Então, eu adoro seriados. Comecei vendo aquelas porcarias traduzidas na Globo, tipo "Barrados no Baile" e "Melrose Place". Me contentava com esses, até porque dava muito trabalho disputar a Directv com meu pai, esse sim, um maníaco por nonsense em TV. Como é que eu iria pedir pra ver o meu episódio de hoje se ele estava vendo uns japoneses estranhos discutirem culinária ou arquitetura? Não dava, e eu nem tentava. Daí me apaixonei por "Party of Five" e consegui, a muito custo, ficar com a tv nas quintas-feiras à noite. Eu era como uma Salinger, morava em San Francisco. Quando o Charlie, meu preferido, teve câncer, eu ficava muito mal, e quando ele foi finalmente curado, fiquei realmente feliz.
Daí ganhei uma DirectV só pra mim, presente de aniversário. O melhor presente de aniversário de todos os tempos, melhor até mesmo que o carro, porque a assinatura se renovava a cada mês, durante anos a fio. Comecei a ver tudo o que passava. Na época, era basicamente Felicity, ER, Party of Five, of course, Dawson's Creek, Friends. Popular, uma série meio que de humor negro relatando a vida de adolescentes em uma high school. Vilões e mocinhos. Virei fiel defensora do Pacey e do Noel. Estaria ali a minha preferência por losers se delineando?
Minha vida se organizava em torno da Sony e da Warner. Ai de quem me ligasse nas segundas ou quintas à noite. Era dia de Dawson’s Creek, ou ER. E eu precisava saber o desenrolar dos dramas. Quando tudo começou a ficar meio doentio, comecei a achar bom quando as séries iam sendo canceladas, porque ia me libertando delas, uma a uma. E assim abandonei Party of Five, Dawson's Creek, Felicity. Friends. Séries novas vieram, séries antigas partiram, e eu lá, em frente à TV, feliz da vida.
Tinha as séries que eu não seguia, mas via sempre que estivessem passando e eu estivesse do bobeira. Nessa categoria, no strings attached, estavam CSI, Will and Grace, That 70’s Show. Daí surgiu o advento dos downloads. Isso coincidiu com a minha entrada no mundo corporativo, e com a chegada do irmão do demo pra dividir o apartamento e a programação televisiva. Eu queria ver Greys Anatomy, ele tinha algum jogo de tênis ou do Brasileirão. Brigávamos, eu ia pro quarto e procurava os torrents. Aprendi tudo sozinha, me guiando pelas comunidades do Orkut. Os nerds desse mundo são adoráveis, aprendo tudo com eles.
E aí surgiu Lost. A primeira temporada eu vi na TV, a última coisa que eu me lembro de efetivamente seguir na TV. E passei a ver apenas algumas horas depois da exibição nos EUA, disputando com os nerds do trabalho quem baixava antes. Baixei Heroes, baixei Greys, baixei America’s Next Top Model. Temporadas inteiras, antigas, eram vistas. Tyra mail, as garotas gritavam. Agora tem tanta coisa legal acontecendo que eu precisei fazer uma agendinha, no Google, pra saber o que baixar em que dia. Tem Heroes, tem Greys Anatomy, Gossip Girl. Fringe, Brothers and Sisters. House. Séries que já foram canceladas mas que eu quero dar uma olhadinha de novo. Queer as Folk. I miss Brian Kinney. Eu sempre torço para o personagem escroto ou para o loser. Nunca o mocinho, nunca o correto. Tem série que eu ainda não vi, mas que sei que vou gostar. Tipo The Sopranos, tipo Six Feet Under, Dexter. Tem série que nem estreou no Brasil, mas que já tem milhares de coisinhas pra assistir no HD, tipo Fringe ou True Blood.
O que não tem é tempo, sabe, pra ver isso tudo e ainda manter uma vida minimamente normal.
Daí ganhei uma DirectV só pra mim, presente de aniversário. O melhor presente de aniversário de todos os tempos, melhor até mesmo que o carro, porque a assinatura se renovava a cada mês, durante anos a fio. Comecei a ver tudo o que passava. Na época, era basicamente Felicity, ER, Party of Five, of course, Dawson's Creek, Friends. Popular, uma série meio que de humor negro relatando a vida de adolescentes em uma high school. Vilões e mocinhos. Virei fiel defensora do Pacey e do Noel. Estaria ali a minha preferência por losers se delineando?
Minha vida se organizava em torno da Sony e da Warner. Ai de quem me ligasse nas segundas ou quintas à noite. Era dia de Dawson’s Creek, ou ER. E eu precisava saber o desenrolar dos dramas. Quando tudo começou a ficar meio doentio, comecei a achar bom quando as séries iam sendo canceladas, porque ia me libertando delas, uma a uma. E assim abandonei Party of Five, Dawson's Creek, Felicity. Friends. Séries novas vieram, séries antigas partiram, e eu lá, em frente à TV, feliz da vida.
Tinha as séries que eu não seguia, mas via sempre que estivessem passando e eu estivesse do bobeira. Nessa categoria, no strings attached, estavam CSI, Will and Grace, That 70’s Show. Daí surgiu o advento dos downloads. Isso coincidiu com a minha entrada no mundo corporativo, e com a chegada do irmão do demo pra dividir o apartamento e a programação televisiva. Eu queria ver Greys Anatomy, ele tinha algum jogo de tênis ou do Brasileirão. Brigávamos, eu ia pro quarto e procurava os torrents. Aprendi tudo sozinha, me guiando pelas comunidades do Orkut. Os nerds desse mundo são adoráveis, aprendo tudo com eles.
E aí surgiu Lost. A primeira temporada eu vi na TV, a última coisa que eu me lembro de efetivamente seguir na TV. E passei a ver apenas algumas horas depois da exibição nos EUA, disputando com os nerds do trabalho quem baixava antes. Baixei Heroes, baixei Greys, baixei America’s Next Top Model. Temporadas inteiras, antigas, eram vistas. Tyra mail, as garotas gritavam. Agora tem tanta coisa legal acontecendo que eu precisei fazer uma agendinha, no Google, pra saber o que baixar em que dia. Tem Heroes, tem Greys Anatomy, Gossip Girl. Fringe, Brothers and Sisters. House. Séries que já foram canceladas mas que eu quero dar uma olhadinha de novo. Queer as Folk. I miss Brian Kinney. Eu sempre torço para o personagem escroto ou para o loser. Nunca o mocinho, nunca o correto. Tem série que eu ainda não vi, mas que sei que vou gostar. Tipo The Sopranos, tipo Six Feet Under, Dexter. Tem série que nem estreou no Brasil, mas que já tem milhares de coisinhas pra assistir no HD, tipo Fringe ou True Blood.
O que não tem é tempo, sabe, pra ver isso tudo e ainda manter uma vida minimamente normal.
2 comentários:
nossa. minha história com série começou justamente com Party of Five. Eu amei aquilo loucamente. E Popular. É incrível q aquilo nao tenha virado um sucesso retumbante. tem um episodio em q o menino vive o conto de natal, de como seria o mundo se ele nao existisse. é algo aquilo. e eles viciados em xarope. tinha altas nessa série.
tinha outro em que o menino bonzinho precisava de um transplante de medula, e justamente a vilã que doava. daí ele ficava mau pelo resto da temporada.
teve outro dom o espírito do natal passado, natal presente e natal futuro. mr. scrooge, hehe.
Postar um comentário