Vou te contar. Vida de pessoa com DDA não é moleza. Eu desconcentro, é assim que acontece. Julinha diz que eu tenho curto-cirtuito nos neurônios. Eu brinco que eu sou multitarefa, mas essa é uma desculpa só porque outros assuntos insistem em me distrair.
Daí ontem eu estava lendo o livro que chefe de covinhas mandou e me peguei, simultaneamente, planejando a mudança de casa que acontecerá em um mês. Acontece que, com essa história de curto-circuito nos neurônios, eu tomo Ritalina. Não porque é cool, não porque tá na moda, mas porque eu preciso. E eu tinha dado uma pausa, sabe como é, eu sou inteligente e coisa e tal, mas com a firma colorida solicitando a minha concentração, e me oferecendo seres com e sem covinha como um teste pra ver seu eu passo, não deu mesmo. Tive que voltar. Só que o meu médico é do Rio, e eu vinha comprando os remédios quando viajava pra lá.
E aí a ritalina acabou, e eu achei que ficaria bem por minha conta, e que podia testar um desses remédios fortificantes e naturais pra concentração. Fail. A verdade é que Ritalina é medicação séria, você passa por uma junta médica, que vai analisar desde se você inverte as letras escrevendo coisas simples do dia a dia até se você confunde palavras bobas como juiz e árbitro. Well. Eu confundo, eu troco letras, eu interrompo as pessoas, não que o que elas tenham a dizer não seja interessante, mas simplesmente porque o meu cérebro entra em looping e me distrai com meus próprios assuntos. São as vozes na minha cabeça. O que a ritalina faz é "consertar" as minha sinapses, os neurônios conversam direitinho, os assuntos esperam na fila a vez de serem colocados pra fora.
E a ritalina acabou, e o trabalho me deixando LOUCA. E o gerente sem covinhas me distraindo, e todos os outros meninos bonitos que passam pelos corredores, fora os assuntos do trabalho propriamente dito, que já me exige suficientemente. Fui na farmácia, munida de minha receitinha, dessas que são retidas, e dessas que atendentes te olham como se você fosse absolutamente desequilibrada - eu adoro essa parte - porque o medicamento é coisa seríssima. E, aqui em São paulo, minha receitinha fofa do rio, aquela que me prometia inteligência e foco em cápsulas, com o efeito colateral maravilhoso que é a falta de apetite (inteligente e magra, quem não quer ser?), serve de nada. Não me venderam a Ritalininha, Juro. Desesperei.
Agora eu vou ter que continuar tomando o bendido remédio natural de concentração que não serve de nada, até que as minhas queridas tarja preta cheguem pelo correio. Vou ter que criar técnicas profundas de concentração cada vez que uma distração aparecer, e olha que são muitas, tantas, que eu nem consigo enumerar.
E, digo mais. Estivesse eu sob medicamentos, como era a intenção primeira, como deveria ser, esse post teria saído muito mais organizado. Fail.
Daí ontem eu estava lendo o livro que chefe de covinhas mandou e me peguei, simultaneamente, planejando a mudança de casa que acontecerá em um mês. Acontece que, com essa história de curto-circuito nos neurônios, eu tomo Ritalina. Não porque é cool, não porque tá na moda, mas porque eu preciso. E eu tinha dado uma pausa, sabe como é, eu sou inteligente e coisa e tal, mas com a firma colorida solicitando a minha concentração, e me oferecendo seres com e sem covinha como um teste pra ver seu eu passo, não deu mesmo. Tive que voltar. Só que o meu médico é do Rio, e eu vinha comprando os remédios quando viajava pra lá.
E aí a ritalina acabou, e eu achei que ficaria bem por minha conta, e que podia testar um desses remédios fortificantes e naturais pra concentração. Fail. A verdade é que Ritalina é medicação séria, você passa por uma junta médica, que vai analisar desde se você inverte as letras escrevendo coisas simples do dia a dia até se você confunde palavras bobas como juiz e árbitro. Well. Eu confundo, eu troco letras, eu interrompo as pessoas, não que o que elas tenham a dizer não seja interessante, mas simplesmente porque o meu cérebro entra em looping e me distrai com meus próprios assuntos. São as vozes na minha cabeça. O que a ritalina faz é "consertar" as minha sinapses, os neurônios conversam direitinho, os assuntos esperam na fila a vez de serem colocados pra fora.
E a ritalina acabou, e o trabalho me deixando LOUCA. E o gerente sem covinhas me distraindo, e todos os outros meninos bonitos que passam pelos corredores, fora os assuntos do trabalho propriamente dito, que já me exige suficientemente. Fui na farmácia, munida de minha receitinha, dessas que são retidas, e dessas que atendentes te olham como se você fosse absolutamente desequilibrada - eu adoro essa parte - porque o medicamento é coisa seríssima. E, aqui em São paulo, minha receitinha fofa do rio, aquela que me prometia inteligência e foco em cápsulas, com o efeito colateral maravilhoso que é a falta de apetite (inteligente e magra, quem não quer ser?), serve de nada. Não me venderam a Ritalininha, Juro. Desesperei.
Agora eu vou ter que continuar tomando o bendido remédio natural de concentração que não serve de nada, até que as minhas queridas tarja preta cheguem pelo correio. Vou ter que criar técnicas profundas de concentração cada vez que uma distração aparecer, e olha que são muitas, tantas, que eu nem consigo enumerar.
E, digo mais. Estivesse eu sob medicamentos, como era a intenção primeira, como deveria ser, esse post teria saído muito mais organizado. Fail.
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