quarta-feira, 10 de junho de 2009

aleatórias.

é tanta coisa acontecendo que eu nem sei que rumo eu tomo. fiz duas entrevistas. eu ia mudar pra um apto muito legal, mas agora nem vou mais. longas conversas de msn com um amigo improvável, que acaba se tornando uma das melhores coisas trazidas pela firma colorida. preguiça das pessoas, choro engasgado na garganta o dia todo, a semana toda, o mês inteiro, desde que começou, até terminar. pessoas perguntando o que vai ser de mim, o que eu estou efetivamente fazendo. quis pular no pescoço do viado, ontem. as entrevistas eram pra uma agência legal, mas eu fiquei chocada com as pessoas trabalhando amontoadas. isso que dá não prever crescimento. 60 pessoas trabalhando onde cabem 30 não dá, meu bem. comprei doce de leite pra comer de colher, dormi menos do que gostaria a semana toda, acordei com os olhos inchados. pelo menos chegou meu rímel novo. voltei a tomar ritalina, pra ver se a cabeça, pelo menos, funciona como precisa. eu queria achar um jeito de desabilitar a função emoção, nesse momento. ser racional é o último grito, dizem. o viado falou. tem que ser pragmático. quase que eu mandei ele se fOder, com ênfase no O, como ele mesmo gosta de falar, com aquele sotaque. é fácil falar quando não é com a gente. a sola da bota favorita estragou, eu tentei arrumar com uma superbonder e a emenda ficou pior do que o soneto. choveu e fez frio. o gerente sem covinhas apareceu de surpresa na minha mesa, mas ele perdeu o brilho. teve chopp de comemoração pelo co-worker que vai casar, e eu fui sem querer ir. gerente de covinhas me deu um apelido fofo, e agora só me chama por ele. e eu engulo o choro, a cada vez que ele diz. o pen drive morreu na mão da mulher que estava me entrevistando, quando eu ia mostrar umas coisas pra ela. fiasco total. conversas perdidas no msn com amiga querida e distante, e de repente eu pego amor profundo às pessoas e quero pedir colo pra todo mundo. hoje eu acordei e não conseguia levantar da cama. fiquei lá. meu pai me ligou, dizendo que estava me mandando um pen drive novo por sedex. essa é a forma que ele encontra de ser fofo, mesmo a tantos km de distância. quando eu finalmente me levantei e fui pro trabalho, com as sapatilhas verdes, estava chovendo e eu molhei os pés. usei meu casaco fofo, pelo menos. se é pra ficar sofrida, que seja vestida com meu casaco de tweed. a agência legal com pouco espaço pras pessoas tem um lounge, com mesinhas felizes, tv gigante e wii. comprei os livros que o gerente de covinhas andou me emprestando. vou reler, com calma. desde o dia em que eu saquei que não ficaria na firma colorida que eu não consigo mais ler, o livro me pesa nos braços. é fase, eu sei. o doce de leite foi a melhor coisa da semana. vou trabalhar quinta e sexta. não é hora de ficar de frescura com feriado.

***

Tem sempre dois tipos de frases lugar-comum pra situações como a minha. Gente que vai encher a boca e dizer que o que importa é ter vivido a experiência, mesmo que tenha estraçalhado o coração no final. Eu sou de outra teoria. Se eu tivesse a mais remota ideia do sofrimento e dor no coração que eu sentiria ao ter de sair de lá, eu jamais teria aceitado entrar. Eu me poupo. Me preservo. É isso que eu faço. É isso que eu deveria ter feito.

2 comentários:

Lu_Russa disse...

Olá,não sei seu nome, cheguei aqui hoje, do nada.
Estou amando sua essência, sua sinceridade, seus posts são muito verdadeiros, falam muito de vc.

Parabéns pelo blog

bjoss

LuRussa
www.garotinharuiva.blogger.com.br

Anônimo disse...

Sou amiga da Juju! :)

Isso aqui " de repente eu pego amor profundo às pessoas e quero pedir colo pra todo mundo." é todo dia comigo. O parágafo final também.

Vou ficar lendo mais, boa sorte :)