quando uma coisa acontece repetidamente, é hora de prestar atenção aos sinais. isso quem me disse foi a tarot lady. há quase um ano, dia 29 de dezembro de 2009, eu fui lá na casa dela, saber a quantas andavam as previsões para o meu futuro. estava tudo bem, estava tudo lindo. meus melhores amigos estavam por perto, o trabalho novo ia começar, eu sentia, depois de algum tempo, o chão firme por debaixo dos pés. quando eu já tinha feito todas as perguntas de amor e de trabalho, eu pedi que ela visse as minhas amizades. eu me concentrei naquele grupo específico, o grupo do (até então) melhor amigo.
a primeira carta era o demônio. a segunda carta era o bobo, a carta de valor zerado. a terceira carta era a morte. a quarta carta, aquela que ela tira como conselho, era a torre. ainda em silêncio, eu senti gelar a espinha. aquele jogo era uma combinação maligna de todas as cartas de tarot que eu temia. e elas estavam juntas, na minha frente. no jogo que eu perguntava sobre amizade.
as previsões foram pesadas. briga, ruína, afastamento, dor. segredos e mentiras, ela dizia. meu coração doía olhando aquilo, mas eu tomei a decisão consciente de ignorar o jogo e seguir a vida. ao lado dos meus queridos.
dia 20 de fevereiro meu chão ruiu. qualquer um que tenha usado algum tempo pra ler as minhas histórias aqui, sabe. meu coração partiu, meus amigos desapareceram. eu lembrava do jogo. "he who foresees calamities suffers them twice over". eu sofri quando não quis acreditar, eu sofri quando precisei acreditar.
o aprendizado que veio, a questão à qual a tarot lady talvez tenha se referido, quando disse que eu precisava entender por que as coisas se repetiam, pra mim ficou clara. eu preciso parar de tratar isso como o fim do mundo. de me despedaçar, de me arrasar. de achar que o mundo acabou. AQUELE MUNDO ACABOU. fato.
no lugar daquele mundo, eu vi surgir um outro. eu ganhei dois dos meus melhores amigos, hoje. eu ganhei as pessoas mais incríveis, os amigos de festa, de gargalhada, de almoço. de discussão sobre caras bonitos, de discussão sobre a vida. de olhar no olho e saber exatamente o que vai, ali. de mandar sms de madrugada. porque pode.
e eu nunca fiz tanta festa. eu trouxe pra outra metade do apartamento, depois da saída da roomie freak número 2, a amiga dos tempos de oficina colorida. e a casa ganhou sotaque de minas e cheiro de baunilha, e bolos quentinhos pra comer com geléia. e almoços pelo bairro, e colisão de universos, e músicas gritadas no karaoke. minha casa virou ponto de encontro, e nunca esteve tão cheia. nunca eu tive tanto prazer em receber os meus queridos do rio, de jogá-los no sofá roxo e saber que eles estariam ali pela manhã. vi leo ficar amigo da japa. vi veneceous gargalhar com a ana, enquanto me esperavam terminar a maquiagem. vi o dia nascer com eles, sentada no degrau da portaria do prédio. eu estou rodeada de gente feliz. e de gente que me faz feliz.
aquisições de 2010, hum, deixa eu ver. não conto nos dedos de uma mão. preciso de mais dedos. de mais mãos.
a primeira carta era o demônio. a segunda carta era o bobo, a carta de valor zerado. a terceira carta era a morte. a quarta carta, aquela que ela tira como conselho, era a torre. ainda em silêncio, eu senti gelar a espinha. aquele jogo era uma combinação maligna de todas as cartas de tarot que eu temia. e elas estavam juntas, na minha frente. no jogo que eu perguntava sobre amizade.
as previsões foram pesadas. briga, ruína, afastamento, dor. segredos e mentiras, ela dizia. meu coração doía olhando aquilo, mas eu tomei a decisão consciente de ignorar o jogo e seguir a vida. ao lado dos meus queridos.
dia 20 de fevereiro meu chão ruiu. qualquer um que tenha usado algum tempo pra ler as minhas histórias aqui, sabe. meu coração partiu, meus amigos desapareceram. eu lembrava do jogo. "he who foresees calamities suffers them twice over". eu sofri quando não quis acreditar, eu sofri quando precisei acreditar.
o aprendizado que veio, a questão à qual a tarot lady talvez tenha se referido, quando disse que eu precisava entender por que as coisas se repetiam, pra mim ficou clara. eu preciso parar de tratar isso como o fim do mundo. de me despedaçar, de me arrasar. de achar que o mundo acabou. AQUELE MUNDO ACABOU. fato.
no lugar daquele mundo, eu vi surgir um outro. eu ganhei dois dos meus melhores amigos, hoje. eu ganhei as pessoas mais incríveis, os amigos de festa, de gargalhada, de almoço. de discussão sobre caras bonitos, de discussão sobre a vida. de olhar no olho e saber exatamente o que vai, ali. de mandar sms de madrugada. porque pode.
e eu nunca fiz tanta festa. eu trouxe pra outra metade do apartamento, depois da saída da roomie freak número 2, a amiga dos tempos de oficina colorida. e a casa ganhou sotaque de minas e cheiro de baunilha, e bolos quentinhos pra comer com geléia. e almoços pelo bairro, e colisão de universos, e músicas gritadas no karaoke. minha casa virou ponto de encontro, e nunca esteve tão cheia. nunca eu tive tanto prazer em receber os meus queridos do rio, de jogá-los no sofá roxo e saber que eles estariam ali pela manhã. vi leo ficar amigo da japa. vi veneceous gargalhar com a ana, enquanto me esperavam terminar a maquiagem. vi o dia nascer com eles, sentada no degrau da portaria do prédio. eu estou rodeada de gente feliz. e de gente que me faz feliz.
aquisições de 2010, hum, deixa eu ver. não conto nos dedos de uma mão. preciso de mais dedos. de mais mãos.
Um comentário:
que lindo!
é bom ver que dá pra encontrar luz no fim do túnel.
mesmo quando vc não queria que o túnel acabasse.
às vezes a gente não quer acreditar em uma coisa porque acha que não consegue viver sem ela. mas a gente SEMPRE vive, por mais que no momento possa parecer que vai morrer.
adoro os seus posts!
e que 2011 seja melhor ainda pra vc!!
=)
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