segunda-feira, 30 de março de 2009

Quinta-feira.

Amiga triste no MSN, sem saber o que fazer com o final de semana. Eu digo. Pega um avião e vem pra Sumpolo. Ela vem. Sábado chove o dia todo, colocando por terra todos os meus planos felizes de levá-la na Benedito Calixto. Shopping, néam? O que paulistano faz de fim de semana, principalmente com chuva? Shopping. Aí a gente vai pro cinema ver Ele não está tão a fim de você.

Filme de mulherzinha, perfeito. Quase morro algumas vezes, comédia romântica faz efeito sobre a minha pessoa. Isso acontece. Daí, faltando uns 10 minutos pro final do filme, bem naquela hora específica que as historinhas começam a se delinear, alarme de incêndio. É. Alarme de incêndio. As pessoas se mexem nas cadeiras, meio sem saber se devem correr por suas vidas ou ver o Ben Affleck e a Jennifer Aniston fazendo as pazes. Eu rio, né? Porque me lembro imediatamente daquele episódio de Friends que Chandler compra aquelas cadeiras novas e reclináveis, e ele e o Joey não conseguem se levantar, nunca mais. E ficam lá vendo Beavis e Butthead, e rindo descontroladamente, e aí toca um alarme de incêndio, e o Chandler coloca a mão no chão pra ver se está quente e diz que eles ainda têm alguns minutos. Eu queria ver o final do filme. O grande propósito de uma comédia romântica é quando os casais fazem as pazes e têm seus finais felizes.

E as pessoas do cinema sem saber o que fazer. Eu decidi que ficaria ali, e que sairia quando aparecessem bombeiros, gritando fogo e apontando para as saídas de emergência. Bem no meio desse pensamento, o alarme toca de novo. Eu caio na gargalhada, e desconcentro total do filme. Choro de rir, actually. Porque as pessoas se desesperam, algumas, e descem as escadas, meio que querendo ficar perto das portas. Mas elas descem devagar, pra pegar o momento do beijo. E eu rindo. Sentada na minha cadeira. Eu morro queimada, mas vejo o fim do filme. Simples assim. Quando o filme acaba, eu grito FOGO. Pra neguinho correr, afinal não era esse o tal propósito do alarme de incêndio? Não era nada. Quando eu saí, tudo estava na mais perfeita ordem. Nada de fogo.

Domingo, mercadão. Pra comer o bendito pão com mortadela que tanto falam. Mercadão fechado. O mercadão não fecha nunca, mas fecha exatamente no dia que eu pego o meu domingo e resolvo ir lá fazer uma visitinha. Liberdade, né? Muitos japoneses, um macarrãozinho sem graça numa espécie de fast food. Valeu pelos chicletes de blueberry, doces toda vida, com embalagem japonesa bonitinha. E aí, quando você acha que nada mais vai te acontecer, gripe. Porque meu final de semana ainda precisava ser fechado com chave de ouro. Amiga devolvida no aeroporto, 250 espirros depois e eu estou em casa. Semi-morta. E surda.

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