então agora são 3h59 e eu estou aqui, fazendo uma playlist pra colocar no carro novo amanhã. peugeotzinho companheiro de todas as aventuras vai, agora, passear por outras ruas, fazer outros caminhos, nas mãos de outros motoristas.
foi ele que me trouxe pra são paulo. foi ele que me levou pro trabalho, pra ver os queridos, foi ele que me viu chorar voltando pra casa depois de algum coração partido. quando eu busquei ele na concessionária, idos de 2004, cinquenta e poucos mil quilometros já rodados com um alguém que não era eu, me lembro bem. botei um cd da alanis. supposed former infatuation junkie, e fui cantarolando, e perdi de propósito o retorno de casa só porque eu queria passear mais com ele na avenida das américas.
hoje quando eu levei ele no detran pra trocar a placa de rio de janeiro pra são paulo, deu um aperto no coração. meu carro é carioca. assim como eu sou. da mesma forma que eu parei de falar butão e comecei a falar bOtão, assim, com ênfase no o, e me adequar, me ajustar a essa cidade que eu já sinto como minha, é hora do peugeotzinho virar paulistano.
e de deixar de ser meu.
eu gosto de imaginar as histórias que ele viveu antes de mim. a tinta meio desbotada no isqueiro me fez pensar que a antiga dona era fumante. o botão do ar-condicionado, também desbotado. ex dona calorenta. das minhas marcas, ficam o arranhão grande no parachoques traseiro, do dia que eu fiz uma curva mal calculada aqui na garagem do prédio. fica a sombra de uma cabeça de hello kitty, adesivo que eu arranquei uns dois anos depois, mas que deixou ali sua marca. aquele era um carro de menina.
eu deixo com o peugeotzinho velho de guerra todas as minhas histórias, todas as idas e vindas, e amigos carregados, e causos contados. e eu gosto aqui de pensar com meus botões de que o próximo dono vai saber que ele foi bem cuidado, e que ele tem uma história, que é também minha.
o carro novo é fofo. é lindo, é carro que eu sempre quis. é carro que eu me dei, e que vai me deixar pobre um tempinho. faz mal não. às vezes é bom isso, de parar de andar aos passinhos e assim, só pra variar, esticar as pernas e pular.
que venham as novas histórias, do carro que nasce paulistano. assim como eu já sou. o carro novo vai nascer ouvindo regina spektor.
foi ele que me trouxe pra são paulo. foi ele que me levou pro trabalho, pra ver os queridos, foi ele que me viu chorar voltando pra casa depois de algum coração partido. quando eu busquei ele na concessionária, idos de 2004, cinquenta e poucos mil quilometros já rodados com um alguém que não era eu, me lembro bem. botei um cd da alanis. supposed former infatuation junkie, e fui cantarolando, e perdi de propósito o retorno de casa só porque eu queria passear mais com ele na avenida das américas.
hoje quando eu levei ele no detran pra trocar a placa de rio de janeiro pra são paulo, deu um aperto no coração. meu carro é carioca. assim como eu sou. da mesma forma que eu parei de falar butão e comecei a falar bOtão, assim, com ênfase no o, e me adequar, me ajustar a essa cidade que eu já sinto como minha, é hora do peugeotzinho virar paulistano.
e de deixar de ser meu.
eu gosto de imaginar as histórias que ele viveu antes de mim. a tinta meio desbotada no isqueiro me fez pensar que a antiga dona era fumante. o botão do ar-condicionado, também desbotado. ex dona calorenta. das minhas marcas, ficam o arranhão grande no parachoques traseiro, do dia que eu fiz uma curva mal calculada aqui na garagem do prédio. fica a sombra de uma cabeça de hello kitty, adesivo que eu arranquei uns dois anos depois, mas que deixou ali sua marca. aquele era um carro de menina.
eu deixo com o peugeotzinho velho de guerra todas as minhas histórias, todas as idas e vindas, e amigos carregados, e causos contados. e eu gosto aqui de pensar com meus botões de que o próximo dono vai saber que ele foi bem cuidado, e que ele tem uma história, que é também minha.
o carro novo é fofo. é lindo, é carro que eu sempre quis. é carro que eu me dei, e que vai me deixar pobre um tempinho. faz mal não. às vezes é bom isso, de parar de andar aos passinhos e assim, só pra variar, esticar as pernas e pular.
que venham as novas histórias, do carro que nasce paulistano. assim como eu já sou. o carro novo vai nascer ouvindo regina spektor.
Um comentário:
se eu penso num carro pra você, me vem C3 na cabeça. assim, na lata. heh.
boas aventuras com a nova caranga, madame! :)
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