as coisas são engraçadas.
eu fico vendo esse solzinho quente de tarde de inverno (ou outono, não importa), e penso que eu devia estar lá fora, vento no rosto, aproveitando a luz, fotografando a vida. dentro de casa faz frio, o sol esquenta. eu podia estar na varanda, pés pra cima, manta quentinha, computador no colo. internet. não, estou aqui, cama da irmã, aproveitando as mil opções de tv a cabo e vendo videoshow. isso mesmo. videoshow. eu queria sair e fotografar as mangueiras que meu avô plantou na pracinha perto de casa, a mesma pracinha que eu corri a infância inteira. estou aqui, computador no colo, frio. fico pensando em são paulo, nas ladeiras queridas da vila madalena, com seus muros grafitados, queria fotografar tudo isso, agora. não posso. e é por isso mesmo que quero. estivesse lá, estaria em casa, manta no colo, computador, pés pra cima. dorme, acorda, internet. a vida lá fora, o tempo todo, a tarde toda, até acabar. a gente só se dá conta disso quando não pode aproveitar, diz aí. não posso sair, repouso. os pés ainda doem. a câmera está guardada, o dia está tão bonito. e eu aqui, impedida de aproveitar isso tudo.
se eu pudesse sair, se os pés estivessem curados, eu sei. estaria no mesmo lugar. aqui, quentinha, tv a cabo, videoshow, computador no colo. eu só não estaria sentindo tanta falta de estar lá fora.
eu fico vendo esse solzinho quente de tarde de inverno (ou outono, não importa), e penso que eu devia estar lá fora, vento no rosto, aproveitando a luz, fotografando a vida. dentro de casa faz frio, o sol esquenta. eu podia estar na varanda, pés pra cima, manta quentinha, computador no colo. internet. não, estou aqui, cama da irmã, aproveitando as mil opções de tv a cabo e vendo videoshow. isso mesmo. videoshow. eu queria sair e fotografar as mangueiras que meu avô plantou na pracinha perto de casa, a mesma pracinha que eu corri a infância inteira. estou aqui, computador no colo, frio. fico pensando em são paulo, nas ladeiras queridas da vila madalena, com seus muros grafitados, queria fotografar tudo isso, agora. não posso. e é por isso mesmo que quero. estivesse lá, estaria em casa, manta no colo, computador, pés pra cima. dorme, acorda, internet. a vida lá fora, o tempo todo, a tarde toda, até acabar. a gente só se dá conta disso quando não pode aproveitar, diz aí. não posso sair, repouso. os pés ainda doem. a câmera está guardada, o dia está tão bonito. e eu aqui, impedida de aproveitar isso tudo.
se eu pudesse sair, se os pés estivessem curados, eu sei. estaria no mesmo lugar. aqui, quentinha, tv a cabo, videoshow, computador no colo. eu só não estaria sentindo tanta falta de estar lá fora.
Um comentário:
"não posso acreditar que vou gastar desse modo a vida.. olhar pro sol, só ver janela e cortina"
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