O andar de baixo é ainda mais imponente. É lá que ficam todos os acionistas e a diretoria. Vc sai do elevador e tem dois seguranças. Sério. Dois seguranças. Me lembrei de quando eu malhava na academia junto com as putas lá no Rio de Janeiro, e que tinha um bicheiro e a sua namorada que também malhavam lá. E tinha dois seguranças, lá, na porta da sala de musculação, pro caso, assim, de alguém sair meio surtado de uma aula de spinning e resolver explodir os miolos do maluco. A namorada dele, aliás, tinha a maior bunda que eu já vi na minha vida. Não era grande pros lados, como anda super na moda (vide mulheres fruta). Era grande para trás, muito grande. Eu devia ter fotografado, só pra poder exemplificar a aberração que aquilo era.
Dois seguranças. Antes eu tinha ido no andar de cima, onde ontem me disseram que era tudo formal. Diretor de RH. Fui logo avisando. Eu não sou assim tão formal, eu venho de internet, veja só. É óbvio que eu me adapto, pelo menos na parte das roupas. Eu começo com o tal salto fino e posso apostar, APOSTAR, que em breve meu sapatinho verde imprimirá estilo àquelas paredes cinzentas. Give me some time. Mas, ainda assim, achei tenso. Daí descemos para esse andar onde estavam os seguranças, e onde estava o diretor que queria me entrevistar. E eu entrei num corredor inteiro de granito branco, onde o ar condicionado mais gelado mostrava que o troço ali era mais primeiro mundo. O diretor foi extremamente simpático, e novamente elogiou o currículo. Aparentemente eu sou boa. Óbvio que eu sou, mas é sempre bom ver mais gente notando isso. Antes, a impressão que eu tinha é que só eu sabia que eu era boa. Agora, mais gente aponta isso, e secretamente eu solto gritinhos infantis.
Ainda assim, nada definido. Estou com os pés atrás. Os dois. É um mundo tão grown up, esse. Grandes decisões, essas coisas que botam medo. Existe toda uma questão de eles saberem se devem apostar em mim, uma espécie de fedelha com piercing no nariz. E toda uma outra questão de eu saber se devo apostar neles, metidos em seus ternos e escarpins. Não é uma coisa de desespero pra ser aprovada. Não nesse caso. Parece que estamos em posições equivalentes.
Dois seguranças. Antes eu tinha ido no andar de cima, onde ontem me disseram que era tudo formal. Diretor de RH. Fui logo avisando. Eu não sou assim tão formal, eu venho de internet, veja só. É óbvio que eu me adapto, pelo menos na parte das roupas. Eu começo com o tal salto fino e posso apostar, APOSTAR, que em breve meu sapatinho verde imprimirá estilo àquelas paredes cinzentas. Give me some time. Mas, ainda assim, achei tenso. Daí descemos para esse andar onde estavam os seguranças, e onde estava o diretor que queria me entrevistar. E eu entrei num corredor inteiro de granito branco, onde o ar condicionado mais gelado mostrava que o troço ali era mais primeiro mundo. O diretor foi extremamente simpático, e novamente elogiou o currículo. Aparentemente eu sou boa. Óbvio que eu sou, mas é sempre bom ver mais gente notando isso. Antes, a impressão que eu tinha é que só eu sabia que eu era boa. Agora, mais gente aponta isso, e secretamente eu solto gritinhos infantis.
Ainda assim, nada definido. Estou com os pés atrás. Os dois. É um mundo tão grown up, esse. Grandes decisões, essas coisas que botam medo. Existe toda uma questão de eles saberem se devem apostar em mim, uma espécie de fedelha com piercing no nariz. E toda uma outra questão de eu saber se devo apostar neles, metidos em seus ternos e escarpins. Não é uma coisa de desespero pra ser aprovada. Não nesse caso. Parece que estamos em posições equivalentes.
Um comentário:
e viva a igualdade do julgamente, não é? Acho que aguardamos com cauteela.
E eu super imaginei vc, Neo do matrix, indo ver programador que pegava a Monica Bellucci, Belucci, Belluci, aquela.
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