terça-feira, 16 de setembro de 2008

Frio na metrópole

Eu não gosto da idéia de não estar trabalhando. Falta de rotina bagunça com a minha vida. Eu acabo dormindo tarde demais e, conseqüentemente, acordo tarde demais. Fico mais do que deveria no computador, e a televisão vira a maior companheira de todas. E eu sei que ficar sem trabalhar foi escolha minha. E que é preciso ter paciência, blablabla whiskas sachê. Até que eu tenho paciência, sabe? Os currículos estão sendo enviados, os contatos estão sendo feitos. Mas geralmente, a idéia de não estar "produzindo" me bagunça a cabeça.

Hoje não. Hoje eu entendi o que é o tal frio de São Paulo. Voltando pra casa, no início da tarde, me bateu uma alegria ABSURDA por hoje, só hoje, eu não precisar ir trabalhar e poder colocar o pijama bonitinho de flanela, duas meias em cada pé, me enfiar embaixo do edredom com o computador no colo e assistir Seinfeld.

E eu quero comprar um termômetro, desses que a gente coloca na janela pra saber quantos graus está fazendo lá fora. Pra saber exatamente a medida do meu sofrimento, pra poder ligar pras pessoas e contar exatamente a medida do meu sofrimento. Pra contar vantagem sobre o frio que eu estou suportando. Que eu sou forte, e que me adapto ao environment, whatever.

A verdade é que mesmo com a falta do que fazer e com a relativa incerteza sobre o que vai ser de mim na cidade grande (rá), eu estou absolutamente feliz. E não trocaria isso pela minha vida de até outro dia, no Rio de Janeiro, com trabalho e salário, por nada.

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