terça-feira, 29 de setembro de 2009

Susan Miller

Eu não acredito em horóscopo. Eu acredito em Susan Miller. Esses são apenas dois míseros trechinhos do que ela previu para setembro na vida dessa "dear libra".

there will be a huge emphasis on living arrangements, renovation, redecorating, and property buying, settling, and leasing in your chart starting in mid-October and going for months beyond. You will have options - plenty of them!

if you've not seen evidence that change is in the wind at home and at work, you will discover it this month, near September 17, and again later, near October 15. Those are dates when transiting Mars will reach an important mathematical trigger point of both the July eclipses. You may need to give up something to gain something else as that's how eclipses work, but you are moving to a better place. You seem destined to climb the ladder of success!

E que venha outubro, pelamordedeos.

Pra quem quiser ficar bolado, como se diz no Rio de Janeiro, www.astrologyzone.com

Não sugiro a leitura de Setembro. Como eu disse, foi o pior mês ever. Só vai fazer deprimir, eu juro. Aguardem outubro, que ela disse que vai ser sparkling glowing. Outubro taí, ó, na esquina.

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Eu controlo o universo

Então, senhores, depois de uma semana TENSA, aqui estou eu, de volta. Sem drama, sem mimimi. Parei, cansei. Comecei a encarar a situação com leveza. E a pensar nas coisas incríveis que eu vou usar na decoração do meu novo apartamento. Que, vejam bem, ainda não existe. Mas tá por aí, bonitinho, esperando que eu ache. Coisa pra breve, coisa pra breve.

Penso em paredes coloridas, em um quarto que entre o sol da manhã, nos edredons incríveis que eu vou comprar pra minha cama, só porque são bonitinhos. Penso no boneco do Einstein, e um móbile de balão igual ao do Samuca e da Frá. Quero coisas coloridas, pra aplacar essa casa cinza onde eu vivi nos últimos tempos. Quero cor até doer a vista.

A busca continua, e eu já tenho cá uns lugares bem queridos. Torçam pra que a documentação de quem chegou na minha frente não seja aprovada.

No mais, me dei conta de uma coisa genial. No momento, eu controlo o universo. Não o universo, universo, mas esse aqui, o meu. Que acaba sendo o da roomie freak, também. Este pequeno universo. Eu. Controlo.

Explico.

Sou eu quem sai. Sou eu que não aceitei prazos, que disse que saio no meu tempo. Que vejam bem, pode bem ser amanhã, pode ser mês que vem, ou daqui a três meses. Eu decido, eu controlo. E à fulana, pensem bem, só resta esperar. Eu percebo que a situação está uma droga pra ela, tanto quanto está pra mim. Mas eu controlo, eu decido as datas. Ela espera. Sem saber se eu saio, se eu não saio, quando eu saio. Ela está no escuro. E eu é que não vou clarear, né? Não cabe.

Então é isso. Eu controlo o universo. Basicamente.

PS. Se eu fosse pessoa sádica - coisa que não sou - fazia miséria. Mas não. Sou fofa.

PS2. Uma coisa bizarra vem acontecendo na casa, desde sexta feira. Toda vez que ela toma banho, o ralo do banheiro transborda com água suja. E ela se põe a limpar, esse tipo de coisa. Ew. Toda vez que eu tomo banho, nada. Me pus a analisar, néam? Ralo, aquilo que traz coisas das profundezas, todas as sujeiras escondidas. Especificamente com ela. Tomei banho de uma hora ontem, e nada de o ralo transbordar comigo. Hoje, no banho dela, 15 minutos, água suja pra todo lado.

Poltergeist mandou lembranças.

sábado, 26 de setembro de 2009

Do que sobrou

O ultimo post acabou ficando pesado. Não é que eu tenha perdido o embate, vejam bem. Eu não perdi. O fato de ser eu quem esteja procurando apartamento, é simples. Há um ano, quando eu vim pra São Paulo, foi ela que ficou procurando, e ela que encontrou esse. Que, by the way, nunca me agradou muito. Gosto de espaços mais bonitinhos, com janelas maiores.

E eu poderia, sim, ter batido o pé e falado saia você. Meu nome está no contrato, direitos iguais. Mas sabe quando você simplesmente não quer entrar numa briga? Escolha suas batalhas, alguém disse. Eu escolho. Essa é uma batalha que, sinceramente, não me interessa. Eu prefiro sair buscando um apartamento simpático, iluminado, em um predinho novo, com vizinhos novos e, quem sabe, legais. Ar fresco e puro.

E é uma droga viver numa casa com uma louca, mas agora o tratamento é recíproco. Cara feia de lá, cara feia de cá. As gérberas estão fofas, na sala. Eu estou fofa, no quarto. Mais chato ainda é ter o trabalho de bater perna atrás de um apartamento novo, mas ok. Já tenho uma roomate finalista e ela é fofa, também. Andou pela rua comigo o dia todo. E tivemos assunto, o que eu sempre acho genial, dada a falta absoluta de troca que eu tive nesse último ano, dentro de casa.

No mais, confesso que tenho pensado em acidentes horríveis envolvendo a fulana. Sou humana, desculpaê. Ela entra no banheiro e eu espero um estrondo, quem sabe um escorregão? Penso em coisas desse tipo. Tipo queimar a mão, bater com o dedo mindinho na quina do móvel. É um avanço. No início da semana eu pensava em coisas mais drámáticas, tipo um corpo jogado no chão, desfigurado, tripas every fucking where. Freud me absolveu, eu apenas estou com raiva. E eu posso sentir raiva. Cabe na situação.

Quando eu afirmo que venci o embate é porque eu disse tudo o que me andava engasgado há tempos. E ela recuou. Meu back off foi mais que um simples back off. Foi firme, e deixou bem claro onde é que ela se posiciona em relação a mim: lugar nenhum. Então, não pode falar, não pode pensar. Não interessa. Guarde para si. E ela guardou. Ponto pra mim.

Sabe tsunami? Eu vinha, há meses, sentindo o mar recuar. A antecipação me deixou ansiosa, e sofrida. A briga de segunda, a briga de sexta que se estendeu pra segunda, foi a primeira grande onda, que passou com tudo, bagunçou a vida. Eu não sou tonta. Agora, que as coisas começam a se acalmar, é prenúncio, quem sabe, da segunda onda, levemente mais fraca, mas ainda assim desconcertante. Eu começo a esperar pela reação das pessoas. Dos amigos. Ela ficou territorial, e eu sinto toda uma movimentação no sentido de ganhar aliados. Eu fico quieta, estudando a situação. Posso estar prestes a me decepcionar com algumas pessoas. Não há nada a fazer. Mais uma batalha que eu escolho não assumir. Vou observar, só. E torcer pra estar errada. De verdade.

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

O embate

Eu tinha prometido, né? Vir aqui, narrar o embate. Meu twitter na segunda parecia final de novela das oito. Todo mundo cheio de antecipação. Expectativas de que eu pusesse a fulana em seu devido lugar. Freud esperava isso de mim. Tava lá, no esporro da terapeuta, nos amigos do msn, no frio no estômago que me fez mal boa parte do dia.

Indo pra casa eu comprei gérberas. Pra ser gentil, porque é isso que eu sempre faço, desde que tomei aquela decisão, lá atrás, de ser fofa. Não é fácil ser fofa. Dói o coração às vezes, a garganta arde de vontade de responder. Eu sei brigar, sempre soube. Eu nunca corri de briga. Eu sempre soube me defender. E, então, ser fofa me tirou algo que era muito meu. Que era justamente isso, de saber escolher as palavras certas pra magoar, se preciso fosse.

Os emails trocados na sexta tinham sido horríveis. Eu reclamei duramente da festa, mas mais da atitude. Disse que não podia aceitar tamanho descuido, desrespeito e falta de gentileza. E que esperava que ela tivesse um mínimo de senso. Ela respondeu dizendo que eu estava exagerando, e que eu era ruim, e que ia acabar sozinha e sem amigos. Ela, que jamais foi minha amiga, se colocou a analisar a minha relação com as pessoas. Eu fiz tréplica e, resumindo, o meu e-mail foi um tremendo BACK OFF.

Fui para o embate armada com as flores, realmente curiosa sobre quais seriam as tais queixas dela. Não havia queixas. Eu não fazia nada de errado, ou de irritante. O problema era eu, basicamente. Incompatibilidade de gênios, algo assim. Ok, eu também passei a não gostar da criatura. Mas eu vinha com motivos, certo? As grosserias, a falta de cuidado, a cara feia 24/7. E eu descobri que uma pessoa que divide a casa comigo me odeia, sem que eu tenha feito algo pra isso.

Beleza. Nunca fui unanimidade. A garota anda meio desequilibrada. Nisso, ela me disse que eu competia com ela o tempo todo. Que eu queria ser mais bonita que ela, mais engraçada que ela, mais legal que ela, mais inteligente que ela. E eu. Oi? Tá maluca? Coisa mais high school que já me aconteceu na vida.

Não há nada, de fato, que me interesse naquele universo. Somos tão, mas tão diferentes, que nem uma mesma escala de comparação eu conseguiria usar. Não acho ela engraçada, e nem bonita, e nem nada dessas coisas. E, sim, eu gostaria ser tão legal, e tão inteligente, e tão bonita, e tão engraçada quanto algumas pessoas que eu conheço. Mas eu chamo isso de outro nome. Admiração. Whatever.

A conclusão final era óbvia. E eu até podia ter brigado pelo apartamento, mas as forças meio que se foram. Estou, oficialmente, procurando um lugar legal. Pra dividir com alguém legal. Alguém que sorria, e tenha os olhos brilhando por alguma coisa. Qualquer coisa.

No momento, mesmo sem deadline pra sair, já que isso seria um tanto demais, eu me considero uma sem teto. Não gosto da casa, não gosto da pessoa. É como se o chão tivesse sumido por debaix dos meus pés. Perdi a fome, o estômago embrulhou pra sempre. Gosto das gérberas. Tenho molhado as pobrezinhas, lá na sala, sempre que necessário. Espero que elas sobrevivam ao trauma. Se elas forem fortes, sairão daqui, comigo, em breve.

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Days of our lives

Então, geral curiosa pra saber como foi o embate. Já adianto que sim, ele aconteceu. E foi dramático. Mas esse post, que vai ser grandão, daqueles que pouca gente tem paciência de ler, vem depois.

Amanhã, quem sabe. Stay tuned.

(Não é por mal, não, me comove a solidariedade. E eu quero mais é explanar a briga. Que, modestamente, acho que venci. Mesmo de uma forma não convencional.)

Trabalho anda me assoberbando, e ainda me meti a escrever coisinhas aqui. Então, please, aguardem mais um diazinho. Prometo que volto. Com drama, que é o que eu sei fazer de melhor.

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Bloody September

Eu pensei em copiar e colar os emails aqui. Porque o ultimo post foi incrível, e eu realmente senti a solidariedade do galerë. Fico grata. E informo que o mundo caiu desde o último post.

Primeiro que Susan Miller falou. Dia 17 e 18, fica na sua. Saturno e Netuno se opuseram, e Mercurio retrogradou. Seja lá o que isso signifique, era treta braba no sistema solar, e desde 1974 uma conjunção tão maligna não era observada. Vinha eu, pianinho. Suportando com braveza heróica os obstáculos impostos pelo destino roomie freak.

E aí chega e-mail. E-mail pra galerë, pessoas que eu conheço, todas incluídas. Em cópia, uma pessoa. Eu. Era a roomate chamando geral pruma festa em casa, amanhã, quando eu estarei viajando. Fiquei tão irritada, mas tão irritada, que quase chorei, quase surtei, desconcentrei pra sempre do trabalho, liguei pra Dra Freud, até. Ela apenas me comunica sobre uma festa na minha casa. Não me consulta, não em avisa pelo msn dois segundos antes de dar send, nada.

Daí mandei email, meio que dando um esporro, cuspindo regras pela boa convivencia, e pedindo mais respeito e gentileza. Maluca respondeu diozendo ok, também tenho questões, conversemos quando vc chegar de viagem.

Passam-se 10 minutos.

Maluca não se aguentou, só pode ser. Mandou outro email, dizendo que tudo bem uma ova, profundamente ofendida com as minhas agressões. Disse basicamente que eu era o demo, etc e tal. Que eu sou imatura, egoista e que desse jeito vou acabar sem amigos. Aquelas coisas de gente destemperada. Ela, que nem minha amiga é, se pôs a analisar a minha personalidade. Me atacou, me atacou, me atacou.

Mandei tréplica, baixando o tom, repetindo tintim por tintim o que eu não gostava, e dizendo que estava de saco cheio da cara de cu. Well, fui mais educadinha que isso. Can't help it. Fofura de fábrica. Botei ela no devido lugar com a questão da análise de personalidade. Eu escrevo bons emails. Escrevo mesmo, sabe?

O mundo caiu, provavelmente na segunda feira teremos uma DR federal, onde eu vou falar horrores e ouvir horrores.

Pergunta se estou arrependida? Not even close.

Roomate do demo ¬¬

Terça-feira, algo entre 19h30 e 20h30.

"Eu não gosto da minha roomate"

A frase saiu num pulo, cuspida, e foi um susto. Logo antes eu estava arranjando desculpas, porque é isso que eu faço. Fulana não é ruim, ela é difícil. Ela não fala comigo, mas é só porque é o jeito dela, mesmo. Ela aperta a pasta de dente no meio porque é desligada. Ela tem problemas sérios na família, sabe como é. Eu acabo sendo vítima do mau humor e grosseria porque, assim, estou no caminho.

A questão é. Minha roomate e eu nunca fomos amigas. Podíamos ter virado, mesmo não sendo parecidas. Eu tenho amigas diferentes de mim e a troca é sempre muito rica. Well. Essa troca jamais aconteceu. Primeiro eu lamentei, porque é mesmo uma droga morar com uma pessoa que você mal conhece. Depois eu tentei não ligar, porque afinal de contas, beleza, a gente nem era assim tão próxima. Depois voltou a me incomodar, mas continuei administrando.

O tempo passou e de 3 meses pra cá as coisas ficaram piores. O que antes era pouco assunto, virou assunto nenhum. As poucas perguntas que eu ainda insistia em fazer, pela boa convivência, nem respostas ganhavam. E fez-se o silêncio. Tratei de me organizar pra esbarrar menos nela, pra não ficar no caminho, minimizar os atritos. Recuei, o que foi um erro. Ela acabou avançando, e ocupou espaços, e eu passei a ser hóspede na minha propria casa. Freud disse que era absurdo, e eu passei a me estatelar no sofá roxo, meio da sala. Oi? Eu moro aqui. Conviva comigo, ou mude-se.

Não é questão de eu ser ou não ser legal, ou de ser uma mala sem alça. Ela PODE não ir com a minha cara. Claro que pode. Não sou unanimidade, nunca fui. Ela nem é o tipo de pessoa que acontece de eu querer que vá com a minha cara. Porque eu não acho que a gente seria amiga, circunstâncias outras. Beleza, já entendi essa parte, move on. Mas eu acho o fim da picada dividir um espaço com uma pessoa que não apenas não faz questão de ser legal, mas que faz ABSOLUTA questão de não ser legal com você.

E eu tava lá, arranjando desculpas. Mas não mais.

Freud me fez olhar pra situação com clareza. Eu não gosto dela, não gosto de dividir espaço com ela, não gosto da cara de cu dela, não gosto da grosseria, e nem da falta de respeito e cuidado com um espaço que também é meu. Dito isso, darei início a um novo reality show. The search for the next roomate.

Sou exigente não. Quero pessoa humana, só isso. Alguém que seja capaz de sentar do meu lado e discutir a novela do Manoel Carlos, que interaja, que tenha sangue nas veias, brilho nos olhos, sorriso nos lábios. Pessoa fácil, que a vida já anda difícil por demais.

stay tuned.


Recapitulando.
  • Me deu unfollow no twitter, clara demonstração de absoluto desiteresse no que eu tenho a dizer.
  • Parou de falar comigo pra sempre, sem motivo aparente, na vida real mesmo.
  • Não estabelece contato visual. Fica de costas pra mim, na janela, fumando e contemplando o horizonte inexistente.
  • "Nada, gata, impressão sua." como resposta sonsa, acompanhada de sorrisinho disgusting, nas 2 fucking vezes que eu perguntei se havia acontecido alguma coisa.
  • Chegou bebada em casa com uma galera, numa quinta feira 1h30 da madrugada, quando eu tinha reunião logo cedo no dia seguinte. Me acordou com o barulho, acabou com meu vinho e um dos malucos ainda vomitou pela janela, no meu carro. Desculpas? Não trabalhamos.
  • Bilhete na porta, hoje de manhã. "Gata, esqueci de avisar, duas amigas estão chegando e ficam até o domingo". Não me avisar que DUAS fucking pessoas estarão na minha fucking casa é absoluta falta de respeito, na minha humilde opinião. Porque eu podia estar planejando algo, veja bem. Nem estou, vou viajar, mas não me avisar foi o cúmulo da falta de cuidado.
¬¬

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Diarinho é o que há

E aparentemente, meu blog virou isso. Diarinho.

Eu curto.

Sexta feira à noite. Eu estava angustiada com um cabelo que não me pertencia. Desde abril, quando eu tinha cortado ele channel, que o troço crescia, crescia, e eu não achava tempo ou disposição pra dar jeito no problema. Ana Luiza liga e diz. Achei um lugar bafônico. E me carrega pra lá.

Alameda Lorena. O Iphone fofo me guiou pelo gps. Jamais me perderei novamente. (L)

Chego no lugar e me atende um sujeito de argolas nas duas orelhas, e chapéu. Chapéu. Saca Max do Big Brother? Mesma vibe.

E eu digo. O que você acha? E ele se lança a analisar meu rosto. Que eu tenho o rosto fino pra cá, e as sobrancelhas finas pra lá, e olhos pequenos, e traços finos whatever. Dá dois passos pra trás, me olha através do reflexo no espelho e diz. Dois pontos, parágrafo.

"Eu vejo uma franja Lilly Allen em você."

(L)

Odeio Lilly Allen, acho a música ok, mas a garota é wannabe até dizer chega. Mas, se tem uma coisa que Lilly Allen saber ter nessa vida, é franja.

Se joga, eu disse.

E ele cortou uma franja CURTA, levemente acima das sobrancelhas. E repicou o cabelo, "trabalhando a ilusão de comprimento, com a desconexão entre os fios." E eu, agora, tenho um cabelo super rock and roll.

Minha mãe odiou. Frá estranhou. Meu irmão disse que eu estou "roots", o que lá na turma dele do Rio, a turma dos "lesks", é elogio. Meu amigos gostaram bastante. Covinhas gostou, o geek gostou. Estatísticas até o momento. Meninas estranham, meninos gostam de cortes de cabelo meio indie.

Eu gostei. Tô me achando. Vou até ali na To Do List, riscar aquela parte que eu dizia querer achar um corte de cabelo que fosse a minha cara.

Mission accomplished.

Covinhas ressurge das cinzas

Sábado, 22h30. Toca meu celular. Covinhas, ressurgido das cinzas. Estou na porta do seu prédio, ele diz. Vamos ao cinema? Estava eu em casa, fugindo da roomate freak que parou de falar comigo pra sempre e do nada. Falei. Me dá 5 minutos. Já desço.

E desci. Eu não via covinhas desde a festa do Elvis, aquela do meu #mimimi final. Dias depois da festa, nos falamos por telefone, tivemos uma pseudo DR e resolvemos, em comum acordo, que o lance era ser amigos, mesmo. Fiquei meio sentida na hora, depois passou. E isso confirmou a minha teoria de que eu estava apaixonada era NADA, porque senão tinha sofrido um tiquinho. E no dia seguinte eu tava era ótema. O meu #mimimi era mais direcionado à situação do que à pessoa, especificamente.

Voltando. Covinhas, portaria, cinema. Oui, mon ami. Peguei o carro, peguei covinhas (no bom sentido) e rumamos para a sessão de 0h30.

E aí a pessoa se confunde, tentando entender a outra pessoa. Primeira situação. Ele põe a mão na minha perna, enquanto eu dirijo. Amigo meu não põe a mão na minha perna, não senhor. Me desvencilho. Ele fica tocando em mim, encostando no braço, na barriga, invadindo meus espaços, sabe? Amigo meu não invade meus espaços, não senhor. Então eu começo a analisar covinhas, e esta análise acaba englobando seres do sexo masculino, em geral. Homem gosta de marcar território. Covinhas, invadindo meu espaço daquele jeito, tava marcando território. Eu fico é puta, sabe? Porque eu não sou território pra ser demarcado. Tipo o que ele estava pensando? Que eu estava ali, e se ele quisesse me beijar, eu estaria disponível? No, sir. So sorry. Amigos it is. Nada mais.

Daí, hora de comprar ingressos. Eu me apressei pra pegar a carteira, fazendo questão de dividir. A caixa estranhou e ele ficou sem graça. Olhou pra ela, sorriu e disse. Somos um casal moderno. Eu corrigi. Nós não somos um casal. Rá.

Ontem, telefone toca de novo. Era ele. Cinema? Eu. Melhor não, tô trabalhando, deixemos para durante a semana, quem sabe. Durmo, acordo, toca meu celular. Amigo querido da firma colorida, meu geek favorito esses dias. Vamos ver Up? E eu estava pronta, arrumada e maquiada, em não mais do que 20 minutos. De dentro da sala de cinema, twittei que estava no cinema, pra ver Up, com meu amigo. Covinhas me segue. Ele recebeu a mensagem. Xeque-mate.

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

A mulher do gerente de covinhas

Vim aqui contar rapidinho.

A viagem de feriadão foi com queridos da (ex) firma colorida. Queridos que viraram amigos e já constam na minha listinha de melhores aquisições de 2009. Pois bem. Eu odeio praia. Fui por causa deles.

Daí, tinha lá o *gerente de covinhas*. Quem lê esse blog há algum tempo, sabe da minha fascinação com covinhas. E sabe também o tanto que a criatura me desconcertava em ambiente corporativo. Gerente de covinhas levou a mulher e a filha. A filha adulta, leitora de Harry Potter e Crepúsculo, que ele teve quando ainda era quase criança. Porque ele é novo, bastante novo. Não é tipo coroa que eu fico achando gato, não.

Então, me pus a observar a família. Pra entender, né? Aquela pessoa de covinhas em outro contexto. Eu estava mais interessada em conhecer a mulher dele, *o mito*. Pra começar que eles não são casados, e ele se refere a ela como namorada, mesmo morando juntos há 13 anos e tendo uma filha. Será medo do rótulo? Pra mim, aquilo ali era pretty much um casamento. Sorry, covinhas.

A mulher dele é bonita, mas uma beleza normal. Dessas atingíveis. Dessas que você não se surpreende, e até meio que se decepciona, dadas as expectativas criadas em torno. A mulher dele é legal. Muito legal. E ela cozinhou um treco com cream cheese que era bem bom, e era ridiculamente fácil, e se eu for ali na cozinha, eu super faço igualzinho. Ela é bem nova mesmo. Eu lembrei de um dia, lá na época que eu trabalhava bem do lado dele, que a gente tava falando de Juno. Ele disse que tinha chorado o filme todo, e eu - a insensível - zoei. Qual é, o filme nem é nada de mais. É um bom filme. Mas chorar? Qual é?

E ele disse que Juno era a história da vida dele. Ele teve a filha com 20 anos, e a mulher dele devia ter uns 18. Deve ter sido barra pesada, mas deu tudo certo, e eu assisti a grandes discussões entre ele e a menina sobre qual seria a próxima banda a ser tocada no guitar hero. Tipo de discussão boa de assistir, tipo de entrosamento legal mesmo entre pai e filha. Coisa de diferença pequena de idade, imagino. Eu jamais discutiria bandas emo com meu pai. Eles discutem.

Então, voltando à mulher dele. Ela é bonita, de um jeito normal. Magra, corpo legal, ok. Normal. Nada acima da média. Simpática e cozinhou o treco lá de cream cheese. Mas aí eu descobri o maior ativo da criatura, além de toda uma vida com ele, de saber fazer investimento de médio prazo, já que aos 20 anos ele não era o que ele é, hoje, aos 34 (trust me, eu vi as fotos). Isso que é visão de futuro, eu diria.

Ela tem doutorado em alguma coisa que eu esqueci o nome, mas que é relacionado com a cura do câncer. Ela estava falando sobre experiências com camundongos, e eu só lembrava da Julinha fazendo discursos contra testes em animais. Acho que pra salvar vidas e lutar contra doenças pode, né? Só maquiagem que não. Então ela estava falando que existe um controle bem rígido, e que ela sabia exatamente quantos camundongos já havia matado. 586. E eu. Mas você se apegou a eles, por isso sabe do número exato? E ela. Não, isso é controle da instituição. Eu jamais me apeguei a eles. Quando eu estava injetando neles... - e nessa hora eu interrompi. Injetando o que? Tumor, ela disse. Ela injeta tumores em camundongos e faz estudos detalhados sobre como as coisas acontecem depois disso. Pra curar o câncer do mundo.

Eu acho muito digno que ela seja casada com o covinhas. Muito digno mesmo.

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Madame Ç comete infração de trânsito. E a polícia vê.

Recapitulando.

Pessoa morava no Rio. Riiiio, com ênfase no i, pra dar a ginga do sotaque. Pessoa fica ninja, mermão, coé rapá, ninguém tira onda com a minha cara não. Pessoa aprende coisinhas básicas sobre como se defender da violência que assola a cidade maravilhosa.

Em se andando de ônibus: não sente na janela, pra não deixar nenhum meliante sentar do seu lado, te fechar e te levar os pertences.

Em se andando de carro. Regrinhas muitas. Primeira de todas. Insulfilm escuro, pra proteger mocinha indefesa andando suzinha por aí. Regrinha segunda, vidros fechados. Pra neguinho não assaltar, não colocar arma na cabeça, não puxar a bolsa.

Regrinha terceira. E, pretenção, foi nessa que madame ç aqui, malandrona, quase quase se ferrou.

Sinal vermelho. Em São Paulo, farol. Sinal, farol, semáforo, tudo a mesma coisa. O importante é que não pode ultrapassar.

Só que lá no Rio, cidade que é fofa toda vida, parar no sinal vermelho, depois de 10 da noite, é aumentar o risco de vida em uns 50%. Simples assim. Lá, convenciona-se. Tá vazio, não tem carro? Diminua a velocidade, pisque o farol duas vezes e ultrapasse. Na boa, gentileza, ninguém vai te culpar por isso.

Pois bem.

Volta do feriado, 3 da madrugada, o óbvio acontece. Me perco no Itaim. Quero pegar a Iguatemi, não acho, caio na 9 de julho. Orientação fail, sempre sempre. Sinal vermelho. 3 da manhã, repito. Eu, a menina de cabelos vermelhos lá da firma colorida e o namorado legal dela. Que que eu faço?

Ultrapasso.

Naturalmente.

Eis que surge patrulhinha da polícia. Liga sirene, me segue, emparelha com meu carro e diz assim. Ei, mocinha, encosta aí. E eu. Sem óculos. Cansada. Perdida.

Moço, veja bem. Tem essa lei que deixa ultrapassar sinal vermelho de madrugada. E o moço diz. Tem lei coisa nenhuma, me mostra essa lei aí. E eu. Será que não tem? Moço, veja a placa, eu sou do Rio. No Rio, se a gente para no sinal vermelho de madrugada, moço, a gente morre. Acontece. Não vinha carro, eu to perdida. Pra onde mesmo fica a Faria Lima?

E dá-lhe polícia checando documento, e eu morrendo de medo de ele me multar 1) pelo farol ultrapassado e 2) pela falta dos óculos. E eles encrencaram com o menino namorado da menina de cabelos vermelhos. Menino bonzinho, bonitinho, veja bem. Todo mundo sóbrio, todo mundo com sono, querendo chegar em casa pra dormir e acordar dali umas horinhas pra trabalhar. E checa nome do pai, e nome da mãe, e documento. E fala no rádio, passando informação.

E nada. Me entregaram tudo de volta, mandaram "circular". Pedi informações sobre como chegar à Faria Lima, até me disseram. Fiquei puta, mas quase agradeci de não terem encrencado com a falta dos óculos.

Chegando em casa, fui olhar a carteira de motorista, renovada em julho último. Não tinha NADA de correção visual. E aí que eu posso dirigir sem óculos até 2016. \o/

madame ç 1 x sistema 0

Odeio polícia. De um tanto que ninguém nem pode imaginar.

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Happy september

Comecei o dia mandando e-mail, pedindo trégua a uma amiga querida com quem eu me desentendi em junho.

Terminei o dia recebendo e-mail mega fofo, de trégua aceita, com palavras de carinho e saudades.

Dia feliz, sabe? Por causa disso, especificamente disso. =)

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

#mimimi

Fui me encontrar com Freud. Sentei no divã e nenhum dos assuntos que eu pretendia discutir saiu. Danei a falar de trabalho. Chorei, chorei, chorei. Recorde de lenços de papel: três. Geralmente o drama usa um só. Dois, quando eu fico picotando o papel nas mãos.

Acho que nunca na minha vida eu passei tanta tensão com trabalho. Eu já tive tanto ou mais trabalho do que tenho tido, mas nunca houve aquela pressão, deadlines sucessivos que mal deixam tempo pra respirar. E eu fico, por um lado. Cala boca, madame ç, engole o choro, que a hora de aprender a trabalhar sob pressão é essa. Se não for agora não vai ser mais. É. Eu fico falando comigo mesma, superego, ora me consolando, ora me mandando persistir.

E tendo trabalhado sábado e domingo, a minha terça não é terça. E eu tive brancos terríveis de memória, e cheguei a não ter ideia do que estava fazendo no computador. E a estagiária fofa e querida que foi me guiando pelos arquivos. E que me lembrou de almoçar, já quase no meio da tarde.

Cada cinco minutos que eu tinha, eu apertava f5 pra saber se susan miller tinha se manifestado. Não acredito em horóscopo. Acredito em Susan Miller. Ela avisou, em agosto, que setembro seria pesado pra todos os signos. Mas desde junho que eu não tenho sossego, e agosto foi especialmente pesado. Eu quero um setembro calmo. Well. Hoje era setembro. E hoje não foi calmo.

Ainda quero contar sobre uma estranha dinâmica que venho percebendo na oficina. Chefa gosta de mim, arrisco dizer. E chefa é difícil. Chefa me elogiou, já, algumas vezes. Isso é bom. Eu só queria poder aproveitar esses momentos sem estar tão exausta.

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Tava aqui pensando. Amanhã é dia de Freud, né? Boas chances de eu encontrar o maluco da terapia ao lado. Preciso me arrumar? Carrie Bradshaw botava vestidón de festa, cheio de tules e babados, só pra esbarrar no Bon Jovi malucão.

Tava aqui pensando outra coisa. O tal do analista da sala ao lado é beeem novo, molecão mesmo. Será que ele está habilitado a tratar problemas sérios? Tipo. Será que o maluco da terapia ao lado é menos maluco na escala geral de maluquices, já que tem um analista novinho?

E mais. Considerando que a minha analista é mais velha, isso quer dizer que eu tenho issues mais sérios pra resolver com Freud? Será que eu sou mais maluca que o maluco da terapia ao lado?

Fica a dúvida.