Ontem foi um dia estranho. Um dia normal, mas com revelações estranhas. Revelações óbvias, nada demais, eu já sabia, rá, mas é sempre uma surpresa ouvir.
Sabe quando você tem certeza de que alguém não gosta de você? Na maioria das vezes, você também não gosta da pessoa, e a especulação nem chega a ter algum valor. É algo que você imagina, não é real. Mundo das idéias. E, você pensa, se for real, dane-se, e daí. Não ligo. Mas aí, de supetão, como um raio, chega alguém e diz. Aquela pessoa (ou pessoas, ou whatever) me disse que não gosta de você. E isso joga o mundo das idéias no mundo real, e isso vira algo com o qual é preciso lidar.
Eu não lido bem com rejeição. Tenho uma tendência doentia a levar tudo para o lado pessoal, mesmo. E sei que não deveria me importar com o que os outros dizem ou pensam de mim, imagine. Mas a verdade é que eu me importo mais do que deveria e muito mais do que gostaria. E a tal revelação lá de cima acabou me deixando meio paranóica. O que eles disseram, eu perguntei. Nada, foi a resposta. Não posso dizer. Junto ao "não posso dizer", esboçou-se um arremedo de sorriso, de algo engraçado e que, pior, a pessoa que portava a notícia, concordava. Senão não ria, simples assim. Fiquei infernizando, perguntando o que exatamente foi dito, por quem, em que contexto. Mas o que gritava dentro da minha cabeça era outra questão, ainda mais importante: "como alguém pode não gostar de mim?". Eu me acho legal, sabe? Engraçada, essas coisas. Espirituosa. E eu entro em uma loucura de achar que é obrigação das pessoas me acharem legal. Mesmo aquelas que EU não gosto. Sei lá. Acho que Hitler devia pensar assim.
Então, fiquei com raiva. Raiva das pessoas que não gostam de mim (porque eu não sou adorável coisa nenhuma, porque eu reclamo delas também, porque boa parte da minha ironia e do meu sarcasmo são direcionados a elas em horário comercial), e raiva da pessoa que vem me contar uma coisa dessas. Porque eu era mais feliz apenas especulando, e eu não quero saber que alguém disse com todas as letras que não gosta de mim. E porque eu não consegui arrancar mais nada, nenhuma informação relevante dessa pessoa, e porque eu acho que ela não deveria - sendo minha amiga, veja bem - circular com tanta desenvoltura entre dois grupos tão opostos, e porque ultimamente eu tenho juntado peças de um quebra-cabeças que eu não gosto de ver montado. Not pretty. Not pretty at all.
E então, voltamos à Madame Ç paranóica em versão Big Brother, aquela que sai da casa com 93% de rejeição. E eu não sei até que ponto eu fui prejudicada com a edição. O resultado dessa confusão toda dentro da minha cabeça foram três sonhos intranqüilos. No primeiro, eu era ODIADA pela minha turma de mba. Eu chegava em uma mesa onde estavam todos sentados e não era nem um pouco bem vinda. Eles ficavam cochichando entre si algo como "o que ela está fazendo aqui, quem chamou essa garota", etc. No segundo sonho, um macaquinho entrava na minha casa, me perseguia, pulava em mim e me mordia no pescoço. Mordia doído, uma dor que me acompanhou no terceiro sonho e que me fez olhar no espelho, de manhã, pra ver se tinha alguma marca. Pois bem. Eu tentava matar o macaco com um cabo de vassoura, mas ele era mesmo impossível. No terceiro sonho, algo típico de momentos de stress, a nova versão do sonho "pelada na escola". Eu sonhava que perdia o meu carro, que eu não achava ele onde eu tinha parado, ou não sabia bem onde eu tinha estacionado. Ficava lá, com a chave na mão, procurando um carro que não existia. Sem chão.
Daí, cheguei à brilhante conclusão de que talvez seja a hora de eu voltar a encarar o psycho. O analista, aquele a quem eu dei alta há menos de um ano atrás.
Sabe quando você tem certeza de que alguém não gosta de você? Na maioria das vezes, você também não gosta da pessoa, e a especulação nem chega a ter algum valor. É algo que você imagina, não é real. Mundo das idéias. E, você pensa, se for real, dane-se, e daí. Não ligo. Mas aí, de supetão, como um raio, chega alguém e diz. Aquela pessoa (ou pessoas, ou whatever) me disse que não gosta de você. E isso joga o mundo das idéias no mundo real, e isso vira algo com o qual é preciso lidar.
Eu não lido bem com rejeição. Tenho uma tendência doentia a levar tudo para o lado pessoal, mesmo. E sei que não deveria me importar com o que os outros dizem ou pensam de mim, imagine. Mas a verdade é que eu me importo mais do que deveria e muito mais do que gostaria. E a tal revelação lá de cima acabou me deixando meio paranóica. O que eles disseram, eu perguntei. Nada, foi a resposta. Não posso dizer. Junto ao "não posso dizer", esboçou-se um arremedo de sorriso, de algo engraçado e que, pior, a pessoa que portava a notícia, concordava. Senão não ria, simples assim. Fiquei infernizando, perguntando o que exatamente foi dito, por quem, em que contexto. Mas o que gritava dentro da minha cabeça era outra questão, ainda mais importante: "como alguém pode não gostar de mim?". Eu me acho legal, sabe? Engraçada, essas coisas. Espirituosa. E eu entro em uma loucura de achar que é obrigação das pessoas me acharem legal. Mesmo aquelas que EU não gosto. Sei lá. Acho que Hitler devia pensar assim.
Então, fiquei com raiva. Raiva das pessoas que não gostam de mim (porque eu não sou adorável coisa nenhuma, porque eu reclamo delas também, porque boa parte da minha ironia e do meu sarcasmo são direcionados a elas em horário comercial), e raiva da pessoa que vem me contar uma coisa dessas. Porque eu era mais feliz apenas especulando, e eu não quero saber que alguém disse com todas as letras que não gosta de mim. E porque eu não consegui arrancar mais nada, nenhuma informação relevante dessa pessoa, e porque eu acho que ela não deveria - sendo minha amiga, veja bem - circular com tanta desenvoltura entre dois grupos tão opostos, e porque ultimamente eu tenho juntado peças de um quebra-cabeças que eu não gosto de ver montado. Not pretty. Not pretty at all.
E então, voltamos à Madame Ç paranóica em versão Big Brother, aquela que sai da casa com 93% de rejeição. E eu não sei até que ponto eu fui prejudicada com a edição. O resultado dessa confusão toda dentro da minha cabeça foram três sonhos intranqüilos. No primeiro, eu era ODIADA pela minha turma de mba. Eu chegava em uma mesa onde estavam todos sentados e não era nem um pouco bem vinda. Eles ficavam cochichando entre si algo como "o que ela está fazendo aqui, quem chamou essa garota", etc. No segundo sonho, um macaquinho entrava na minha casa, me perseguia, pulava em mim e me mordia no pescoço. Mordia doído, uma dor que me acompanhou no terceiro sonho e que me fez olhar no espelho, de manhã, pra ver se tinha alguma marca. Pois bem. Eu tentava matar o macaco com um cabo de vassoura, mas ele era mesmo impossível. No terceiro sonho, algo típico de momentos de stress, a nova versão do sonho "pelada na escola". Eu sonhava que perdia o meu carro, que eu não achava ele onde eu tinha parado, ou não sabia bem onde eu tinha estacionado. Ficava lá, com a chave na mão, procurando um carro que não existia. Sem chão.
Daí, cheguei à brilhante conclusão de que talvez seja a hora de eu voltar a encarar o psycho. O analista, aquele a quem eu dei alta há menos de um ano atrás.
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