Eu tenho vontade de fazer posts sobre cada uma das pessoas com as quais eu convivo. Fico numa de que é melhor nem falar, porque trabalhando com internet a gente cria paranoia (sem acento, maldita reforma). Eu sou capaz de achar muito coisa, apenas digitando palavrinhas espertas no Google. E, cá entre nós, se eu achei os blogs das pessoas, é possível que achem o meu, né? Qual o nível de psicopatia necessário pra stalkear pessoas, assim como eu faço? Gente normal faz isso também? Gente normal trabalha com internet?
Eu sei, ali, exatamente quem pode ser meu amigo. Consigo mapear direitinho, munida das impressões do dia a dia, das características que eu vou descobrindo nas pessoas, mais os registros online, blogs, orkuts e afins. E eu ainda tenho tido muito trabalho pra me sentir em casa. Eu sou uma pessoa sociável. Sou inclusive mais reservada que os outros em ambiente profissional, porque é algo que eu realmente preciso prestar atenção. Eu faço amigos com relativa facilidade. Pelo menos os amigos que me interessam. Boa parte dos meus amigos, dos meus melhores amigos, são pessoas que eu conheci em ambiente corporativo. E aí eu fico nesse impasse.
Lá na firma colorida, são várias questões. A primeira é que, a princípio, eu saio de lá em 3 meses. E talvez nem seja muito inteligente me apegar, porque a despedida vai ser sofrida, caso venha. Mas aí também há a chance de surgir a vaga definitiva, e eu não quero desperdiçar 4 meses não me apegando a pessoas que continuarão por perto. As pessoas que eu quero conhecer melhor. E aí a gente cai no outro problema. As pessoas. Eu fico super feliz em perceber, aos poucos, que existe eye contact. Isso é um avanço real. Já sabem que eu existo, ali, atrás do monitor, ao lado dogerente de covinhas. Lembram de mim pros almoços. Isso é realmente algo, mas em condições normais de temperatura e pressão, eu já estaria, inclusive, convencendo pessoas a irem em um ou outro restaurante. Hoje, eu sorrio e os acompanho.
Não é que seja uma bolha que eu não consigo entrar, de um grupo formado e resistente a intrusos. São bolhas individuais. Todo dia é uma batalha. Eu acabo ficando cheia de dedos, e sendo muito menos legal do que eu sou, por medo de assustar os bichinhos. Me vejo escolhendo palavras, guardando idéias geniais, sorrindo artificialmente. Não vi nenhum deles tendo um acesso de risos, ou sendo absolutamente espontâneo. Nunca, nenhuma vez. Nenhuminha. E eu continuo fazendo as minhas análises. Estou cercada de gente blasé por todos os lados. Nada é MUITO legal, nada é MUITO irritante. Eu não sou pessoa blasé. Eu sou pessoa cheia de nuances, de gargalhadas e piadas de humor negro. Todas guardadas numa caixinha.
E o pior é que eu quero me entrosar. Já saí com eles pra happy hours, festinhas e almoços mais informais. Em alguns momentos, eu até tenho a impressão de que um portal pra uma outra dimensão foi aberto. Mas ele rapidamente se fecha, antes que eu entenda direito o que está acontecendo. E aí me vem essa idéia dos posts sobre cada um deles. Porque eu consigo desenhá-los. E eu consigo me ver desenhada, ao lado. Mas não consigo imaginar um desenho único, todos no mesmo papel, lado a lado.
Eu quero escrever sobre essas pessoas. Mas ainda preciso perder o medinho.
Eu sei, ali, exatamente quem pode ser meu amigo. Consigo mapear direitinho, munida das impressões do dia a dia, das características que eu vou descobrindo nas pessoas, mais os registros online, blogs, orkuts e afins. E eu ainda tenho tido muito trabalho pra me sentir em casa. Eu sou uma pessoa sociável. Sou inclusive mais reservada que os outros em ambiente profissional, porque é algo que eu realmente preciso prestar atenção. Eu faço amigos com relativa facilidade. Pelo menos os amigos que me interessam. Boa parte dos meus amigos, dos meus melhores amigos, são pessoas que eu conheci em ambiente corporativo. E aí eu fico nesse impasse.
Lá na firma colorida, são várias questões. A primeira é que, a princípio, eu saio de lá em 3 meses. E talvez nem seja muito inteligente me apegar, porque a despedida vai ser sofrida, caso venha. Mas aí também há a chance de surgir a vaga definitiva, e eu não quero desperdiçar 4 meses não me apegando a pessoas que continuarão por perto. As pessoas que eu quero conhecer melhor. E aí a gente cai no outro problema. As pessoas. Eu fico super feliz em perceber, aos poucos, que existe eye contact. Isso é um avanço real. Já sabem que eu existo, ali, atrás do monitor, ao lado do
Não é que seja uma bolha que eu não consigo entrar, de um grupo formado e resistente a intrusos. São bolhas individuais. Todo dia é uma batalha. Eu acabo ficando cheia de dedos, e sendo muito menos legal do que eu sou, por medo de assustar os bichinhos. Me vejo escolhendo palavras, guardando idéias geniais, sorrindo artificialmente. Não vi nenhum deles tendo um acesso de risos, ou sendo absolutamente espontâneo. Nunca, nenhuma vez. Nenhuminha. E eu continuo fazendo as minhas análises. Estou cercada de gente blasé por todos os lados. Nada é MUITO legal, nada é MUITO irritante. Eu não sou pessoa blasé. Eu sou pessoa cheia de nuances, de gargalhadas e piadas de humor negro. Todas guardadas numa caixinha.
E o pior é que eu quero me entrosar. Já saí com eles pra happy hours, festinhas e almoços mais informais. Em alguns momentos, eu até tenho a impressão de que um portal pra uma outra dimensão foi aberto. Mas ele rapidamente se fecha, antes que eu entenda direito o que está acontecendo. E aí me vem essa idéia dos posts sobre cada um deles. Porque eu consigo desenhá-los. E eu consigo me ver desenhada, ao lado. Mas não consigo imaginar um desenho único, todos no mesmo papel, lado a lado.
Eu quero escrever sobre essas pessoas. Mas ainda preciso perder o medinho.
Um comentário:
Vc tá se transformando na rainha dos nerds mesmo. Quem te viu quem te vê. Portal dimensonal é algo completamente übernerd. Me mata de orgulho. Só falta agora vc começar a falar de wormholes. XD
Quanto as pessoas... acho q vc devia deixar rolar. :)
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