Festa sexta, festa sábado. Tequila, pole dance, dois celulares de amigas perdidos, dois meninos bonitos depois.
Domingo de manhã. Eu, tomando café da manhã, recapitulando com uma amiga toda a bagunça das 48h anteriores. Gargalhando.
Toca o telefone. Minha mãe. O tom preocupado, quase severo. Minha filha, ela disse. Sonhei com sua avó essa noite. Estou de pé desde as 7h da manhã, aflita, querendo te ligar.
Sua avó te mandou um recado.
(Minha avó, pessoa querida, fofa toda vida, morreu em 1986, se eu me recordo. Me recordo pouco, eu tinha 6 anos.)
Sua avó disse que você anda fazendo muita festa, e que é pra você tomar cuidado com exageros. Sua vó pede pra avisar que você vai perder o controle.
Eu, do alto dos meus 31 anos recém completados (preciso lidar com isso ainda, não me acostumo, não me acostumo), passo um senhor esporro na senhora minha mãe. Que é absurdo demais ela ficar me vigiando por causa de festa. Que não tem cabimento, isso. Que eu sou adulta, bla bla bla, whiskas sachê. Ela pede desculpas, desliga.
A amiga ali, sentada na cozinha, olhando sem entender. Eu digo. Minha mãe ligou. Sonhou com minha avó, morta em 1986, e minha avó mandou um recado. Eu vou perder o controle.
Amiga solta uma gargalhada sonora. E diz. Mas é agora que ela avisa?
Eu? Eu não poderia concordar mais.
Um comentário:
AHAHHAHAHAHAHAHHHA
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