Eu tenho esses requisitos, né? Pra encaixar um cara em boyfriend material. Sigo sempre e, por mais que pareçam besteira, são coisas muito sérias.
1) Idade. Sim. Pode falar que é bobagem, mas eu implico se o cara for mais novo que eu. Tem que ser mais velho, um dia, uma hora que seja. Eu não posso ser mais velha, porque o assunto é troço sério na minha existência. Minha entrada na escola foi atrasada por aquela história de fazer aniversário no fim do ano, então eu sempre fui um tiquinho mais velha que a maioria dos meus amigos. Fiz 15 anos antes. Fiz todos os aniversários antes. E ainda fui cometer a bobagem de ficar reprovada no primeiro ano do 2º grau. Ou seja. Caí numa turma de gente mais nova ainda, pelo menos um ano. Todos muito legais, etc e tal, mas mais novos. Nunca gostei muito disso, mas foi quando eu fiz 25 anos que eu percebi que estava tomando maiores proporções. Eu não gostei de fazer 25 anos. A última idade que eu gostei de ter foi 23. Enchia a boca pra dizer que tinha vinte e três anos. Hoje, meu irmão mais novo tem 23. E eu tenho 29. Que é a idade que a minha chefe tinha quando, aos 21, eu fiz meu primeiro estágio. Eu achava ela tão velha. 28 anos. Um absurdo. E eu fiz 28 anos, e nem me acho tão velha, mas ainda assim, ela é a referência. E, tem mais. Faço 30 esse ano. 30 fucking years old. Traz uma certa responsabilidade, um certo senso de saber onde se está indo. Well, eu não tenho idéia. Sei onde quero ir, mas ainda to dependendo de umas paradas aí, como se diz no Rio. Então, pra minimizar todo o drama, o cara precisa ser mais velho. Só pra que eu possa ser a mais nova.
2) Nome. Não pode ser um nome feio, não pode ser um nome difícil. Não pode ser um nome que me dê vontade de rir quando eu vou falar. Nome pra mim é trauma de infância. Porque meu nome não é fácil, e eu fui muito zoada na escola. Todo um trauma a respeito. Meu nome sempre foi esquisito, mas é um esquisito chique, digamos assim. Foi só crescer um pouquinho pra aprender a carrega-lo. Meu nome não vai em qualquer um não. Na boa. Todo um conjunto se faz necessário. Na mesma categoria de nome, com importância relativamente reduzida, incluo sobrenome. Nada contra sobrenomes comuns. Mas tem que combinar com o meu. Porque o meu nome já é difícil, e o meu sobrenome “orna com ele”. E eu sou maluca ao ponto de linkar sobrenomes de caras interessantes ao meu, só pra saber como seria se fôssemos casados. Dizer isso em voz alta parece freak, escrever parece mais ainda. Mas eu tenho certeza de que não sou a única que faz isso.
3) Altura. 1m74, my dear. Eu sou mais alta que a média da brasileira, que tem 1m65. O cara precisa ser alto, pelo menos o mesmo tanto que eu. Um pouco mais, pra garantir. Não costumo usar salto, nem consigo me equilibrar direito e gosto de dar a desculpa de que sou adepta a um estilo mais Audrey Hepburn de ser, com flats. Recalque. Meu pé não serve pra salto, não foi feito pra isso. E eu sou naturalmente desengonçada, salto seria mais uma coisa a administrar. Então, é bom que o cara seja alto, pra equilibrar as forças do universo.
De posse desses meus requisitos, vou catalogando pessoas. E aí algo acontece. Eu me deparo com covinhas. E covinhas têm o dom de me fazer esquecer nomes esquisitos, ou nomes esquisitos com centímetros a menos. Minha teoria com covinhas se comprova a cada dia. É algo que vem de graça, um aplicativo instalado, carisma imediato. E eu costumo cair. Frouxa.
Lá na firma, não são só as paredes que são coloridas. Tem as pessoas. Primeiro foi o gerente de covinhas, e eu ficava sem chão perto dele, rezando pelo dia em que ele se tornaria mortal e eu conseguiria falar uma ou duas palavras encadeadas sem parecer uma garota de 13 anos. O dia chegou. Hoje conseguimos conversar sério, e eu consigo argumentar de forma inteligente, e prove my points. Consigo ser espirituosa e engraçadinha, aquelas coisas que eu sei que eu sou e que são qualidades. Os meus aplicativos. Mas eu preciso desviar das covinhas. Porque ele sorri e eu morro, desfaço em partículas. E aí tem o japonês. Que é tão querido, e tão legal. E eu consigo conversar horas com ele, e me pego meio que dando mole, em horário comercial. Por causa de que? Covinhas. Ele sorri e coraçõezinhos saem da minha cabeça. E aí tem o elevador. Com pessoas coloridas se movimentando entre os andares. Todas com covinhas. Desfaleço.
Num mundo de covinhas, eu preciso fazer um esforço extra pra manter o foco. Porque os meus requisitos todos ficam embaçados.
1) Idade. Sim. Pode falar que é bobagem, mas eu implico se o cara for mais novo que eu. Tem que ser mais velho, um dia, uma hora que seja. Eu não posso ser mais velha, porque o assunto é troço sério na minha existência. Minha entrada na escola foi atrasada por aquela história de fazer aniversário no fim do ano, então eu sempre fui um tiquinho mais velha que a maioria dos meus amigos. Fiz 15 anos antes. Fiz todos os aniversários antes. E ainda fui cometer a bobagem de ficar reprovada no primeiro ano do 2º grau. Ou seja. Caí numa turma de gente mais nova ainda, pelo menos um ano. Todos muito legais, etc e tal, mas mais novos. Nunca gostei muito disso, mas foi quando eu fiz 25 anos que eu percebi que estava tomando maiores proporções. Eu não gostei de fazer 25 anos. A última idade que eu gostei de ter foi 23. Enchia a boca pra dizer que tinha vinte e três anos. Hoje, meu irmão mais novo tem 23. E eu tenho 29. Que é a idade que a minha chefe tinha quando, aos 21, eu fiz meu primeiro estágio. Eu achava ela tão velha. 28 anos. Um absurdo. E eu fiz 28 anos, e nem me acho tão velha, mas ainda assim, ela é a referência. E, tem mais. Faço 30 esse ano. 30 fucking years old. Traz uma certa responsabilidade, um certo senso de saber onde se está indo. Well, eu não tenho idéia. Sei onde quero ir, mas ainda to dependendo de umas paradas aí, como se diz no Rio. Então, pra minimizar todo o drama, o cara precisa ser mais velho. Só pra que eu possa ser a mais nova.
2) Nome. Não pode ser um nome feio, não pode ser um nome difícil. Não pode ser um nome que me dê vontade de rir quando eu vou falar. Nome pra mim é trauma de infância. Porque meu nome não é fácil, e eu fui muito zoada na escola. Todo um trauma a respeito. Meu nome sempre foi esquisito, mas é um esquisito chique, digamos assim. Foi só crescer um pouquinho pra aprender a carrega-lo. Meu nome não vai em qualquer um não. Na boa. Todo um conjunto se faz necessário. Na mesma categoria de nome, com importância relativamente reduzida, incluo sobrenome. Nada contra sobrenomes comuns. Mas tem que combinar com o meu. Porque o meu nome já é difícil, e o meu sobrenome “orna com ele”. E eu sou maluca ao ponto de linkar sobrenomes de caras interessantes ao meu, só pra saber como seria se fôssemos casados. Dizer isso em voz alta parece freak, escrever parece mais ainda. Mas eu tenho certeza de que não sou a única que faz isso.
3) Altura. 1m74, my dear. Eu sou mais alta que a média da brasileira, que tem 1m65. O cara precisa ser alto, pelo menos o mesmo tanto que eu. Um pouco mais, pra garantir. Não costumo usar salto, nem consigo me equilibrar direito e gosto de dar a desculpa de que sou adepta a um estilo mais Audrey Hepburn de ser, com flats. Recalque. Meu pé não serve pra salto, não foi feito pra isso. E eu sou naturalmente desengonçada, salto seria mais uma coisa a administrar. Então, é bom que o cara seja alto, pra equilibrar as forças do universo.
De posse desses meus requisitos, vou catalogando pessoas. E aí algo acontece. Eu me deparo com covinhas. E covinhas têm o dom de me fazer esquecer nomes esquisitos, ou nomes esquisitos com centímetros a menos. Minha teoria com covinhas se comprova a cada dia. É algo que vem de graça, um aplicativo instalado, carisma imediato. E eu costumo cair. Frouxa.
Lá na firma, não são só as paredes que são coloridas. Tem as pessoas. Primeiro foi o gerente de covinhas, e eu ficava sem chão perto dele, rezando pelo dia em que ele se tornaria mortal e eu conseguiria falar uma ou duas palavras encadeadas sem parecer uma garota de 13 anos. O dia chegou. Hoje conseguimos conversar sério, e eu consigo argumentar de forma inteligente, e prove my points. Consigo ser espirituosa e engraçadinha, aquelas coisas que eu sei que eu sou e que são qualidades. Os meus aplicativos. Mas eu preciso desviar das covinhas. Porque ele sorri e eu morro, desfaço em partículas. E aí tem o japonês. Que é tão querido, e tão legal. E eu consigo conversar horas com ele, e me pego meio que dando mole, em horário comercial. Por causa de que? Covinhas. Ele sorri e coraçõezinhos saem da minha cabeça. E aí tem o elevador. Com pessoas coloridas se movimentando entre os andares. Todas com covinhas. Desfaleço.
Num mundo de covinhas, eu preciso fazer um esforço extra pra manter o foco. Porque os meus requisitos todos ficam embaçados.
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