algumas das conversas melhores que eu tive esse ano, mesmo as mais difíceis, foram com a menina de aracaju. desde o inicinho do ano, quando nos desentendemos e nos afastamos, e eu fiquei sofrida (e tenho certeza de que ela, à sua maneira, também), até o pouquinho em pouquinho em que fomos nos reaproximando, depois que ela saiu da firma colorida. foi um período duro. de entender que ela estava aborrecida, de saber que ela tinha as razões dela, de saber que eu não tinha culpa, de saber também que a vida era complicada por demais pra tentar ficar explicando.
e eu calei. e deixei ela desligar, quietinha, nó na garganta. e fiquei quieta mais um tanto, até ela aparecer no gtalk me chamando de flor e me perguntando como eu estava. e foi assim, aos poucos, que a vida se acertou. com conversas perdidas no meio da tarde, comigo contando pra ela antes, e pra mais ninguém, que eu estava saindo da firma, pra depois desistir, ficar, e resolver sair de vez. ela me disse que não precisava ter medo, que era tipo a casa do big brother, com alguém berrando "vem viver a vida aqui fora". e eu fui.
há alguns dias ela me chamou de novo. e disse. sabe, flor. tem gente que mesmo com todas as diferenças do mundo, a gente carrega pra vida. eu concordei. a gente se carregou, pra esse lugar onde o contato é mantido porque existe, no meio das diferenças todas, semelhança. respeito. carinho.
e essa é uma das boas coisas de 2011. a primeira que eu trato, oficialmente, como retrospectiva.
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