domingo, 4 de outubro de 2009

chaotic

A semana foi louca. Intercalei trabalho com telefonemas desesperados para imobiliárias, proprietários de apartamentos na região e visitas. De vez em quando eu abaixava a cabeça e suspirava fundo. E levantava a cabeça, e olhava para o computador, e continuava. Senti falta do covinhas, de leve, mas só pra me abraçar apertado enquanto tudo desmoronava em volta. Comi menos do que deveria, e mais um quilo se foi. Entrou uma geniazinha nova na Oficina, e foi amizade à primeira vista. Todo o caos em volta, no trabalho, em casa. As gérberas morreram, não resistiram, mesmo comigo regando e as chamando de fofas, pedindo que sobrevivessem. É a vida. Tive crise de choro no trabalho, de leve, quando eu vi que o trabalho árduo dos últimos dias ainda precisava de ajustes. E eu estava esgotada. Todos estão, é até injusto eu ficar de mimimi. Passei a semana morrendo aos poucos, mas voltei a render no trabalho, coisa que na semana passada não aconteceu. Saudades de alguns amigos específicos. A semana também foi de reencontros. Jantar com amiga querida, assuntos antigos e novos, feels like home. Sou nova em São Paulo, ninguém me conhece. Ela sim. Tá comigo há 10 anos, desde a faculdade. Reconforta isso de não precisar se explicar, de saber que a pessoa te lê, te entende. Nos momentos de desespero, de não querer voltar pra casa (que casa?) e dar de cara com a roomie freak, apelei pra Ana Luiza. Casa dela, maquiagens, assuntos, como nos velhos tempos. É bom ter pra onde correr. As pessoas ficam me oferecendo abrigo. Fica aqui, eles dizem. Te hospedo, traz teu sofá roxo, fica em casa não. E eu me visto de amor profundo por cada um, e agradeço. Mas dessa casa que eu vivo hoje, eu saio para outra casa minha. Que tá por aí, basta só encontrar. Até lá eu tento não me esquecer de comer. O que nem sempre funciona.

E aí, no meio do caos, a semana termina com o evento de encontro de geniozinhos, para discussão de coisinhas de trabalho. Evento organizado pela Oficina, e já com grande expressão no mercado. E eu me vejo entre os loucos, almoços felizes com as meninas coloridas, e reencontro com os meus queridos da antiga forma colorida, gerente de covinhas included. E tudo parece que vai ficar bem. Porque o viado territorialista me abraça, e é sincero. Porque o gerente de covinhas me chama pelo meu apelido fofo, que ele me deu, e o coração aperta de saudades e alegria. E pouco importa se eu peguei uma gripe daquelas, isso não me impede de ir tomar chopp com eles e acreditar, só por um instante, que a vida se acerta. E eu acho que nunca, desde que eu cheguei em São Paulo, eu estive tão inteira, tão eu mesma. Fazendo as minhas piadas, sendo dramática, morrendo a cada vírgula, de alegria ou de tragédia. Essa sou eu. Nave mãe chamou e eu atendi. Estou onde devia. Mesmo. Entre os meus.

Um comentário:

TeTe disse...

Oi! Tava "passeando" pela internet e acabei caindo aqui. Legal seu blog! Não te conheço, mas queria te dizer que entendo o que vc está passando. Tb sou de fora, morando em SP, tentando me virar... Força, viu? Tudo dá certo!!!
Boa sorte.