Eu ainda não decidi que tipo de blog é esse. Chega uma hora em que a gente precisa se posicionar, né? O blog antigo era de discussões, eu e a outra garota argumentando sobre qualquer tipo de coisa, discordando, alfinetando. Era essa a dinâmica. Daí eu fiz esse aqui. Que foi basicamente quando eu me mudei pra São Paulo. Pra escrever sobre a experiência, etc e tal. Não é sobre a experiência de conhecer São Paulo. Eu nunca fui ao Ibirapuera. Eu nunca fui ao MASP. Eu tentei ir ao Mercadão e dei com a cara na porta. Eu não conheço nem mesmo a Praça do pôr do sol, e ela fica perto da minha casa, do tipo que dá pra ir andando e tudo.
Eu penso assim. Eu queria viver em São Paulo. E, a menos que algo incrível aconteça e me tire do país, eu não saio daqui tão cedo. E tem que ser do país, porque eu também não tenho planos de viver em nenhum outro lugar do Brasil. Isso sou eu, tá? Nada contra quem gosta de cidade pequena, e que chama isso de qualidade de vida*. Na minha cabeça, você vai do pequeno em direção ao grande. Sempre. Eu saí da cidade siderúrgica e fui pro Rio. O Rio encolheu, e eu quis São Paulo. E era isso, mesmo. O que eu queria. Como eu pretendo viver aqui muito tempo, eu não tenho pressa de ir conhecendo os lugares. Eu vou aos poucos.
Tem blogs que eu leio sem tema específico. É a vida da pessoa. Eu vou entendendo os contextos, acompanhando as histórias. Sempre que eu passava de carro pela Gávea, ali pertinho do Baixo Gávea, eu lembrava da Marina W. Porque aquela é a área dela, e eu consigo visualizar direitinho ela andando pela rua, indo cortar o cabelo, pagar as contas no shopping. Eu tenho isso com vários blogs, o dela é só um exemplo. E aí eu me dei conta que o meu blog é mais ou menos isso, mesmo. Eu vou falar MUITO de trabalho, porque é isso o que eu faço. Eu vou falar de um filme ou outro, eu vou falar das pessoas, muito muito, porque não tem nada que eu goste mais de fazer. Observar as pessoas, e tirar conclusões. É isso o que eu faço.
* Com relação às qualidade de vida. Meu conceito é outro. Eu não era feliz no Rio. Eu trabalhava num lugar que não gostava, usava carro pra tudo. Ficava mais tempo em casa do que seria considerado normal ou saudável, até mesmo para os meus padrões. Decidir largar tudo, pedir demissão, deixar os amigos, empacotar as minhas coisas e ir pra uma cidade desconhecida foi uma decisão bem sofrida, tomada às custas de muita terapia. Eu tive de largar as aulas de francês, a própria terapia. Foram concessões que eu fiz.
Aqui em São Paulo, eu tenho o trabalho que eu amo, no lugar que eu queria. Eu saio de casa todos os dias e passo por ruas, velhinhos, cachorros e mendigos. Andando. O carro passa semanas na garagem, nem preciso dele. Eu saio do trabalho e desvio a minha rota para ir a um restaurante, onde estão todos os meus amigos. Sim, amigos. Todos feitos aqui, todos já absolutamente necessários e insubstituíveis. Tomamos vinho e falamos besteira. Eu não paro em casa, mas nem queria. Eu trabalho 10 horas por dia, mas não fico desmotivada um segundo que seja. Durmo menos do que eu preciso, mas quem é que precisa dormir? Todo dia, andando na rua, eu comparo a minha vida de um ano atrás com a que eu tenho hoje. E nada se compara. Eu sou mais feliz aqui. Eu sou feliz. Ponto. Se isso não for qualidade de vida, eu não sei o que é.
Eu penso assim. Eu queria viver em São Paulo. E, a menos que algo incrível aconteça e me tire do país, eu não saio daqui tão cedo. E tem que ser do país, porque eu também não tenho planos de viver em nenhum outro lugar do Brasil. Isso sou eu, tá? Nada contra quem gosta de cidade pequena, e que chama isso de qualidade de vida*. Na minha cabeça, você vai do pequeno em direção ao grande. Sempre. Eu saí da cidade siderúrgica e fui pro Rio. O Rio encolheu, e eu quis São Paulo. E era isso, mesmo. O que eu queria. Como eu pretendo viver aqui muito tempo, eu não tenho pressa de ir conhecendo os lugares. Eu vou aos poucos.
Tem blogs que eu leio sem tema específico. É a vida da pessoa. Eu vou entendendo os contextos, acompanhando as histórias. Sempre que eu passava de carro pela Gávea, ali pertinho do Baixo Gávea, eu lembrava da Marina W. Porque aquela é a área dela, e eu consigo visualizar direitinho ela andando pela rua, indo cortar o cabelo, pagar as contas no shopping. Eu tenho isso com vários blogs, o dela é só um exemplo. E aí eu me dei conta que o meu blog é mais ou menos isso, mesmo. Eu vou falar MUITO de trabalho, porque é isso o que eu faço. Eu vou falar de um filme ou outro, eu vou falar das pessoas, muito muito, porque não tem nada que eu goste mais de fazer. Observar as pessoas, e tirar conclusões. É isso o que eu faço.
* Com relação às qualidade de vida. Meu conceito é outro. Eu não era feliz no Rio. Eu trabalhava num lugar que não gostava, usava carro pra tudo. Ficava mais tempo em casa do que seria considerado normal ou saudável, até mesmo para os meus padrões. Decidir largar tudo, pedir demissão, deixar os amigos, empacotar as minhas coisas e ir pra uma cidade desconhecida foi uma decisão bem sofrida, tomada às custas de muita terapia. Eu tive de largar as aulas de francês, a própria terapia. Foram concessões que eu fiz.
Aqui em São Paulo, eu tenho o trabalho que eu amo, no lugar que eu queria. Eu saio de casa todos os dias e passo por ruas, velhinhos, cachorros e mendigos. Andando. O carro passa semanas na garagem, nem preciso dele. Eu saio do trabalho e desvio a minha rota para ir a um restaurante, onde estão todos os meus amigos. Sim, amigos. Todos feitos aqui, todos já absolutamente necessários e insubstituíveis. Tomamos vinho e falamos besteira. Eu não paro em casa, mas nem queria. Eu trabalho 10 horas por dia, mas não fico desmotivada um segundo que seja. Durmo menos do que eu preciso, mas quem é que precisa dormir? Todo dia, andando na rua, eu comparo a minha vida de um ano atrás com a que eu tenho hoje. E nada se compara. Eu sou mais feliz aqui. Eu sou feliz. Ponto. Se isso não for qualidade de vida, eu não sei o que é.
4 comentários:
meu post favorito ever! e se não for a gente que diz o que é qualidade de vida pra nós, quem é que vai dizer né?
Ps: abre aí os comentários pra name/ url vai?! nem sei que conta é essa de onde tô postando, não acho que leva pro meu blog...
pronto, karinny, comentários com nome/url abertos. eu nem sabia que tinha bloqueado essa opção. =/
bjs.
já me desculpando pelo atraso (leio pelo feed e às vezes fico uns dias sem olhar) vim só dizer que o seu blog é um dos que mais teho gostado de ler ultimamente. Do jeito que você faz com outros, também tô sempre te acompanhando, na torcida pra que tudo dê certo no emprego etc... :*
Losille, que legal. Fico feliz. =]
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