Então, gente. Preciso contar. Tinha umas semanas que eu vinha recebendo email do galerê do colégio, dos tempos de cidade siderúrgica.
Eu não sou uma people person, preciso dizer.
Os e-mails começaram a chegar, e galerê respondendo, e um "churras" sendo combinado. Todo mundo se chamando de gnomo, e batata, e coisas que só faziam sentido lá em 1998.
Em 1998, eu já tinha personalidade o suficiente pra saber exatamente quais daquelas pessoas iriam continuar na minha vida.
E elas continuam. Todas as seis.
Modos que eu não quero me encontrar com galerinha animada da escola. Não quero saber o que fazem, o que pretendem fazer. O pouco que eu sei já me apavora o suficiente. Tipo a japonesa que pegou o menino que eu gostava, e fez microbiologia. Ela era boa aluna, e fez uma faculdade legal, mas hoje manda e-mails de uma empresa de turismo no Rio de Janeiro. To julgando não.
Teve o menino que virou vereador lá da cidade vizinha, e aparece em santinhos photoshopados all over the place. Pra mim, entendam, essas pessoas ficaram exatamente onde deveriam ficar. Em 1998. Não me interessa saber deles. Esse tipo de encontro, eu acho, só serve pra passar recibo. Oi, eu sou fulana, eu casei, eu tenho um bom emprego, eu sou bem sucedido. Eu não tenho a menor necessidade de ir lá dizer meus good deeds. Porque não faz diferença. E porque, really, eu acho meio deprimente.
E aí a japa freak que roubou o meu menino que eu amava em 1998, me aparece no msn, se convida pra ir na minha casa, e diz que a gente precisa retomar contato. E eu. WHUT? E ela diz que a gente se divertia a valer. Well. Eu me lembro dela pegando o professor de inglês, Thales, um japonês muito sem vergonha. E de pegar o professor de física, que by the way, fez a limpa na sala. Rumores dão conta de que ela também pegou o de geografia e o de história, mas sabe como é. Talvez isso fosse diversão pra ELA. Eu não achava divertido perder meus sábados aprendendo a porra dos carbonos encadeados que eu não ia usar pra nada na vida futura.
Eu era bem ruim em química e física, e era tortura mesmo ficar tentando aprender aquelas coisas. Eu ainda não tinha encontrado a Ritalina na minha vida. Eu queria era ir pra casa da minha amiga, que era irmã mais nova do menino que eu gostava, e fingir que eu estava estudando enquanto mendigava um resto de atenção. Tom já reinava naquela época.
Então, não tenho bons tempos a relembrar. A pessoa que eu sou em 2009 está a anos luz da pessoa que eu fui em 1998. Essa é mais legal, nem se compara. Essa aprendeu a ter bons cortes de cabelo, e usa roupas mais legais. E mora na cidade grande, exatamente como queria. Ainda que continue levando foras de meninos. Pelo menos ela encara com mais dignidade. Agora, me diz. Tem cabimento ir lá na cidade siderúrgica dizer pra essas pessoas que EU ACHO que eu dei certo na vida?
E agora pipocam as fotos no facebook. O tempo não foi generoso com eles. Talvez por isso eles tenham ficado congelados lá atrás. Pra eles, realmente, aquela época era mais legal.
Eu não sou uma people person, preciso dizer.
Os e-mails começaram a chegar, e galerê respondendo, e um "churras" sendo combinado. Todo mundo se chamando de gnomo, e batata, e coisas que só faziam sentido lá em 1998.
Em 1998, eu já tinha personalidade o suficiente pra saber exatamente quais daquelas pessoas iriam continuar na minha vida.
E elas continuam. Todas as seis.
Modos que eu não quero me encontrar com galerinha animada da escola. Não quero saber o que fazem, o que pretendem fazer. O pouco que eu sei já me apavora o suficiente. Tipo a japonesa que pegou o menino que eu gostava, e fez microbiologia. Ela era boa aluna, e fez uma faculdade legal, mas hoje manda e-mails de uma empresa de turismo no Rio de Janeiro. To julgando não.
Teve o menino que virou vereador lá da cidade vizinha, e aparece em santinhos photoshopados all over the place. Pra mim, entendam, essas pessoas ficaram exatamente onde deveriam ficar. Em 1998. Não me interessa saber deles. Esse tipo de encontro, eu acho, só serve pra passar recibo. Oi, eu sou fulana, eu casei, eu tenho um bom emprego, eu sou bem sucedido. Eu não tenho a menor necessidade de ir lá dizer meus good deeds. Porque não faz diferença. E porque, really, eu acho meio deprimente.
E aí a japa freak que roubou o meu menino que eu amava em 1998, me aparece no msn, se convida pra ir na minha casa, e diz que a gente precisa retomar contato. E eu. WHUT? E ela diz que a gente se divertia a valer. Well. Eu me lembro dela pegando o professor de inglês, Thales, um japonês muito sem vergonha. E de pegar o professor de física, que by the way, fez a limpa na sala. Rumores dão conta de que ela também pegou o de geografia e o de história, mas sabe como é. Talvez isso fosse diversão pra ELA. Eu não achava divertido perder meus sábados aprendendo a porra dos carbonos encadeados que eu não ia usar pra nada na vida futura.
Eu era bem ruim em química e física, e era tortura mesmo ficar tentando aprender aquelas coisas. Eu ainda não tinha encontrado a Ritalina na minha vida. Eu queria era ir pra casa da minha amiga, que era irmã mais nova do menino que eu gostava, e fingir que eu estava estudando enquanto mendigava um resto de atenção. Tom já reinava naquela época.
Então, não tenho bons tempos a relembrar. A pessoa que eu sou em 2009 está a anos luz da pessoa que eu fui em 1998. Essa é mais legal, nem se compara. Essa aprendeu a ter bons cortes de cabelo, e usa roupas mais legais. E mora na cidade grande, exatamente como queria. Ainda que continue levando foras de meninos. Pelo menos ela encara com mais dignidade. Agora, me diz. Tem cabimento ir lá na cidade siderúrgica dizer pra essas pessoas que EU ACHO que eu dei certo na vida?
E agora pipocam as fotos no facebook. O tempo não foi generoso com eles. Talvez por isso eles tenham ficado congelados lá atrás. Pra eles, realmente, aquela época era mais legal.
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Tem.
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