Sonhei com o meu quarto, não esse, o lá da cidade siderúrgica, onde cresci, onde moram os meus pais, a minha avó, e onde está enterrado o meu cachorro. Estava em um grupo, fazendo um trabalho, desses bem de colégio, com papéis coloridos e gente reunida, sentada no chão, fazendo da cama uma mesa, a mesa de trabalho. Olhei pela sacada e vi o céu. Estava estrelado, e eu quase podia identificar pelo nome as constelações que nem conheço. As estrelas faziam desenhos, e um desses desenhos se moveu formando a figura de um homem, um esqueleto. O esqueleto desceu do céu, e eu pude ver que ele era suspenso por cordas, daquelas que suspendiam Ethan Hunt em Missão Impossível, o primeiro dos filmes. Ele vinha descendo e de repente parou na sacada do meu quarto. A essa altura, nem era mais um esqueleto, era um homem coberto com um uniforme branco, igualzinho a um power ranger. Estava filmando um comercial para a televisão e entrou filmando no meu quarto, e de repente eu era parte do comercial. Eu ficava constrangida, mas participava meio fingindo não ligar, assim, meio blasé. Me assisti na televisão e fiquei satisfeita com o resultado, me achei bem natural, bonita, até. No comercial que o power ranger que desceu das estrelas ia filmando. E então eu saí de casa com os meus papéis coloridos, em direção a uma rua bem conhecida lá na cidade e, ao tentar tirar minha câmera da bolsa pra fotografar a lua, que estava linda, deixei os papéis caírem. O Lázaro Ramos, que vinha passando, me ajudou a recolher os papéis. Eu agradeci, porque sou moça bem educada.
Pedi férias no trabalho.
Pedi férias no trabalho.
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