. Recorde de lenços de papel: três. Geralmente o drama usa um só. Dois, quando eu fico picotando o papel nas mãos.

Acho que nunca na minha vida eu passei tanta tensão com trabalho. Eu já tive tanto ou mais trabalho do que tenho tido, mas nunca houve aquela pressão, deadlines sucessivos que mal deixam tempo pra respirar. E eu fico, por um lado. Cala boca, madame ç, engole o choro, que a hora de aprender a trabalhar sob pressão é essa. Se não for agora não vai ser mais. É. Eu fico falando comigo mesma, superego, ora me consolando, ora me mandando persistir.

E tendo trabalhado sábado e domingo, a minha terça não é terça. E eu tive brancos terríveis de memória, e cheguei a não ter ideia do que estava fazendo no computador. E a estagiária fofa e querida que foi me guiando pelos arquivos. E que me lembrou de almoçar, já quase no meio da tarde.

Cada cinco minutos que eu tinha, eu apertava f5 pra saber se susan miller tinha se manifestado. Não acredito em horóscopo. Acredito em Susan Miller. Ela avisou, em agosto, que setembro seria pesado pra todos os signos. Mas desde junho que eu não tenho sossego, e agosto foi especialmente pesado. Eu quero um setembro calmo. Well. Hoje era setembro. E hoje não foi calmo.

Ainda quero contar sobre uma estranha dinâmica que venho percebendo na oficina. Chefa gosta de mim, arrisco dizer. E chefa é difícil. Chefa me elogiou, já, algumas vezes. Isso é bom. Eu só queria poder aproveitar esses momentos sem estar tão exausta.

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