sábado, 11 de outubro de 2008

Eu preciso começar esse post dizendo que eu não sou exatamente bonita. Não sou feia, isso de jeito nenhum, mas nunca fui de despertar paixões avassaladoras ou de parar o trânsito. Naqueles filmes anos 80 que a gente via na Sessão da Tarde, eu seria, talvez, a melhor amiga, engraçada, espirituosa, whatever. Melhor amiga não ganha final feliz em sessão da tarde, convenhamos. Eu era a garota que saia das festas sozinha e que via os meninos que eu gostava ficarem com as minhas amigas. Isso já foi motivo de sofrimento, mas depois de alguma terapia, eu simplesmente got over myself and moved on.

Eu sempre compensei na personalidade. Sempre fui mais inteligente que as minhas amigas que pegavam os meninos que eu gostava, sempre fui mais engraçada. Talvez por isso eu ache muito mais interessantes, hoje em dia, caras que não sejam exatamente modelos de beleza. Eu me prendo em personalidade, em inteligência, senso de humor, coisinhas outras. E, naturalmente, gosto de achar que é isso que deve chamar a atenção em mim.

Não sou boa em fazer charme, mexer no cabelo e achar que as pessoas simplesmente se encantarão comigo. Não consigo fazer charminho no trânsito, por exemplo, pra conseguir a vez. Não consigo, acho até meio ridículo. Não espero qualquer facilidade por ser mulher. Não espero que me dêem a vez, não conto com favores. Funciono bem dessa forma, resolvendo os meus perrengues eu mesma.

Não dou mole pra caras que eu não esteja a fim, não encorajo caras que não têm chance comigo. Não brinco com sentimentos alheios, tenho horror a assistir gente apaixonada sendo feita de boba. Dói o meu coração assistir a esse tipo de espetáculo. Eu já fui personagem principal de espetáculos públicos de coração partido, o meu. Isso é algo que ensina, você se protege e aprende a não expôr terceiros. Eu não acho que isso é bobagem. Tem gente que fica fudido pelo resto da vida depois de um pé na bunda mal dado. Cuidado nunca é demais.

Um comentário:

Anônimo disse...

mas na hora de se....


deixa quieto.