Então, após uma conversa sincera e doída com o gerente de covinhas, a realidade bateu. Dificilmente eu vou conseguir ficar na firma colorida quando o contrato acabar. A regra é clara, data de início, data de fim. Ele disse que está tentando descobrir se algo pode ser feito, mas não me deu esperanças. Eu não acho que ele vá fazer algo, efetivamente. Porque dá trabalho sabe? E eu não estou acostumada a ter ninguém fazendo algo que exija algum esforço extra por mim.
Existe esse mundo maravilhoso, onde tudo dá certo, onde nos 15 minutos finais do filme, o enredo muda e as coisas entram em seus devidos lugares quase que por milagre. Well. Esse não é o caso. É muito mais normal e esperado, na minha vida, que algo assim aconteça, e eu me dê mal. Na verdade, pra seguir o padrão de sempre, eu nem teria conseguido ser selecionada. Por isso eu considerei que podia ser um sinal de dias melhores. Aparentemente, não.
Ok. Eu sabia que ia ser assim. Eu sabia, mas eu sempre me fiei na chance de algo acontecer e ser realmente incrível. Eu fico puta só quando lembro que quando eu vi a vaga, lá em fevereiro, e me inscrevi, ela não tinha nada avisando que era temporária. Eu não sei se eu teria me candidatado a uma vaga temporária se eu soubesse isso de antemão. Mas aí a rh me ligou, e antes de marcar a entrevista, ela disse que eram 4 meses. Ali, ao telefone, ao topar a entrevista, eu tomei a decisão que vai me custar o coração em junho.
Então, damage control. Começo, agora, a me desapegar. Vou me desapegar das paredes, do diretor engraçado, das covinhas todas, do carrinho de doces. Vou ficar blasé como a menina de cabelos vermelhos, levantar a sobrancelha e fingir que não me importo. Se eu conseguir fingir o suficiente, quem sabe até eu acredito, e deixo realmente de me importar? Vou refazer meus contatos, pra ter um plano B quando julho chegar. Quando julho chegar, se meu plano B falhar, eu corro para a cidade siderúrgica e vou pedir colo, e brincar com a calopsita, e ver minha avó, e colocar médicos e dentista em dia, e renovar a carteira de motorista. Depois, quando recuperar as forças, eu volto pra sp e penso no que faço.
Mais um feedback. Eu sou ótima, e pró-ativa, e ganhei respeito nos projetos que trabalhei. O gerente sem covinhas, que passa horas na minha mesa, trabalhando no projeto, nunca deu esse tipo de atenção a ninguém. Isso é realmente algo, segundo o gerente de covinhas. Eu digo. Foda-se. Tudo o que eu fiz foi tentando conseguir a vaga. Aquela, que não existe. Aquela que eu não vou conseguir. Eu digo que, independente do mimimi e dos elogios e reconhecimentos, esse foi um grande fail.
PS. Tem o livro, né? O que eu acabei semana passada e o que eu comecei essa semana. 926 páginas. Vou continuar lendo. Porque é bom. Pois é.
Existe esse mundo maravilhoso, onde tudo dá certo, onde nos 15 minutos finais do filme, o enredo muda e as coisas entram em seus devidos lugares quase que por milagre. Well. Esse não é o caso. É muito mais normal e esperado, na minha vida, que algo assim aconteça, e eu me dê mal. Na verdade, pra seguir o padrão de sempre, eu nem teria conseguido ser selecionada. Por isso eu considerei que podia ser um sinal de dias melhores. Aparentemente, não.
Ok. Eu sabia que ia ser assim. Eu sabia, mas eu sempre me fiei na chance de algo acontecer e ser realmente incrível. Eu fico puta só quando lembro que quando eu vi a vaga, lá em fevereiro, e me inscrevi, ela não tinha nada avisando que era temporária. Eu não sei se eu teria me candidatado a uma vaga temporária se eu soubesse isso de antemão. Mas aí a rh me ligou, e antes de marcar a entrevista, ela disse que eram 4 meses. Ali, ao telefone, ao topar a entrevista, eu tomei a decisão que vai me custar o coração em junho.
Então, damage control. Começo, agora, a me desapegar. Vou me desapegar das paredes, do diretor engraçado, das covinhas todas, do carrinho de doces. Vou ficar blasé como a menina de cabelos vermelhos, levantar a sobrancelha e fingir que não me importo. Se eu conseguir fingir o suficiente, quem sabe até eu acredito, e deixo realmente de me importar? Vou refazer meus contatos, pra ter um plano B quando julho chegar. Quando julho chegar, se meu plano B falhar, eu corro para a cidade siderúrgica e vou pedir colo, e brincar com a calopsita, e ver minha avó, e colocar médicos e dentista em dia, e renovar a carteira de motorista. Depois, quando recuperar as forças, eu volto pra sp e penso no que faço.
Mais um feedback. Eu sou ótima, e pró-ativa, e ganhei respeito nos projetos que trabalhei. O gerente sem covinhas, que passa horas na minha mesa, trabalhando no projeto, nunca deu esse tipo de atenção a ninguém. Isso é realmente algo, segundo o gerente de covinhas. Eu digo. Foda-se. Tudo o que eu fiz foi tentando conseguir a vaga. Aquela, que não existe. Aquela que eu não vou conseguir. Eu digo que, independente do mimimi e dos elogios e reconhecimentos, esse foi um grande fail.
PS. Tem o livro, né? O que eu acabei semana passada e o que eu comecei essa semana. 926 páginas. Vou continuar lendo. Porque é bom. Pois é.
Um comentário:
Ai, que droga...
Sei lá, hein. Vai que você fica? Tô torcendo pra que vc fique. E conquiste todas as covinhas ;)
Beijo e boa sorte!
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