faz um tempo que a gente brigou, e eu queria te contar umas coisas. a primeira é que eu ainda sinto saudades. de vez em quando, cada vez menos. mas de vez em quando acontece.
queria te contar que longe de você eu fui livre, e pude fazer as minhas escolhas. e quando eu me dei conta, havia gente incrível em volta de mim. de novo. porque eu sempre reconheço gente incrivel. mesmo que a gente incrível que um dia foi você tenha se tornado essa coisa que eu ainda não sei dar nome. não. eu ainda não sei.
queria te contar que desde que a gente brigou eu comecei a sair. primeiro porque distraia do fato de que eu não tinha por perto o melhor amigo, e todo o grupo. e que vocês continuavam juntos, se divertindo, só que agora sem mim. por escolha. foi escolha vocês me cortarem, foi escolha eu não correr atrás. amizade é mão dupla. se não for, não serve. mas, ainda assim. queria te contar essas coisas.
você dizia que eu era travada, que eu não saia, que eu me permitia muito pouco, quase nada. pode ser. eu nunca vou te perdoar pela forma como essas coisas foram ditas, mas eu queria te dizer que longe de você eu fui livre. e eu virei noites e noites dançando até amanhecer, e eu fiquei bêbada, e eu dancei num pole dance. eu beijei mais meninos bonitos do que eu consigo me lembrar. dormi com alguns. fiquei aborrecida por alguns não me ligarem no dia seguinte, aliviada por outros.
era isso que você dizia? que eu tinha que fazer? eu acabei fazendo, sabe? eventualmente, no meu tempo, na hora em que eu quis, com as pessoas que eu quis. sem que você me dissesse quem e onde. sem que você me ensinasse. sem que você me criticasse por ser uma péssima aprendiz.
sabe a parte em que eu disse que não te perdoaria? eu menti. eu te perdoei, já. ainda tenho um pouco de medo de esbarrar em você, mas só por não saber como agir, mesmo. e porque ainda machuca. não de um jeito ruim, forte, sofrido. é tipo uma alfinetadinha no coração. eu achava que a gente ia ser amigo pra sempre. juro. ou pelo menos por muito tempo. a gente nem foi. engraçado.
ainda ontem eu me lembrei de você. porque era 5 de novembro. remember, remember, de 5th of november. eu lembrei de você me buscando na firma colorida, usando a máscara do V, buzinando alto e gargalhando. e a gente jantou no italiano de sempre, bebeu vinho e teve uma boa conversa. a gente costumava ter boas conversas. eu fico me perguntando onde foi que as coisas se perderam. ali, naquele dia, estava tudo bem.
isso sou eu, purgando a nossa briga. percebendo claramente em quais momentos da minha vida eu faço algo que é resposta pra você, mesmo silenciosa. jogando a cabeça pra trás e gargalhando alto, enquanto tudo gira em volta. eu estou feliz, sabe? tenho novos amigos, e eles são pessoas absolutamente geniais, pra usar uma palavra que eu sei que você adora. com eles não tem tempo ruim, não tem cobrança, não tem julgamento. tem cuidado. tem uma aceitação absurda de cada um como é. um troço que talvez você não conheça. mas que eu te desejo de todo coração.
e era isso, mesmo. o que eu queria te contar. o que eu te contaria, se você ainda estivesse por perto.
queria te contar que longe de você eu fui livre, e pude fazer as minhas escolhas. e quando eu me dei conta, havia gente incrível em volta de mim. de novo. porque eu sempre reconheço gente incrivel. mesmo que a gente incrível que um dia foi você tenha se tornado essa coisa que eu ainda não sei dar nome. não. eu ainda não sei.
queria te contar que desde que a gente brigou eu comecei a sair. primeiro porque distraia do fato de que eu não tinha por perto o melhor amigo, e todo o grupo. e que vocês continuavam juntos, se divertindo, só que agora sem mim. por escolha. foi escolha vocês me cortarem, foi escolha eu não correr atrás. amizade é mão dupla. se não for, não serve. mas, ainda assim. queria te contar essas coisas.
você dizia que eu era travada, que eu não saia, que eu me permitia muito pouco, quase nada. pode ser. eu nunca vou te perdoar pela forma como essas coisas foram ditas, mas eu queria te dizer que longe de você eu fui livre. e eu virei noites e noites dançando até amanhecer, e eu fiquei bêbada, e eu dancei num pole dance. eu beijei mais meninos bonitos do que eu consigo me lembrar. dormi com alguns. fiquei aborrecida por alguns não me ligarem no dia seguinte, aliviada por outros.
era isso que você dizia? que eu tinha que fazer? eu acabei fazendo, sabe? eventualmente, no meu tempo, na hora em que eu quis, com as pessoas que eu quis. sem que você me dissesse quem e onde. sem que você me ensinasse. sem que você me criticasse por ser uma péssima aprendiz.
sabe a parte em que eu disse que não te perdoaria? eu menti. eu te perdoei, já. ainda tenho um pouco de medo de esbarrar em você, mas só por não saber como agir, mesmo. e porque ainda machuca. não de um jeito ruim, forte, sofrido. é tipo uma alfinetadinha no coração. eu achava que a gente ia ser amigo pra sempre. juro. ou pelo menos por muito tempo. a gente nem foi. engraçado.
ainda ontem eu me lembrei de você. porque era 5 de novembro. remember, remember, de 5th of november. eu lembrei de você me buscando na firma colorida, usando a máscara do V, buzinando alto e gargalhando. e a gente jantou no italiano de sempre, bebeu vinho e teve uma boa conversa. a gente costumava ter boas conversas. eu fico me perguntando onde foi que as coisas se perderam. ali, naquele dia, estava tudo bem.
isso sou eu, purgando a nossa briga. percebendo claramente em quais momentos da minha vida eu faço algo que é resposta pra você, mesmo silenciosa. jogando a cabeça pra trás e gargalhando alto, enquanto tudo gira em volta. eu estou feliz, sabe? tenho novos amigos, e eles são pessoas absolutamente geniais, pra usar uma palavra que eu sei que você adora. com eles não tem tempo ruim, não tem cobrança, não tem julgamento. tem cuidado. tem uma aceitação absurda de cada um como é. um troço que talvez você não conheça. mas que eu te desejo de todo coração.
e era isso, mesmo. o que eu queria te contar. o que eu te contaria, se você ainda estivesse por perto.
7 comentários:
adorei seu post. e acho que é o que eu gostaria de falar - claro que com algumas diferenças - para duas amigas minhas, que eu também achei que seriam eternas e que hoje não passam de lembranças...
adoro seu blog, parabéns!
=)
Mais um texto phoda.
às vezes é difícil estar por perto.
eu queria que não fosse.
é engraçado essas coisas que a gente acha que vai durar pra sempre e daqui a uns dias, quando a gente menos espera.. puft. não existe mais. e a vida continua e fica tudo bem. a gente nunca imaginou viver sem e.. vive. até melhor, quem sabe.
Menina, vc sempre me faz chorar...
Porque diz tudo que eu penso e não sei verbalizar, colocar em palavras de forma coerente.
São tantos sentimentos se atropelando... e alivia muito ler isso e saber que não estou louca!
Obrigada por fazer com que eu me entenda um pouco em vc!
Beijos
Me mandaram isso hoje, nem imaginei que quem me mandou tivesse o endereço, enfim... fiquei feliz por você, que bom. Só queria lembrar que quando vc fala "por escolha" queria deixar claro que a escolha foi sua, inclusive me vi numa cena ridícula de correr atrás de você com um cachorro pra tentar "quebrar o gelo" e falar... tá tudo bem viu?! E sobre os amigos, eles não deram as costas pra vocês, todos foram excluídos da sua vida por sua escolha, inclusive da vida on-line, isso inclui até minha noiva que ainda te defendeu quando eu ficava irritado... enfim, são escolhas e momentos, só li isso hoje, e pra ficar claro, nunca tive pq te perdoar, só fiquei chateado pq sempre tive a liberdade de te falar coisas bem reais, por vezes duras, e nunca dei margem a má interpretações. Então é isso... felicidades, e, que bom que tudo corre bem, só desejo o melhor.
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