terça-feira, 15 de maio de 2012

azedou


eu não cansei de ter blog. eu cansei de ter gente que me conhece passando o endereço adiante, ou vindo aqui por motivos não muito nobres. eu cansei das ameacinhas veladas, sempre escondidas num sorrisinho. vou falar o teu blog pra todo mundo, hein? eu cansei das análises supostamente maduras insinuando que era infantilidade minha manter esse espaço. 

cansei, sabe? mas eu não cansei de escrever. à medida que isso aqui ia sendo passado de amigo em amigo, ficou chato. politicamente correto. corretamente chato.

então é isso. essa é a minha condição pra continuar escrevendo. quero os "amigos" bem longe. boa parte deles só me trouxe aborrecimento, anyway. a parte boa de ter blog era gente desconhecida lendo.

let's go back to the start. :)

terei o maior prazer em passar o novo endereço. basta me mandar um e-mail pedindo. :)

ah, claro. e basta não ser uma dessas criaturinhas do mundo real.


terradagarota@hotmail.com



domingo, 13 de maio de 2012

o amigo que era chefe pediu demissão. me ligou numa segunda à noite pra contar. não era como se eu já não soubesse que algo dessa natureza acabaria acontecendo. ele já vinha se desligando. há meses. a grande corporação pesou nos ombros.

desliguei o telefone e chorei. um choro sentido, de susto, de medo. fui chacoalhada com a informação. daí respirei fundo e lidei. esperei pelos dias seguintes, o pedido oficial, o aviso à equipe. a minha poker face dizendo que tudo ia ficar bem, quando eu mesma não tinha muita certeza.

acabou ficando tudo bem. o trabalho segue, e a verdade é que até deu uma acelerada. fiquei mais ocupada. foi bom. a grande corporação demorou a me conquistar. passei meses e meses sem certeza se era isso que eu queria. se eu conseguia me ver no meio daquelas pessoas tão diferentes. aos poucos, a sensação veio. aquela coisa de pertencimento, de saber que faz parte, de se sentir bem.

uma sensação familiar começa a tomar forma, depois de longos 8 meses. a sensação de estar em casa. exatamente o que estava faltando, o que eu precisava pra seguir em frente.

quarta-feira, 2 de maio de 2012

i`m back

desaprendi escrever. perdi o hábito. daí sumi uns dias, voltei e pá. o blogger mudou. não sei se foi ontem, antes de ontem, semana passada. e daí que ele mudou? eu mudei, também. parei o mimimi, vejam só. nem me reconheço. fico olhando do alto essa pessoa put together que nem paciência de parar dois míseros segundos pra discutir a relação, e que teve semi alta da terapia. pois é, folks. não foi bem alta. mas assim. agora, freud de 15 em 15 dias. porque eu tava ficando com preguiça de desenrolar as histórias. e outro dia eu briguei com um coworker e ele ficou magoadinho. e a garota que um dia eu fui ficaria culpada, e tentaria discutir e se entender com a criatura. mas quando juntou três dias de muxoxo ali do meu lado, eu disse. amigue, o que é que tá pegando? such a girrrllll.

dai-me paciência. a girl em questão era menino. whatever. ando com preguiça até de desenrolar sobre a criatura. meodeos.

carol disse que eu preciso de inimigos pra manter o blog. taí uma coisa meio certa. caso contrário isso aqui vira um porre, cheio de finais felizes e posts contemplativos. eu tô tratando de levar algumas pessoas pra esse posto, mas haja esforço. porque nem bons vilões eu arrumo. tava empolgada querendo falar de trabalho, daí a amiga que virou coworker foi lá e deu com a lingua nos dentes. ensinou serena van der woodsen a buscar meu blog. e adivinha só?

oi, serena querida. conto com sua discrição. já que não pude contar com a discrição da amiga.

história da minha vida.

nem puta eu tô mais, vejam só. tô com preguiça. até de brigar bla bla bla você dedurou meu blog. i`ve had enough.

desisti não. já volto.

quarta-feira, 11 de abril de 2012

dda maldito

tinha escrito *o melhor post* descrevendo em detalhes o coxinha que atende pelo cargo de gerente de projetos do meu projeto.

dei ctrl + x, pra copiar e colar no email, onde eu ia depois transferir pro blog. sim, eu tenho esse tanto de trabalho. pra ir filtrando, filtrando, até achar o texto publicável, já que tinha uma vibe evil manager ali. não evil, evil. até a evil devia ser mais competente que o coxinha. pois é.

no meio do ctrl + x alguma coisa me distraiu. danei a fazer conta e salvei um resultado.

perdi.o.texto.

destino?
burrice?
sorte, já que meu chefe é também amigo fora de horário comercial e lê o blog?

nunca saberemos.

terça-feira, 3 de abril de 2012

back on track

gasto pequenas fortunas no cartão de crédito. trench coat da zara, araras do quarto de vestir, coisinhas fofas pra casa. pintamos a parede pink de verde. ana diz que é azul, e de fato a referência era o tiffany blue, diretamente de um folheto desses que mostram alianças e diamantes. mas se tem amarelo, amigues, é o que eu digo. verde.

fico tão bonito. namorado e eu pintamos e mal acreditamos no resultado. eu tenho certeza de que ele achava que não daria certo. e deu. como todo o resto vem dando. certo.

tenho preguiça, e agora o trabalho voltou a acelerar. voltei a ficar presa em reuniões, e o tal do mercúrio retrógrado e fez arranjar um monte de briga na grande corporação. passou, passou. eu tava certa, anyway. quase sempre eu estou.

a estante da sala virou bar, com dois nichos tomados por bebidas. já é claro. naquela casa, mora um menino. a ex roomate virou coworker, serena van der woodsen fofa está saindo com um chuck bass, a vida volta à ordem, assim, aos poucos.

até esfriou, vejam só.

<3

quarta-feira, 28 de março de 2012

que ano é hoje?

eu tenho um trabalho difícil que é tentar convencer a grande corporação de que já é 2012. e que não, não é o fim do mundo. eles estão em 1995. a impressão é clara. os processos demonstram. tudo é difícil. internet parece uma coisa do futuro, e ó, super vai funcionar. aham.

e eu, descabelada, rouca, exausta. NÃÃÃO. NÃÃÃO. já é o futuro, pessoal. internet já é realidade, já existe, e já dá certo. não é tão dificil. não precisa ser. é certamente mais fácil do que vocês assumem que seja e olha ali, pela janela. tá vendo aquele prédio? é a firma colorida. eles estão fazendo internet ali. e não. não é difícil. 

dá trabalho, trabalho dá, sim. não tem como não dar. mas é por isso mesmo que chega salário no fim do mês. não vamos reclamar. a vida até que é boa.

e neguinho afunda na cadeira, e diz que eu não entendo os processos. que as reuniões do programa - que são obrigatórias - não têm assim tanta necessidade de acontecer. e é claro que têm. meodeos. 

daí eu tenho vivido essa vida de bater nas pessoas. de atravessar reuniões, discordar, discordar, discordar. querer morrer um pouquinho, tomar fôlego, discordar. são altos e baixos. eu desisto da briga, tento me acostumar àquele ritmo, mais lento e pesado. canso, acelero, bato mais um pouquinho. questiono, exponho, discordo. ah. você precisa entender. aqui as coisas são assim.

não. não são. e eu não fui chamada pra me afundar na cadeira e e me acomodar aos processos. eu gosto de pensar que eu fui parar ali porque há um trabalho a ser feito, um trabalho muito mais dificil do que botar o projeto pra funcionar, que é o de conscientizar as pessoas da importância das reuniões que, sendo obrigatórias, precisam sim, acontecer. e apontar pra janela, e dizer que dá, sim, pra fazer. que só dá trabalho. mas que é possível.

sinto saudades do daniel querido rindo com uma cara satisfeita quando eu falo de algum problema e me dizendo "me dê cinco minutos"pra dali a pouco me apresentar a solução. e achar legal eu achar ele gênio.

eu só tenho preguiça de gente que tem preguiça. 

segunda-feira, 19 de março de 2012

o msn como metáfora da vida em geral

vou notando aos pouquinhos algumas mudanças. sempre usei msn para o trabalho. minha taxonomia para os contatos sempre foi a mesma. um #nomedafirrrma, um #amigos e um #theothers.

mudava a empresa, mudava o nome do primeiro grupo, e redirecionava os contatos. quem tivesse virado amigo ia para a pasta de amigos, quem tivesse valor inexistente era deletado, quem tivesse algum tipo de serventia eventual (contato de trabalho, mercado), ia pra the others. a pasta the others servia, também, para guardar desafetos ou amigos em processo de delete na vida em geral. enquanto eu não era forte o suficiente para cortar de vez o laço, ficavam ali, guardados, numa espécie de limbo. 

saí da firma e vim pra grande corporação. anotem aí. 6 meses. nunca troquei o nome da firma colorida no msn, nunca criei a pasta com o nome da grande corporação, nunca carreguei as pessoas para as pastas amigos ou the others. meu msn ficou congelado, enquanto eu tentava firmar meus pés na escolha que tinha feito.

de fevereiro pra cá, mudanças. indiquei amigos para algumas vagas, e já esbarro em um ou outro querido pelos corredores. já existe aquele levantar de sobrancelhas em reconhecimento, aquele small talk de cozinha, aquele sentimento de estar à vontade, mais em casa. sou dona desse chão que eu piso. já existem novos queridos, já existem amigos antigos aqui e acolá. já existe o olhar que não precisa de palavras.

minha mudança finalmente está feita.

coincidência ou não, as pessoas começaram a pedir o contato do msn. talvez seja hora de apagar a firma colorida de lá, mover os contatos entre as pastas, e abrir esse espaço novo, que vai ocupar os meus dias daqui pra frente. que já ocupa os meus dias há seis meses, mas que levou tempo. o tempo necessário. 

vamos lá.

segunda-feira, 5 de março de 2012

bato recorde de pobreza pagando as cadeiras novas, os vestidos, o tênis de oncinha. não consigo fazer dieta mas consigo comer direito. não consigo ir pra esteira, mas agora comecei a subir escadas. perder o fôlego em dois lances, onde já se viu? consegui parar de roer as unhas, descasquei o teto do banheiro e agora precisamos chamar um pintor. "eu saio cinco minutos e quando volto você está demolindo a casa", disse o namorado quando voltou do supermercado. 


é ansiedade. 

quinta-feira, 1 de março de 2012

a vista aqui de cima

é bonita, não vou negar. os problemas são outros. são mais chatos. 

organizar processos, fazer com que eles funcionem, assumir a culpa se eles não funcionarem. 

definir que tipo de pessoa deve vir trabalhar comigo. pegar aqueles processos que eu criei ali em cima e dizer por quem eles são feitos.

imaginar essas pessoas. quem são, o que estudaram, que tipo de característica possuem. se se dão bem em ambientes silenciosos ou barulhentos, qual a capacidade ideal de concentração delas, o que elas devem fazer e qual deve ser a medida usada para definir se elas estão cumprindo com o prometido. definir o prometido que elas devem cumprir.

fazer conta, pesar consequencias. cobrar horários, *dar o exemplo*. 

(essa parte do exemplo e da cobrança eu odeio, odeio mesmo, mais que tudo. acredito numa sociedade livre, com todo mundo responsável, fazendo o que tem que fazer sem precisar de porteiro ou segurança atrás. mas anyway)

descobrir onde as pessoas estão, chamar elas pra conversar, pra conhecer. não ser simpática demais nas conversas, pra não gerar expectativas. falho miseravelmente. se eu gosto, eu sorrio com os olhos. smies, aqueles da tyra banks, na hora errada, com a audiência errada. se eu não gosto, sono profundo, vontade de morrer. que vida.

convencer a mocinha boazinha do rh que eu quero quem eu quero, e que não, eu não vou chamar aqui 200 pessoas *pra ter elemento de comparação* e poder dizer de forma neutra quem deve ser convidado a se juntar ao barco. nessa parte do processo, confesso. tenho muito carisma. sou um docinho, o rh me adora.

ser put together. acreditar na coisa toda. me portar como alguém que tem clara noção de onde está indo.

hahaha. como se fosse possível, né?

leap os faith, o nome disso. não há certezas, não há garantias. há fé.

quem diria. eu, que sempre fui pessoa racional, virei pessoa de fé.

john locke me entenderia.

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

tempo de ajustes

então eu e o meu menino fomos morar juntos. quer dizer. ele veio, eu permaneci exatamente onde estava. o quarto vazio que havia sido ocupado pela roomate ganhou mesas. a minha e a dele. minhas roupas continuam espalhadas, e parecem ter se multiplicado agora que o espaço nos armários aumentou. não sei, sinceramente, como elas cabiam no espaço anterior. convenci o namorado que, melhor que a bagunça, seria ele topar que o terceiro quartinho, menor e desses reversíveis, virasse só meu. ele topou incrivelmente rápido, e agora eu ando afogada em referências no pinterest para um espaço absolutamente girlie, com minhas roupas organizadas em araras. um quarto de vestir. só meu. <3

os outros armários podem ser dele, e podem abrigar aquelas coisas todas que a gente acumula e que são equivocadamente chamadas de bagunça. caixas da apple que a gente não consegue jogar fora (são tão bonitas), toalhas, caixa de remédios. a gente tem se divertido trocando lâmpadas, porque segundo ele eu sempre usei lâmpadas erradas, e os olhos dele ardem. eu passo meu tempo tentando ler as revistas antes de organizá-las. as cadeiras chegaram, e foram caras o suficiente para esperarem a mesa mais um pouquinho. nesse meio tempo, me distraio com referências de lustres e paredes coloridas.

as pessoas me dizem que eu casei. acho a referência tão séria. um dia a gente casa. e eu vou vestir algum vestido com ares de melindrosa, só porque eu mereço. por enquanto, o clima é bom, de mais um passo, de mudança. ajuste dos planos de tv a cabo e internet, ajuste da quantidade de frutas que a gente consome, da frequencia das idas ao supermercado. dos horários de dormir. ajuste da vida em geral.

nunca nunca eu fui tão feliz. nem sabia que a vida podia ficar assim.

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

adestramento

se tem uma coisa que eu posso dizer sobre a grande corporação, é que aqui é um grande ambiente de adestramento de pessoas. pra tudo tem regra, tem processo, tem demora, tem protocolo. no início você bufa, reclama, briga, diz que não é assim. depois você vai aprendendo a se movimentar por entre as dificuldades, e vai entendendo que tem coisa que a gente pode contornar ao invés de brigar.

tudo tem um rh olhando. fazendo cara de "isso não é adequado". não se deve dar passos sem consultar antes. porque VEJA BEM, a companhia é muito sólida. Eu quero chegar mais tarde. não gosto de acordar cedo. Eu me recuso a colocar scarpins de bico fino e falar c a l m a e p a u s a d a m e n t e  sobre qualquer assunto. eu interrompo, hello. eu taco tênis de oncinha e blusa de esqueleto. porque isso aqui, antes mesmo de ser um grande símbolo corporativo, é internet, mermão.

daí a gente entra num outro tópico. toda aquela demora que eu mencionei lá em cima não combina com a vida em geral. eu tive a sensação, ao entrar, que tinha feito uma grande viagem, rumo ao passado. estamos em 1995, folks. quando internet é aquele troço incrível, ue vai bombar no futuro.

breaking news, corporação. internet é agora. olhem pela janela, eu digo. aponto para o prédio da firma colorida, na paisagem, e digo. ali, naquele prédio, estão fazendo isso. é difícil não. só dá trabalho. 

o engraçado é que a gente vai notando as diferenças se ajustarem. a corporação começa a querer mais gente como eu. exatamente esse tipinho errado que não segue regras e reclama de tudo. e dá esporro em gerente de projetos. daí a grande corporação resolve ensinar bom comportamento. e enfia a gente em salas de treinamento, pra ensinar a gerenciar *pessoas*.

eu vou, né? ensinaê. aprendo o tom de voz adequado, aprendo o timing correto pra convencer as pessoas do meu ponto de vista, aprendo os termos dequados pra dizer pro gerente de projetos com cara de charlie brown que o que ele tá fazendo ainda não é good enough. precisamos alinhar, e talecoisa.

tamos indo bem, eu e a grande corporação.

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

dog days are over

porque quando a vida se acerta, as coisas boas vêm assim, aos montes.

porque tem meu menino em casa, e agora a casa é dele também. e as minhas novas cadeiras rhycas chegaram, junto com o cabideiro colorido. e eu já escolhi a cor que vai cobrir a parede pink, porque agora a casa é de menino também. 

porque janeiro veio e foi embora, e o trabalho acalmou. e veio a menina ruiva ajudar no projeto, e tirou de mim todo o peso que eu não queria e não sabia carregar. e agora eu faço o que eu gosto de novo, e faço o que eu sei fazer. internet como eu acredito. e ainda tem um mundo de coisa pela frente, e o trabalho mal começou, mas eu pedi ajuda das minhas ninjas coloridas, aquelas dos tempos de oficina, que sabem fazer isso melhor do que ninguém. e agora eu tenho reuniões aos montes, mas com pessoas queridas, com quem eu já trabalhei e aprendi horrores.

e eu vou ter que montar uma mini equipe pra me ajudar nesse mundo de trabalho que vai começar. e eu to pensando em escalar para a tarefa algumas ex cowokers queridas, pra colorir os meus dias e me ajudar a construir esse castelinho todo. 

meu começo na grande corporação foi difícil. puxado. projeto legal, com todos os impedimentos do mundo. passei três dos últimos cinco meses chorando, achando que as coisas eram todas pesadas demais. daí engoli o choro, put myself together, e pensei. vou continuar. vou ficar e fazer funcionar. e, amigues, o único jeito que eu sei fazer meu trabalho funcionar é plantando um jardim em volta de mim. com gente boa, competente. com gente querida, gente que me faz feliz. sou libriana, preciso de harmonia em volta. pra tacar batom vermelho e seguir a vida. pra dirigir ouvindo música. pra cuidar da casa nova, e do trabalho, com o mesmo cuidado que eu sempre gostei de ter.

peguei toda a equipe e entreguei pra menina ruiva. cuida, são suas meninas agora, eu disse. não dou conta de controlar processos que eu não conheço. não gosto e não sei. agora, com a casa arrumada, e um organograma colocando gente cujo o trabalho eu entendo pra trabalhar comigo, estou animada. 

nesse meio tempo, rh me bombardeia pedindo indicações. a grande corporação começa a se movimentar, e quer gente boa para as vagas abertas. e acontece que eu conheço essas pessoas. arrogantezinha que sou, digo. eu sou uma dessas pessoas. indico um, indico outro. já tem amiga querida no andar de baixo. em breve teremos mais ninjas desses pelo andar, em projetos diferentes. fazendo funcionar.

quando eu saí da firma colorida, minha ideia com a grande corporação era bem essa. começar a fazer diferença. ter liberdade pra escolher, pra fazer as coisas de um jeito que eu acredito.

it's happening, amigues. dá medo. é uma grande bagunça. mas esse friozinho no estômago é melhor do que qualquer outra coisa que eu já tenha experimentado no trabalho.

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

spoiler alert

nos últimos quase dois anos, minha casa foi tipo o lugar mais incrível de se morar. as paredes foram coloridas, o forno viu cheesecakes. almoços de domingo, casa cheia. foi aqui que eu fiz festas, abriguei um batalhão de amigas antes e depois de noites no vegas, entrei em guerra com a evil manager, com o psicopata de estimação, troquei a oficina pela firma colorida pra, um tempão depois, tomar a decisão de ir pra grande corporação.

foi pra cá que eu trouxe a roomate amigue quando a roomate louca se mudou. e, gente. a roomate mais querida é a minha. as discussões intermináveis sobre big brother, as galochas idênticas que a gente comprou antes mesmo de se conhecer. os vestidos, os nossos meninos, o dela e o meu. 

foi aqui que eu virei namorada, naquele carnaval que a gente nem viu acontecer.

dentro de uns dias, mais uma temporada termina. roomate will pack her belongins and leave. sem briga, sem choro. com dorzinha no coração, mas aquela boa, de etapa que se encerra. vai morar ali, na quadra de baixo, mesma rua. com o menino dela. eu acho muito incrível que eu tenha conseguido que os meus últimos anos dividindo apartamento tenham sido com uma amiga. porque refaz, sabe? cura as histórias erradas todas. e quem acompanha esse blog sabe bem das histórias erradas.

por isso que eu preciso contar as histórias certas. :)

roomate saindo, eu viro outra garota. uma garota aparentemente adulta. que ainda roi as unhas, verdade, mas que traz pra casa e pra vida o menino jornalista de covinhas e olhos verdes. pra começar uma nova série. uma nova vida.

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

pequenezas

eu quero é me apegar a esses pequenos momentos em que eu apareço na casa da amiga pra almoçar e conhecer o cachorro, e a gente se ajoelha no chão pra montar as peças coloridas daquilo que vai virar mais um escorredor de pratos, enquanto ela conta da viagem pra paris.

e depois a mãe querida dela me diz que achou meu namorado bonito, e elogia a minha saia, já desamarrando o laço na cintura pra fazer um mais bonito ainda. desses laços que só mãe sabe fazer.

delicadeza nas coisinhas mais bobas. exatamente o tipo de coisa que eu quero pro meu 2012.

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

liquidificador

não tem como falar de trabalho, aqui, sem acabar falando demais. então eu me apego a metáforas.

existe um processo. que se propõe a ir no início das coisas, conversa com cada envolvido, alinha as demandas, estrutura as necessidades por ordem de urgência. cada detalhe vira um post it, dividido por temas, agrupados por temas ainda maiores. cada post it ali.

e você se vê numa sala de reuniões por HORAS, discutindo o óbvio que acaba não sendo óbvio porque se ninguém falar ele não vira post it. e quando eu digo horas, pessoas, acreditem.

:~

foi assim em dezembro, em dias intercalados. tem sido assim em janeiro, essa semana, terça, quarta, quinta, sexta. cada post it colado, cada vez que o problema fica mais claro (e maior), eu penso MERMÃO, como proceder?

porque eu sei que dá pra fazer. mas é tão gigante, tão gigante, tão absurdamente avassaladoramente gigante, e ao mesmo tempo tão detalhado, cada post it interligado, dependente de outros post its. eu respiro fundo, fundo.

voltei a atacar as unhas feitas, mas ainda sem esmalte. sofri vendo minha fraqueza. eu desespero, unhas desaparecem. cheguei em casa e pintei de vermelho. pra poupar. eu olho os post its, e a conversa que se aprofunda demais quando não precisa, e se você distrai 5 minutos você perde o raciocínio, desacompanha a barca. e quando finalmente acaba você tem sede, e fome, e vontade de deitar, e dormir, quem sabe morrer.

e eu penso assim. é tudo novo. eu me meti nesse liquidificador, e eu tenho tomado uns tombos violentos quando me distraio. mas eu sei fazer. eu sei. só é grande, e complicado, e maior e mais grandioso do que tudo o que eu já fiz e já vi fazerem antes. em lugares mais, hum, ninjas. vamos colocar assim.

eu sei fazer. precisa de tempo, e de nervos, e de tripas, o tempo todo. precisa de calma, e isso eu não tenho tido tanta. mas eu sei. é possível. e daqui algum tempo, sabe-se lá quanto, eu vou olhar pra trás e saber que eu fiz. que deu certo. que passou a fase ruim.

mas a fase ruim está aqui, agora, me encarando com sua parede infinita de post its. eu tento imaginar o futuro. eu penso que eu estou passando por isso, aqui, para que ninguém mais precise passar. pelo medo, pela confusão, pelo desespero. 

eu fico querendo que no meio das reuniões alguém olhe pra mim, sorria com calma e diga que vai ficar tudo bem. que já viu isso antes, que é assim mesmo, que demora, é custoso, mas vale a pena. 

tudo o que eu tenho, agora, é essa certeza teimosa de que dá pra fazer. e que eu sei fazer.

build, and they'll come. campo dos sonhos. to aqui. construindo. precisa acreditar. to aqui. tentando.

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

pequenas promessas para um 2012 grandioso

  • não roer as unhas. mantê-las pintadas e coloridas, sempre, tanto quanto possível.
  • diminuir a coca-cola, diminuir as porcarias e o açúcar. comer frutas.
  • passar menos tempo na internet. passar mais tempo lendo.
  • aprender a cozinhar. comidas gostosas.
  • comer mais frutas.
  • fotografar dias bonitos e feios, e as pessoas todas que me fazem feliz.
  • parar de acumular coisas. abrir espaço na casa praquele pra quem o espaço na vida foi aberto fácil, fácil.
  • não ter preguiça de ir encontrar os queridos. estar mais e mais com os queridos.
  • fazer penteados bonitos no cabelo.
  • me vestir com cores. trocar o preto/cinza/listrado de todo dia.
  • fazer um novo amigo, desses que a gente leva pra vida. 
  • aproveitar são paulo.
  • aproveitar o ar livre.