Seguiu-se uma gargalhada geral, e eu me encolhi na carteira, encabulada. A professora riu, e disse, com mais certeza ainda: “Não, (madame ç), eu quero que vocês me digam cores que o céu pode ter! O céu não fica cor de rosa.”. Minha voz meio que sumiu, acho que por causa das gargalhadas das outras crianças, e eu desisti de insistir, envergonhada. Um garotinho louro que não vejo há mais de 20 anos, Paulo César, me defendeu. Disse que o céu ficava rosa sim, principalmente em fim de tarde e quando tinha muita poluição, o que era exatamente o caso da cidade siderúrgica onde eu cresci.
Essa história nunca me saiu da memória. E toda vez que eu vejo um céu cor de rosa, eu fotografo.
Tipo esse. E esse.
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