sábado, 24 de outubro de 2009

A semana com roomie freak

Então. Pára tudo número 2.

Preciso contar as coisas todas que se assucederam essa semana. Que foi demais pra minha cabeça, mesmo.

Primeiro, meu aniversário.

Acordei feliz, satisfeita, bem humorada. Pensei no banho quente que tomaria antes de ir pro trabalho. Liguei o chuveiro, mas ele não ligou. A água veio fria, gelada. Olhei pro chão molhado e vi que a Roomie Freak já havia passado por ali, então ela 1) sabia do chuveiro queimado, 2) não deixou nem um bilhete - especialidade dela, beijos - pra avisar o acontecido.

Vejam bem que eu não tô pedindo bilhete de aniversário. É bilhete de civilidade, alô, gata (ew), o chuveiro queimou, beijos. Ela sempre foi especialista em bilhetes. Not today.

Tomei o banho mais sofrido da minha vida, tive que lavar o cabelo. Enquanto a água escorria gelada pelas costas, eu dava pulinhos, batia os dentes e falava comigo mesma em incentivo.

E eu tava gripada, né? Pois é.

Sabe quando cachorro toma banho, que horas depois você encosta nele e ele ainda está vibrando, tremendo com o choque da água fria? Essa era EU, durante todos os abraços de cumprimentos pela data.

Daí, meu aniversário, no mexicano com amigos, foi incrível. Foi todo mundo, faltou lugar, sobrou gente em volta, todo mundo se deu bem, universos colidiram lindamente. Eu fiquei alterada com dois goles de bloody mary, juro. Não encontrei explicação lógica pra isso, ainda. Mentira. Desde que a Roomie Freak levou embora meu apetite, lá se vão quase 5kg. Minha taxa de alcool por quilo aumentou, fico bêbada rapidinho.

Na quarta-feira, dia seguinte, lá estou eu, cedinho, com o maluco que conserta chuveiros. Ela saiu de mansinho, sorrateiramente. Pra me deixar suzinha lidando com o conserto de uma coisa numa casa que não será minha em uns, deixa ver, 10 dias? Pra completar a brincadeira, tarde da noite, depois do trabalho, tento entrar em casa e cadê? A minha chave não entra na porta. Porque a freak largou a chave dela lá. E ainda usou aquela tranca de correntinha, pra eu não entrar MESMO. Fiquei uns 5 minutos batendo, e nada. Fiquei puta. Daí, quando ela finalmente abriu ("Gata, esqueci a chave, desculpa, beijos"), foi a minha vez de rosnar. Passei por cima dela que nem um trator, disse um boa-noite educado pro namorado dela e me tranquei no quarto.

O ponto forte da semana foi agora, agorinha, de madrugada. Estou eu, dormindo o sono dos justos, na minha cama, no meu quarto. Sinto uma pessoa em cima de mim, tipo escalando a cama, me escalando. Sonolenta.

Na minha cama, no meu quarto, que tava com a porta fechada.

ERA O NAMORADO DELA.

o.O


Juro que aconteceu. Tomei o maior susto do mundo, e eu não sei se aquilo era sonambulismo, se ele errou de quarto (o que acho estranho, já que são em lados opostos). Eu tive que levantar e expulsar ele do meu quarto, e dirigir o rapaz até o quarto correto, que era o da freak, ali, do outro lado do corredor.

Pensei em twittar, mas to com pena do menino. Dela não. Estou aguardando ansiosamente pela hora em que esbarrarei nos dois, pela casa, pra zoar ele na frente dela. Pra ela ficar desconfortável.

Um comentário:

Luiz com Z disse...

"universos colidiram lindamente". Cadê um editor aqui pra imprimir isso em grande escala, p.?