Quando eu cheguei aqui no trabalho, tinha menos gente do que tem hoje. Não sei exatamente quanto a menos, mas menos, bem menos. O negócio é que eu me sentava tipo no fim da sala, mais perto dos nerds que trabalham num aquário. Era bem longe do pessoal do atendimento ao cliente. E eu gostava disso. Porque eles trabalham em turnos, fazem umas reuniões de motivação, são bem agitados e irritantes. E eles ficam colocando papéis de parede horríveis nos computadores. Ou é foto do último churrasco “na laje”, ou é foto cafona de namorado (a), ou então caricatura. Pra ser mais clara um pouquinho, eu gosto de não interagir com eles. Eu gostava.
Daí começaram a contratar mais gente. Todo dia aparecia um novo. O lugar foi enchendo, ninguém pareceu se importar com a cozinha lotada ou os banheiros sempre ocupados. E o barulho, ah, o barulho. Eu não tenho foco, já contei isso aqui. O barulho me distrai. Eles estão everywhere, os malditos do atendimento ao cliente. Todos crentes, importante mencionar. De vez em quando a gente escuta alguma palavrinha de disus, assim, meio perdida entre as ocorrências do dia. E agora, justamente porque são tantos, precisaram reorganizar a disposição dos lugares. E eu venho há tempos pedindo 1) pra ir prum lugar menos frio, sem saídas de ar condicionado; 2) pra ir prum lugar mais quieto, sem perturbação, sem barulho, onde eu possa tentar ter foco sem tamanho esforço. Ninguém me ouve.
Com a reorganização, a minha mesa, que antes era no fundo da sala, ficou mais centralizada. E eles foram espalhados em pontos distintos da empresa, em pequenos núcleos de atendimento. E um desses grupos está depois de mim, no que antes era o meu querido e calmo fundo da sala, só meu. Agora eu tenho companheiros à direita, à esquerda e atrás. Estou cercada, eles estão por toda parte. Um deles tem a mania de falar imitando o Sílvio Santos. Parece um cobrador de ônibus e vai de 15 em 15 minutos ao banheiro, pra molhar os cachos mal cortados. E tem umas duas com um cabelo tão descolorido que faria Anna Nicole Smith corar. Britney é chique perto dessa turma. Muito elegante. E agora, na hora de eles irem embora, na troca de turnos, nas idas pro almoço, eles passam aqui, atrás de mim. E ficam falando tchau, se despedindo DE MIM. Todo dia. Até amanhã, eles dizem.
I’m so NOT a people person quando se trata desse pessoal.
Daí começaram a contratar mais gente. Todo dia aparecia um novo. O lugar foi enchendo, ninguém pareceu se importar com a cozinha lotada ou os banheiros sempre ocupados. E o barulho, ah, o barulho. Eu não tenho foco, já contei isso aqui. O barulho me distrai. Eles estão everywhere, os malditos do atendimento ao cliente. Todos crentes, importante mencionar. De vez em quando a gente escuta alguma palavrinha de disus, assim, meio perdida entre as ocorrências do dia. E agora, justamente porque são tantos, precisaram reorganizar a disposição dos lugares. E eu venho há tempos pedindo 1) pra ir prum lugar menos frio, sem saídas de ar condicionado; 2) pra ir prum lugar mais quieto, sem perturbação, sem barulho, onde eu possa tentar ter foco sem tamanho esforço. Ninguém me ouve.
Com a reorganização, a minha mesa, que antes era no fundo da sala, ficou mais centralizada. E eles foram espalhados em pontos distintos da empresa, em pequenos núcleos de atendimento. E um desses grupos está depois de mim, no que antes era o meu querido e calmo fundo da sala, só meu. Agora eu tenho companheiros à direita, à esquerda e atrás. Estou cercada, eles estão por toda parte. Um deles tem a mania de falar imitando o Sílvio Santos. Parece um cobrador de ônibus e vai de 15 em 15 minutos ao banheiro, pra molhar os cachos mal cortados. E tem umas duas com um cabelo tão descolorido que faria Anna Nicole Smith corar. Britney é chique perto dessa turma. Muito elegante. E agora, na hora de eles irem embora, na troca de turnos, nas idas pro almoço, eles passam aqui, atrás de mim. E ficam falando tchau, se despedindo DE MIM. Todo dia. Até amanhã, eles dizem.
I’m so NOT a people person quando se trata desse pessoal.