sábado, 29 de novembro de 2008

Então eu estava vendo o novo episódio de Heroes

E Heroes, sabe como é. Contém spoilers, e tal.
Quando, há alguns vários episódios atrás, Heroes fez uma visitinha ao futuro, eu tirei cá as minhas conclusões. Não é pra isso que servem esses episódios? Não é basicamente em flashbacks e, mais recentemente, em flashforwards que Lost, por exemplo, se sustenta? Pois bem. Heroes não haveria de ser diferente. Então, quando eu leio isso, não posso deixar de discordar. Como assim evitar viagens no tempo, senhor criador? Pois eu digo que aquele episódio centrado no futuro, ainda na primeira temporada, foi uma das coisas mais legais que eu vi. Ir deduzindo quais personagens estariam mortos através dos poderes novos do Sylar foi genial.

Ok. Me perdi no raciocínio. Mal do DDA. Voltando. Eu ia dizendo que tirei cá as minhas conclusões com o episódio do futuro dessa temporada atual de Heroes, quando o Peter vai ao futuro buscar o poder do Sylar. E Sylar agora é Gabriel, um bom pai de família, cuidadoso e com um filho fofinho. (Hormônios mode on, ai, ai.) Então, no episódio tinha Sylar papai, filho e não tinha mãe. Entrei numa discussão com Julinha, que insistia em dizer que não dava pra saber quem seria a mãe da criança. E pra mim era sim, bem óbvio. Elle, a garota em curto-circuito. Agora, após o episódio dessa semana, que a historinha de amor entre Sylar e Elle começa a se delinear, Julinha concorda. E diz que eu estava certa. Mas era tão óbvio. Ele, um garoto perdido, (mal) criado por uma mãe adotiva que dizia que ele não era bom o bastante, que não era especial. Ela, filha de um maluco que dizia que ela não era especial. E que não era boa o bastante. Façam a soma, 2 + 2, muito simples.

E então a Elle fica fazendo maldades e dando choque em pessoas, e jogando flashzinhos azuis em seres inocentes, pra impressionar o pai. E o pobre do Gabriel vira o Sylar, e sai cortando tampinhas de cabeça pra roubar os poderes alheios, quase que como um retardado repetindo “I wanna be special”. E as temporadas vão, e vem, e um belo dia surge a Angela Petrelli pra dizer pra ele que ele era especial. E, oh, Sylar fica bom, e a chama de mamãe, e cumpre ordens, e quer se tornar um ser humano melhor. Nisso, Elle também perde o controle dos seus raiozinhos azuis e entra em curto circuito. Adorei quando ela é detida com um balde de água, hehe. Anyway. Elle fica boa, Sylar fica bom, aprende que não precisa matar pra pegar poderes e eles fazem todo um balé enquanto ele aprende a usar o brinquedinho novo, os raios azuis. So lovely.

Então, eu não posso tolerar um so-called criador de série me pedindo desculpas pelas “trapalhadas”. E não me diga que criar viagens no tempo é que é o problema. O problema é achar roteiristas minimamente organizados, que entendam bem sobre continuum espaço-tempo, pra continuar a história. E eu não estou dizendo que EU entenda dessas coisas, mas seria legal alguém entender e explicar, assim, bem desenhadinho. Porque eu super me interesso.

Eu quero saber que fim a Elle levou, já que EU sei que no futuro ela não estava na casa do papai Sylar com o filhinho whatever. Eu quero saber mais sobre essa história do sangue da Claire ter poder (hehe) e curar as pessoas. Eu quero saber como foi que o Sylar foi enjeitado pelos Petrelli, e adotado pela bruxa má que destruiu a auto-estima dele. Eu quero saber mais sobre o poder do Matt, e sobre o Linderman. Cara, como assim o Linderman não é regular em Heroes? Ele era o Alex, de Laranja Mecânica, for christ’s sake. Não dá pra não querer saber mais, e muitas das vezes, basta um episodiozinho no futuro pra dar as respostas, ou induzir as conclusões.

Cadê a chata da Molly? Hiro ficou mais pateta ainda, e eu achando que isso não seria possível. A boca do Peter fica a cada dia mais torta. O Sylar perdeu de vez as frases engraçadinhas? A única legal do episódio dessa semana foi o “I hate heroes”, e foi tão rápida. Cadê o Micah? Eu nunca superei a morte da Eden, lá no inicinho da primeira temporada. Eu NUNCA vi o Sylar usar o poder que roubou dela, e sabemos que ele não desperdiçaria poder. Cadê ele convencendo as pessoas de qualquer coisa no carisma? A própria Claire ficou chata, com aquele cabelo falso e os olhinhos apertados.

Nem mesmo apreensiva com o tal eclipse eu fiquei. Eu já vi o futuro, hello, sei que eles têm poderes no futuro. E eu não quero ver uma série chamada Heroes sobre pessoas que tinham poderes e perderam. Isso é trapalhada. Na minha humilde opinião.

3 comentários:

Anônimo disse...

essa eh sua opinião e vc tem o direito de expressa-la, como diz o nordestino ao meu lado.

=*

Anônimo disse...

HAHAHAH nao acredito q vc falou continum espaco-tempo! XD

Anônimo disse...

Ah eu totalmente desisti de fazer sentido no heros... Eu deixo fluir, porque eles não tinham uma estória pronta como o Lost, eles escrevem o que dá ibope, se for analizar os episódios com os flashbacks a gente acha furos imensos.