Esse ano eu comprei as galochas mais lindas do mundo. Acontece que eu ainda morava no Rio, e o Rio não tem o frio necessário para que galochas se façam necessárias. Mas eu quis, quis, quis, pesquisei, e descobri que vendiam em São Paulo. Porque São Paulo é terra de garoa, de chuva, de alagamentos and stuff. E frio. E, lá, galocha vai com tudo.
Mas eu queria uma galocha e estava no Rio. Liguei pra loja e implorei para a gerente me enviar pelo correio. Ela disse que não ia caber, mas a gente mediu a palmilha da galocha e eu comparei com a palmilha do allstar, e tudo ia dar certo. Depósito feito, muitos dinheiros a menos, chega uma caixa gigante pelo correio. Num sábado, quando eu voltava das aulas de francês. Nesse sábado, especificamente, fazia sol. Rio de Janeiro, sabe como é. No sábado anterior, no entanto, tinha caído um dilúvio, e tava tudo alagado. E quando eu parei o carro na frente do curso de francês, tinha uma poça gigante, que eu só vi quando senti a água encharcando os pés dentro do allstar. E foi naquela hora que a dúvida virou certeza e eu me dei conta que precisava demais de um par de galochas.
Mas eu queria uma galocha e estava no Rio. Liguei pra loja e implorei para a gerente me enviar pelo correio. Ela disse que não ia caber, mas a gente mediu a palmilha da galocha e eu comparei com a palmilha do allstar, e tudo ia dar certo. Depósito feito, muitos dinheiros a menos, chega uma caixa gigante pelo correio. Num sábado, quando eu voltava das aulas de francês. Nesse sábado, especificamente, fazia sol. Rio de Janeiro, sabe como é. No sábado anterior, no entanto, tinha caído um dilúvio, e tava tudo alagado. E quando eu parei o carro na frente do curso de francês, tinha uma poça gigante, que eu só vi quando senti a água encharcando os pés dentro do allstar. E foi naquela hora que a dúvida virou certeza e eu me dei conta que precisava demais de um par de galochas.
a minha é a quinta, da esquerda pra direita. pobrezinha, esquecida no armário.
As botas são xadrez, clarinho. Lindas. Ficaram um tiquinho grandes no meu pé, mas nada que uma boa palmilha, acompanhada de meias, não dê jeito. O problema é que não choveu mais no Rio, não daquele jeito que faz as galochas serem necessárias. Não enquanto eu estava por lá. Começaram a cobrar que eu as usasse, porque eu tinha falado tanto, mas tanto das benditas, que criei uma espécie de comoção no trabalho. Mas só chuviscava. Ou então até chovia muito, mas depois de um dia de sol, e eu não ia adivinhar quando que ia chover, né?
Daí, mudei pra São Paulo. O calor veio e as botas continuam guardadas. Custo-benefício fail total, né? E, aí, eu tiro uns dias, pego o carro e tomo o rumo do Rio, deixando as galochas por lá, dentro do armário. E chove em São Paulo. Não um tiquinho, mas chove muito, do tipo que alaga tudo, do tipo que galochas, oi?, são o máximo, super pertinentes. Mas eu não estou lá. Estou no Rio, onde também choveu, mas eu não trouxe as botas. Estou aqui, de pé molhado, a 470 quilômetros das botinhas fofas. Que super poderiam ser usadas, tanto numa cidade quanto na outra. Mas dormem, esquecidas no armário.
Tudo que eu preciso é de uma conjunção desses três fatores. Eu, a chuva e as botas, todas no mesmo lugar e ao mesmo tempo.
Um comentário:
itajaí te espera, beijos!
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