quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

jantar, emprego e tênis de oncinha

Considerando o meu histórico de ultimamente, eu não vou passar na tal entrevista. Eu já comecei a tentar me acostumar com a idéia, caso resolvam realmente apostar em mim. Não é o lugar que eu queria trabalhar quando decidi largar tudo e vir pra São Paulo. No Rio, eu já fazia o que não gostava. Jogar tudo pro alto faz parecer que eu só devo fazer o que eu gosto, efetivamente. Mas, convenhamos, não é assim que a vida real funciona. E eu tenho tempo para fazer outros acertos de rota. A mudança de cidade já foi um GRANDE acerto de rota.

Daí hoje teve um jantar aqui em casa, para amigas que ainda não tinham vindo ver o apartamento. Um dos namorados presentes trabalha na Converse, e obviamente foi bombardeado com questões sobre falsificações and stuff. Aliás, descobri uma história maravilhosa, sobre o motivo de Converse no Brasil ser All Star. Talvez seja história batida, mas fato é que eu desconhecia. E achei genial. Conto mais tarde, em outro post. Palavra de escoteira.

O engraçado é que ele fica muito contrariado mesmo quando falamos dos tênis falsificados, e me ensinou a, pela sola, identificar um tênis legítimo de um não-legítimo. Os não-legítimos, por assim dizer, têm lá o seu encanto, e ele não teve como discordar. Apenas silenciou. Daí, aproveitei a presença ilustre para pedir informações sobre o tênis que eu mais quero comprar, e que não é fácil assim de encontrar.

Um converse de oncinha, de pelinho. Preciso. Quase desanimo com a idéia de investir no sapato que, caso eu seja raptada pelas paredes cinzas do corporativo, ficará guardado no armário. Mas eu preciso tanto, sabe? Quase condiciono minha felicidade a isso, nesse momento. Um tênis de oncinha. Se eu não for aprovada, ando pelas ruas com ele, e boto foco total em alguma empresa que não se importe que eu me calce com animal print engraçadinho. Se eu for aprovada, o sapato terá um significado especial, um statement de que algumas coisas can’t be taken away from me.

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